Qual investimento de renda fixa rende mais que a poupança?

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Manter uma reserva financeira na poupança é uma alternativa tradicional no Brasil. Entretanto, as taxas de juros da caderneta não são atrativas. Assim, é possível encontrar alternativas com a mesma segurança e estabilidade, mas com resultados financeiros melhores.

Diante disso, muitas pessoas se perguntam qual investimento de renda fixa rende mais que a poupança. Para tirar suas dúvidas, vale a pena aprender mais sobre o assunto. Isso ajuda a tomar decisões mais adequadas ao investir o seu dinheiro.

Acompanhe este artigo e descubra qual investimento rende mais que a poupança na renda fixa!

Como funciona a poupança?

O rendimento da poupança se baseia em um cálculo que considera a Selic, a taxa básica de juros da economia, e a Taxa Referencial (TR). Esse é um índice criado nos anos 1990, que foi perdendo a importância e passou a funcionar como taxa de juros de referência em poucas situações.

Quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança equivale a 0,5% ao mês, mais a TR. Se o valor da Selic for igual ou menor que 8,5%, a poupança renderá 70% da Selic, somada à TR. Com isso, o rendimento é sempre inferior ao desempenho da Selic.

Outra característica da poupança é a liquidez diária. Ou seja, o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento. Contudo, a rentabilidade só é aplicada na data de aniversário do depósito, a cada 30 dias. Caso o saque seja feito antes dessa data, não haverá rendimento no período.

A segurança é mais um elemento da poupança. Os depósitos na caderneta têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ele cobre a inadimplência do banco em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição. Ainda, há um limite global de R$ 1 milhão que se renova a cada 4 anos.

Por fim, vale saber que os rendimentos são isentos de Imposto de Renda (IR). Entretanto, mesmo com as vantagens da caderneta, vale buscar uma alternativa à poupança. Afinal, existem opções que também são seguras, mas podem trazer rentabilidades mais atrativas na renda fixa.

O que é e como funcionam os investimentos em renda fixa?

Entendendo o que é a poupança, é hora de saber mais sobre a renda fixa. Essa classe engloba os investimentos cuja lógica de rentabilidade é conhecida pelo investidor antes do aporte.

Na prática, eles funcionam como um tipo de empréstimo. Assim, o investidor é o credor que disponibiliza os recursos ao investir no título. Já o emissor é o devedor, que pagará o montante acrescido de juros no prazo acordado.

Em relação à rentabilidade, ela pode seguir 3 regras. Veja só:

Rentabilidade prefixada

Os investimentos prefixados são aqueles cuja taxa de retorno é determinada antecipadamente em um percentual e não sofre alterações de acordo com a economia. Logo, no momento em que aplica seu dinheiro, você tem como saber exatamente quanto receberá ao final do prazo estipulado.

Rentabilidade pós-fixada

Já os títulos pós-fixados são atrelados a um índice. Por isso, só é possível saber o valor final a ser sacado na data do resgate. Em geral, as aplicações são atreladas à Selic ou ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) — um indicador que fica próximo à taxa básica de juros.

Rentabilidade híbrida

Esse tipo de investimento tem sua rentabilidade determinada pela soma de uma taxa prefixada com uma taxa pós-fixada. Nesse caso, é bastante comum que os títulos sejam atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — o indicador oficial da inflação no país.

Qual investimento de renda fixa rende mais que a poupança?

Após aprender sobre o funcionamento da poupança e dos títulos de renda fixa, é comum se perguntar quais investimentos apresentam uma rentabilidade superior.

A seguir, confira algumas possibilidades de renda fixa para quem busca alternativas mais seguras para investir!

Títulos do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a bolsa de valores do Brasil (B3). Por meio dele, as pessoas físicas podem investir nos títulos públicos federais.  As aplicações disponíveis no Tesouro Direto possuem liquidez diária e são garantidas pelo Governo.

No programa, existem diferentes tipos de títulos disponíveis. Veja só:

  • Tesouro Prefixado: segue uma taxa de juros determinada em um percentual anual;
  • Tesouro Selic: rende conforme a Taxa Selic;
  • Tesouro IPCA+: segue uma taxa fixa e a outra parte varia de acordo com a inflação.

Vale destacar que, apesar da liquidez diária, o Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ têm exposição à marcação a mercado. Com isso, o resgate antes do prazo de vencimento é feito considerando o preço do título na data do resgate — o que pode gerar perdas.

CDB (certificado de depósito bancário)

Os CDBs são emitidos por instituições bancárias e podem ter rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida. Quando o retorno é pós-fixado, ele costuma ser atrelado ao CDI. Assim como a poupança, os CDBs também têm cobertura do FGC, trazendo maior segurança.

Além disso, existem alternativas com liquidez diária, mas também há títulos que permitem o resgate apenas no vencimento. Por fim, os CDBs têm os rendimentos tributados pelo IR — o que também acontece com os títulos do Tesouro Direto.

LCI e LCA (letra de crédito imobiliário e do agronegócio)

Outras possibilidades de investimento que podem render mais que a poupança são a LCI e a LCA. Elas são de emissão bancária, com a diferença que os recursos captados pela instituição são direcionados aos respectivos setores — imobiliário e do agronegócio.

Esses títulos não têm liquidez diária, contando com um prazo de carência que costuma ter, pelo menos, 90 dias. Como vantagem, elas têm a cobertura do FGC e são isentas do Imposto de Renda, o que pode potencializar a rentabilidade.

Em todos os investimentos vistos aqui, é preciso verificar a rentabilidade atrelada para observar se o potencial é superior à poupança. Por fim, considere o seu perfil de investidor e objetivos financeiros para identificar se as alternativas estão alinhadas às suas necessidades e características.

Agora que você já sabe mais sobre a poupança, fica mais fácil avaliar as alternativas do mercado para entender qual investimento rende mais. Lembre-se de avaliar as características do título para determinar se ele é adequado para compor a sua carteira.

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