O mercado financeiro conta com muitas oportunidades para diversos perfis e objetivos. Contudo, é importante conhecer mais sobre os termos utilizados para se posicionar de forma consciente. Por exemplo, você sabe o que é underwriting?
Essa é uma modalidade de intermediação entre as instituições e os investidores, unindo quem precisa captar recursos e investidores. O processo tem regras bastante específicas para o seu funcionamento — que devem ser compreendidas por quem acessa o mercado financeiro.
Quer conhecer mais sobre o underwriting e como funciona esse procedimento? Confira, nas próximas linhas!
O que é o underwriting?
O underwriting, traduzido como subscrição, é uma alternativa para simplificar o lançamento de ativos financeiros no mercado. Ele representa uma intermediação realizada por instituições especializadas na oferta dos papéis e dos títulos — as subscritoras.
A intermediação dessas instituições torna a operação mais barata e menos burocrática para os emissores. Apenas bancos de investimentos, sociedades corretoras e distribuidoras ou bancos múltiplos podem atuar como intermediários.
As subscritoras podem ser requisitadas por empresas ou pelo Governo Federal para captar recursos. Assim, elas realizam a publicação da oferta, atraem investidores e negociam as alternativas emitidas. Essas empresas também podem assumir os riscos da operação, conforme certas regras.
Como funciona esse processo?
Agora que você já entendeu o que é o underwriting, pode conhecer mais sobre como ele funciona e quais são as suas etapas. As instituições que atuam como underwriters obtêm uma parte dos ganhos das negociações dos ativos e dos títulos, como remuneração pelos seus serviços.
Em contrapartida, os emissores contam com a facilitação de um processo que costuma ser complexo e demorado, além de reduzir os custos, podendo ou não compartilhar os riscos. É relevante destacar que as subscritoras, em geral, apresentam ampla experiência no mercado — o que ajuda na análise de risco.
Com isso, elas estão aptas a realizar uma análise adequada para a cotação das alternativas de investimento em seu lançamento. Desse modo, as emissoras, ao contratar uma subscritora, podem se lançar no mercado com mais segurança.
Quais são os tipos de underwriting?
Existem três tipos de underwriting, que se diferenciam conforme os compromissos assumidos pela instituição intermediária. A definição de qual será a subscrição é feita no momento do contrato, conforme as regras para esse procedimento.
Conheça cada um dos tipos!
Underwriting melhores esforços
O underwriting de melhores esforços, também chamado de best-effort, é caracterizado por uma menor participação da subscritora nos riscos. Ela tem a função de oferecer os ativos ao mercado, mas não tem a obrigação de subscrever os papéis ou títulos que não forem vendidos.
O procedimento recebe esse nome porque a empresa subscritora deve realizar os melhores esforços para o lançamento dos ativos no mercado. Entretanto, ela não assume o compromisso de garantir a venda de todos os papéis ou títulos.
Underwriting residual
No underwriting residual, ou stand by, a subscritora também deve empregar os melhores esforços no lançamento dos ativos no mercado. Além disso, caso ainda existam ativos não vendidos, a instituição pode escolher se deseja subscrevê-los ou se os devolverá para a emissora.
Quando a intermediária optar por subscrever os ativos que restaram, ela passa a compartilhar os riscos com o emissor. Desse modo, o underwriting residual é uma alternativa com mais compromissos para a subscritora, em comparação ao tipo melhores esforços.
Underwriting firme
O terceiro tipo de underwriting é o firme ou straight. Nesse caso, a intermediária assume completamente os riscos da operação. Isso porque ela tem o dever de subscrever todos os ativos antes de eles serem lançados no mercado.
Assim, a emissora fica protegida na oferta, enquanto a subscritora se expõe a prejuízos — se houver papéis e títulos não vendidos. Apesar disso, pode ser acrescida a cláusula de market out, em que a intermediária se exime de responsabilidade por situações que prejudicam a qualidade dos ativos.
Quais são os riscos do underwriting?
Como você viu, a subscritora assume responsabilidades e tem a oportunidade de obter ganhos na operação de underwriting. Assim, ela lida com riscos de liquidez, custo de oportunidade e conformidade da empresa.
Portanto, a underwriter precisa avaliar se a negociação é vantajosa, a partir de uma análise cuidadosa da companhia emissora dos títulos ou papéis. Dessa forma, ela escolhe o tipo de underwriting que pretende realizar.
Para o investidor, esse é um ponto de atenção. Afinal, se a intermediária aceitou assumir os riscos em nome do emissor, isso pode indicar confiança no potencial dos ativos. Apesar de não ser um fator determinante para a escolha das alternativas de investimentos, esse costuma ser considerado um aspecto positivo em relação à segurança do ativo.
Por que é importante conhecer esse conceito?
Você viu que o underwriting é um procedimento comum no mercado, que tem regras bastante específicas. Nesse cenário, entender o que é e como funciona esse tipo de operação é essencial para os investidores conseguirem tomar melhores decisões de investimentos.
Ao compreender como foi feito o lançamento dos ativos e quais foram as garantias utilizadas no underwriting, é possível saber mais sobre aquele investimento. Como visto, casos de garantia firme indicam uma dose maior de credibilidade à operação.
Já a garantia do tipo melhor esforço sinaliza uma possível dificuldade para a venda. Assim, muitos investidores podem avaliar esse fator como um elemento de risco, considerando outros elementos da sua estratégia — já que ela também pode oferecer maior rentabilidade.
Na hora de compor a carteira de investimentos, é fundamental observar diversos fatores que impactam o resultado. Também é preciso considerar o seu perfil de investidor e objetivos — mas os critérios de subscrição podem contribuir com a análise dos ativos.
A partir das informações deste artigo, você já compreende o que é underwriting e como funciona esse procedimento no mercado. Agora, adicione essa informação em suas análises no momento de escolher um investimento.
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