O agronegócio tem grande importância para a economia brasileira, então é natural que existam diferentes instrumentos financeiros disponíveis no mercado para apoiar o seu crescimento. Um deles é a cédula de produto rural (CPR), que traz vantagens para produtores e para investidores.
Criada pela Lei nº 8.929/1994, a CPR é um título gerado a partir da promessa de entrega de produtos agrícolas ou pecuários. Para o produtor, essa é uma forma de captar recursos para suas atividades. Já o investidor pode se expor ao segmento, que representou 24% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Neste artigo, você entenderá como funciona a CPR e como utilizá-la para conquistar os seus objetivos. Confira!
O que é e como funciona uma cédula de produto rural (CPR)?
A cédula de produto rural (CPR) é um título de crédito emitido por produtores ou outros participantes da cadeia agropecuária, como associações. Ela representa a promessa de entrega futura de produtos rurais, servindo como antecipação de recursos financeiros.
O título funciona a partir da formalização de um contrato que especifica o produto, a quantidade, as condições de entrega ou pagamento e as garantias oferecidas pelo produtor. Elas podem incluir penhor de bens ou hipoteca, por exemplo.
As CPRs com valores inferiores a R$ 50 mil eram isentas da exigência de registro até 31 de dezembro de 2023. Dessa forma, desde 1º de janeiro de 2024, todos os títulos desse tipo precisam da formalização.
Vale saber que existem dois tipos principais de cédula de produto rural: a física e a financeira. A primeira exige que o emitente entregue os produtos descritos no título no vencimento — como grãos ou carnes. Já a CPR financeira permite a liquidação em dinheiro, geralmente acrescida de juros.
Depois de emitido, esse título de renda fixa é negociado no mercado de balcão organizado e nas plataformas de instituições financeiras. Contudo, a liquidez da aplicação costuma ser baixa, variando de acordo com o tipo de CPR e as condições de mercado.
Portanto, o investidor deve avaliar os seus objetivos financeiros antes de decidir pelo investimento. Uma informação relevante é que os ganhos com a CPR são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Como emitir uma CPR?
A emissão de uma cédula de produto rural (CPR) envolve a formalização do contrato entre as partes e o registro da cédula em uma Central Registradora. Também é preciso registrar as garantias envolvidas no Cartório de Registro Geral de Imóveis (RGI).
Todo o procedimento pode ser feito de forma digital e integrada, o que proporciona maior agilidade, reduz a chance de riscos operacionais e evita problemas como o extravio de documentos. Como resultado, essa modernização facilita a assinatura e o registro da CPR.
Quais são as vantagens para produtores rurais?
Você entendeu que a CPR é um instrumento que beneficia os produtores rurais ao oferecer acesso facilitado a recursos financeiros. Ela é considerada uma das principais fontes de financiamento do setor no Brasil.
Como visto, a CPR permite que produtores antecipem o recebimento de quantias por entregas futuras, com a possibilidade de usá-las para investir na produção. Dessa forma, sua emissão reduz os efeitos de eventuais barreiras na captação de recursos junto a instituições financeiras tradicionais.
Ao emitir esses títulos, negociáveis no mercado de balcão organizado, os produtores do segmento conseguem ter maior previsibilidade financeira. Com isso, há mais possibilidades de ter recursos para a produção e para o investimento em equipamentos e em melhorias estruturais, por exemplo.
E quais são os benefícios da CPR para investidores?
A CPR também costuma trazer vantagens para os investidores, podendo ser atrativa para diferentes perfis. Como o título pertence à renda fixa, há previsibilidade sobre o retorno, embora o investimento traga riscos como o de crédito — a possibilidade de inadimplência do emissor.
Mais um ponto é que as CPRs geralmente oferecem uma rentabilidade mais alta do que alternativas da renda fixa como certificados de depósito bancário (CDBs) e títulos públicos. Uma das razões é que a aplicação não tem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O investimento em CPRs também pode contribuir para a estratégia de diversificação da carteira. Ao expor parte do capital ao setor agro, considere que há chance de a aplicação reagir de forma diferente de outros ativos, diante do mesmo cenário econômico.
Assim, é possível mitigar os riscos do portfólio e aumentar o potencial de ganhos do investidor. Por fim, o investimento é incentivado pelo Governo. Dessa forma, como você aprendeu, não há cobrança de Imposto de Renda sobre os ganhos para pessoas físicas.
Como investir em CPR?
O primeiro passo para investir em CPR é entender se a aplicação é adequada ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Em caso positivo, escolha uma instituição financeira que disponibilize esses títulos.
Antes de investir, é preciso realizar uma análise cuidadosa das condições de mercado e das políticas agrícolas, que influenciam o desempenho do setor. Além disso, considere a taxa de rentabilidade das CPRs, os riscos e a liquidez do título.
Também vale a pena contar com o suporte de uma assessoria de investimentos que auxilie na escolha da melhor estratégia, como a Elo Forte. Os profissionais estão habilitados a apresentar as alternativas mais adequadas às suas necessidades, de forma personalizada.
Já para os produtores, a Elo Forte contribui para facilitar o processo de emissão dos títulos. A expertise do time ajuda a proporcionar uma experiência positiva, potencializando os benefícios da operação.
Neste post, você aprendeu que a CPR é uma alternativa que pode ser vantajosa tanto para produtores rurais quanto para investidores. Agora, avalie as informações para entender se os certificados de produto rural são interessantes para sua estratégia.
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