No mercado financeiro, existem diversas operações que oferecem oportunidades de ganhos para os investidores. Elas variam em termos de tempo, estratégia e risco, permitindo que cada investidor escolha a que mais se adapta ao seu perfil e objetivo.
Entre as possibilidades está o swing trade, que é uma abordagem voltada para quem busca aproveitar as oscilações do mercado no curto prazo. Se você tem interesse em operar na bolsa de valores, é fundamental conhecer o assunto.
Quer saber mais sobre o swing trade? Então continue lendo e entenda o que é e como essa operação funciona!
O que é swing trade?
A especulação ou trade no mercado financeiro é uma estratégia para aproveitar as variações de preços dos ativos para obter lucro em um curto período. No swing trade, ela é aplicada em negociações que acontecem em um intervalo de dias ou semanas.
Nessa operação, se o especulador acredita que o preço de uma alternativa aumentará, ele pode abrir uma posição comprada. Dessa maneira, o trader compra o ativo para vendê-lo depois, quando o preço subir, podendo gerar lucro se a projeção de alta se concretizar.
Além disso, é possível lucrar com a queda nos preços, identificando uma tendência de baixa. Nesse cenário, o especulador abre uma posição vendida, ou seja, vende um ativo.
Posteriormente, ele compra novamente o investimento por um preço menor, obtendo lucro com a diferença entre a venda e a recompra.
Qual é a diferença entre day trade e swing trade?
Agora que você já sabe o que é swing trade, é interessante entender melhor como ele se diferencia do day trade, que é outra estratégia comum de especulação. Nesse caso, a principal característica é que o especulador precisa abrir e encerrar suas posições no mesmo pregão.
Dessa forma, o day trade é uma prática mais dinâmica e rápida. Logo, para encontrar boas oportunidades de operações, o especulador muitas vezes precisa acompanhar o mercado durante todo o dia.
Além disso, os riscos no day trade costumam ser maiores, já que o trader deve tomar decisões rápidas — o que pode gerar uma análise menos profunda do que no swing trade.
Outra diferença importante está na tributação do Imposto de Renda (IR). No swing trade, a alíquota é de 15% sobre o ganho de capital, com a vantagem de haver isenção de IR para quem realizar vendas de ações abaixo de R$ 20 mil por mês.
Já no day trade, a alíquota é mais alta, de 20% sobre os ganhos, e não existe isenção de impostos — independentemente do volume de vendas.
Como funciona o swing trade?
Tanto no day trade quanto no swing trade, os especuladores costumam tomar suas decisões de compra e venda com base na análise técnica. Essa abordagem envolve o estudo de gráficos e indicadores, o que permite projetar rapidamente as tendências e direções do mercado.
Para o swing trade, é comum os traders utilizarem tempos gráficos maiores, como o semanal. Contudo, eles também podem trabalhar com gráficos diários, de 60 minutos, entre outros, dependendo da estratégia adotada.
Para melhor entendimento de como funciona o swing trade, imagine que você comprou ações de uma empresa no dia 5 com base em uma análise gráfica que indicava uma tendência de alta. No momento da compra, cada papel custava R$ 20.
Entretanto, no dia 10 do mesmo mês, o preço das ações caiu para R$ 18. Então, 3 dias depois, no dia 13, a cotação voltou a R$ 20. Já no dia 15, o preço estava em R$ 25. Se você tivesse vendido os papéis no dia 10, a R$ 18, teria um prejuízo de R$ 2 por ativo.
Mas, caso você tivesse encerrado a operação no dia 13, não teria registrado ganho ou perda. Agora, se a decisão de venda das ações fosse tomada no dia 15 daquele mês, seu lucro seria de R$ 5 por ação — sem considerar taxas e impostos.
Assim, é possível entender que o swing trade oferece ao especulador um tempo mais amplo do que seria no day trade para tomar suas decisões.
Quais são os riscos dessa operação?
O principal risco do swing trade está na oscilação de preços, que é característica da renda variável. Mesmo que o especulador tenha experiência e uma boa análise de mercado, o comportamento imprevisível da bolsa pode não ser como o esperado, elevando o risco de perdas.
Diferentemente das operações de longo prazo, em que os ativos têm tempo de se recuperar de eventuais quedas, no trade, as oscilações têm maior impacto. Por isso, é essencial ter um bom manejo de riscos, buscando compensar perdas com resultados positivos de outras operações, por exemplo.
Ainda, o especulador deve prestar atenção à questão tributária. Muitos traders cometem erros ao calcular ou recolher o Imposto de Renda, o que pode levar a problemas com a Receita Federal. Entre as consequências estão a suspensão do CPF e a cobrança de multas e encargos sobre o valor devido.
Como começar a operar swing trade?
O primeiro passo para começar a operar no swing trade é estudar. Esse tipo de operação exige conhecimento e existem diversos recursos disponíveis para quem quer se aprofundar no assunto, como cursos, livros, plataformas de investimentos e simuladores.
Além disso, você deve colocar em prática a análise técnica, que é a principal estratégia no swing trade. Saber ler gráficos, identificar padrões e projetar possíveis movimentos do mercado são habilidades indispensáveis para quem busca o sucesso.
Nesse contexto, também é importante que você tenha disciplina para acompanhar diariamente os dados do mercado e ajustar sua estratégia conforme necessário. Mais um ponto é exercitar o controle emocional para manter a calma e a clareza de pensamento ao tomar decisões.
Vale destacar a importância de alinhar as abordagens de curto prazo ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Ademais, tenha em mente a possibilidade de adotar estratégias de longo prazo aliadas à parcela destinada à especulação, caso faça sentido para você.
Neste artigo, você entendeu o que é o swing trade e como começar a realizar essa operação na bolsa. Agora, vale compreender se essa abordagem se alinha ao seu perfil e objetivos antes de incluí-la em sua estratégia de investimento.
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