O agronegócio é um dos setores mais relevantes para a economia brasileira e está diretamente ligado ao mercado de capitais no país. De junho de 2023 a junho de 2024, o volume financeiro do segmento cresceu 19,5%, alcançando expressivos R$ 509,59 bilhões.
O dado reflete a relevância do papel do agronegócio, especialmente no Rio Grande do Sul — um dos estados mais produtivos do Brasil. Nesse contexto, é fundamental entender o panorama e identificar as oportunidades que o setor apresenta para produtores gaúchos e investidores.
A seguir, entenda o panorama da agropecuária no Rio Grande do Sul e suas oportunidades!
Quais são as principais atividades do agronegócio no Rio Grande do Sul?
O agronegócio no Rio Grande do Sul abrange uma ampla diversidade de culturas e criações que impulsionam tanto o mercado interno quanto as exportações.
A seguir, veja as principais atividades agropecuárias do estado!
Arroz
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por cerca de 68,15% da produção nacional. Em 2023, foram produzidos aproximadamente 7,24 milhões de toneladas do cereal.
Bovinos, suíno e frango
A carne bovina teve uma forte exportação em 2022. Segundo dados daquele período, o rebanho era de mais de 10 milhões de cabeças, com vendas para quase 100 países. Em relação ao frango, o estado exportou o item para 131 países em 2022.
Quanto aos suínos, o estado é o segundo maior produtor do país, exportando 1,05 milhão de toneladas de carne anualmente.
Fruticultura e hortaliças
A fruticultura é representada por diversas culturas, como maçã e laranja, com destaque para a uva — que corresponde a 53% da produção nacional. Já entre as hortaliças, batata, batata-doce e cebola lideraram a produção, sendo cultivadas em grandes volumes. O destaque ficou para a batata, com 468 mil toneladas produzidas em 2023.
Leite
A pecuária leiteira gaúcha produz mais de 4 bilhões de litros de leite por ano. Trata-se de um dos produtos de maior valor agregado da região, exportado para mercados como Argélia, Uruguai e Chile.
Soja e trigo
A soja é uma das maiores produções agrícolas do Rio Grande do Sul, com 435 cidades envolvidas e uma colheita que atingiu 12,7 milhões de toneladas na safra 2022/23. Já a produção do trigo, em 2022, foi de quase 5,3 milhões de toneladas, representando 52,6% da produção nacional.
Tabaco
O Rio Grande do Sul ainda é o principal produtor e exportador de tabaco do Brasil. Foram 290 mil toneladas exportadas para 89 países em 2022.
Quais são as tendências desse setor na região?
Você viu as maiores atividades agropecuárias do Rio Grande do Sul, certo? Agora precisa conhecer as tendências para a região para entender o panorama do agronegócio.
A adoção de inteligência artificial (IA) e outras tecnologias avançadas — como drones, sensores e sistemas de posicionamento global (GPS) — está entre as principais tendências no estado. As ferramentas ajudam a monitorar plantações e fazer projeções de safras.
O uso de plataformas digitais para a aquisição de insumos, como sementes e fertilizantes, simplifica a gestão de recursos e favorece a economia de custos operacionais. Isso é particularmente útil para o perfil de pequenas e médias propriedades que predominam na região.
O monitoramento e a análise de dados regionais também permitem entender melhor o potencial de cada área. Desse modo, os recursos ajudam produtores e empresas a identificar necessidades específicas e oportunidades de inovação no setor.
Por fim, a mecanização avançada, com máquinas de alta precisão e eficiência, promete aumentar a produtividade no campo gaúcho. Assim, o agronegócio no Rio Grande do Sul se encontra em uma fase de transformação, impulsionada pela incorporação de tecnologias digitais.
Quais são os desafios desse mercado no estado?
Além de saber as tendências do agronegócio gaúcho, vale a pena ter em mente os desafios do segmento no estado. As enchentes de maio de 2024 trouxeram barreiras para o setor no Rio Grande do Sul.
Com áreas extensas inundadas, o impacto sobre a qualidade do solo foi intenso e a recuperação completa pode levar anos. O cenário exige adaptação rápida e estratégica dos produtores rurais para enfrentar as dificuldades, com uma necessidade de diversificação das atividades e do cultivo.
Para muitos produtores, o remanejamento para outras culturas menos exigentes em termos de solo tende a ser uma saída imediata. Dessa forma, eles têm a possibilidade de manter a produção, sem comprometer significativamente o rendimento.
Além disso, atividades agropecuárias, como a criação de gado e aves, podem ser uma opção viável, criando uma fonte alternativa de receita para os produtores. As mudanças abrem espaço para a diversificação do cultivo e ampliam a resiliência do agronegócio gaúcho.
Quais são as oportunidades do agronegócio no Rio Grande do Sul?
Você pôde observar os principais desafios do agronegócio do Rio Grande do Sul. Mas, apesar das enchentes no estado, há um cenário de crescimento contínuo. Em 2023, por exemplo, o setor representou 25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e registrou recordes de exportações, com US$ 166,49 bilhões movimentados.
Com uma economia agrícola consistente, o Rio Grande do Sul se beneficia diretamente do cenário. Para o produtor rural gaúcho, essa fase de expansão pode ser um bom momento para considerar o mercado financeiro como aliado estratégico.
Investir em novas tecnologias — como IA para monitoramento e automação e drones e ferramentas digitais para projeção de safras — exige capital. Ao alocar recursos no mercado financeiro, o produtor tem a possibilidade de construir uma reserva financeira.
O montante permitirá, por exemplo, adquirir insumos ou maquinário tecnológico e gerenciar melhor os períodos de oscilação dos preços de commodities. Além disso, os investimentos ajudam a diversificar o portfólio — podendo realizar operações de proteção contra riscos comuns no setor agrícola.
Oportunidades para investidores
Já para investidores, o Rio Grande do Sul oferece uma oportunidade de aplicar recursos em um setor com potencial de crescimento. A demanda por alimentos e a modernização do agronegócio tornam o segmento menos suscetível a recessões econômicas — apesar da exposição a outros riscos, como os climáticos.
Dessa maneira, investir no agronegócio costuma apresentar perspectivas de retorno. Nesse contexto, fundos de investimento, títulos — como letras de crédito do agronegócio (LCAs) e certificados de crédito do agronegócio (CRAs) — e ações ligadas ao setor podem ser consideradas para se expor aos resultados do setor.
Vale lembrar que, para investir com mais confiança e garantir uma diversificação estratégica, é importante contar com uma assessoria de investimentos. A Elo Forte oferece o suporte necessário para que produtores e investidores planejem o crescimento e a proteção do seu patrimônio.
Neste artigo, você conferiu o panorama do agronegócio no Rio Grande do Sul, podendo entender que, apesar dos desafios enfrentados, produtores e investidores têm oportunidades no setor. Para tomar decisões mais bem informadas, conte com ajuda profissional.
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