Se você costuma assistir ao noticiário, deve ter reparado que política e economia são temas muito abordados. Afinal, os eventos políticos e as mudanças econômicas globais podem impactar diferentes segmentos do mercado, incluindo os investimentos.
Logo, os investidores precisam ficar atentos aos acontecimentos para proteger o portfólio em tempos de incerteza. Para tanto, vale entender como realizar o processo, na prática.
Quer saber mais sobre o tema? Continue a leitura e descubra como a política e a economia global se relacionam com os investimentos!
Como a política e a economia se relacionam com os investimentos?
A política e a economia global influenciam os mercados financeiros, impactando desde a rentabilidade das ações até a segurança de alternativas mais conservadoras. Um exemplo são os títulos de renda fixa.
Mudanças nas políticas monetárias, crises econômicas e até a instabilidade política podem criar um cenário de incerteza — gerando oportunidades ou riscos para investidores.
Veja com mais detalhes!
Políticas monetárias
As políticas monetárias, que consistem nas decisões tomadas pelos bancos centrais, têm efeito direto sobre os investimentos. O objetivo delas é controlar a oferta de dinheiro e as taxas de juros, sendo usadas como ferramentas para regular a economia.
Um exemplo é o impacto das decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Por pertencer à maior economia global, a moeda norte-americana é utilizada para precificar diversos ativos — e as deliberações do Fed influenciam os mercados financeiros globalmente.
Quando a autoridade adota uma política monetária contracionista, aumentando a taxa de juros, há tendência de migração de capital para ativos americanos, como títulos de renda fixa. O fenômeno ocorre porque os rendimentos dessas aplicações se tornam mais atraentes — tanto em relação à segurança quanto à rentabilidade.
Por consequência, muitos investidores retiram o capital de mercados emergentes, como o Brasil. O movimento costuma resultar na valorização do dólar, podendo impactar negativamente as bolsas desses mercados.
Políticas fiscais
A política fiscal consiste no conjunto de medidas que o Governo adota para administrar as finanças públicas. Ela inclui o controle das despesas e a arrecadação de receitas por meio de tributos, por exemplo. A ideia é proporcionar o equilíbrio fiscal e impulsionar o crescimento sustentável do país.
Quando o Estado adota uma política fiscal expansionista, por exemplo, ele eleva os gastos públicos e diminui os tributos buscando injetar dinheiro na economia. Uma vez que há mais dinheiro circulando, costuma ocorrer um aumento do consumo, do qual as empresas se beneficiam.
Se você já investiu em ações de companhias que se aproveitam desse cenário, talvez tenha observado aumento dos preços dos ativos, à medida que a demanda por produtos e serviços cresce. Alinhado a essa política fiscal, o Banco Central pode reduzir as taxas de juros para estimular o crédito.
Nesse contexto, títulos de renda fixa tendem a perder atratividade, já que a rentabilidade oferecida por esses papéis diminui. Com isso, muitos investidores tendem a investir na renda variável, buscando maiores retornos.
Instabilidade política
A instabilidade política é um fator que normalmente gera incerteza no mercado financeiro. Quando surgem crises ou disputas pelo poder, o ambiente de insegurança aumenta. Nesse caso, os investidores tendem a enxergar os eventos como um risco.
Frequentemente, o reflexo é o movimento de fuga dos investimentos para opções mais seguras, como moedas fortes e economias estáveis. Os impactos podem atingir os mercados financeiros globalmente, mas a instabilidade política costuma ter um efeito mais pontual.
Por exemplo, o fato de uma empresa estar exposta a um período de turbulência política não significa necessariamente que ela será afetada no futuro. O motivo é que companhias com fundamentos mais robustos costumam se recuperar com mais rapidez.
Portanto, em períodos de instabilidade política, vale a pena buscar manter uma visão estratégica e não se deixar levar pelo pânico momentâneo.
Crises econômicas
As crises econômicas também afetam os investimentos. Durante uma recessão, a volatilidade do mercado financeiro tende a aumentar. Consequentemente, os preços dos ativos podem oscilar bastante em períodos curtos.
Um exemplo foi a crise causada pela pandemia do coronavírus. Em março de 2020, a bolsa brasileira enfrentou seis circuit breakers — mecanismo ativado para interromper as negociações em momentos de grande queda das cotações dos ativos.
A retração econômica global e a incerteza criaram um ambiente de muita volatilidade, afetando as bolsas ao redor do mundo. No mesmo período, a queda abrupta dos preços do petróleo contribuiu para intensificar o nervosismo nos mercados globais.
Por exemplo, em março de 2020, o Ibovespa — principal índice de ações da bolsa brasileira — caía 42% no ano, refletindo a gravidade do cenário mundial. Embora muitos países ainda sentissem os efeitos da crise, o mercado financeiro mostrou sinais de recuperação nos meses seguintes.
Outro fenômeno comum em crises é o efeito manada. Temendo perdas, muitos investidores vendem os papéis, podendo causar quedas mais intensas dos preços dos ativos. Embora o movimento seja baseado em emoções, ele é capaz de alimentar ainda mais a incerteza no mercado.
Como proteger o portfólio em tempos de incertezas?
Agora que você sabe os principais fatores que fazem a política e a economia se relacionarem com os investimentos, chega o momento de entender como proteger o portfólio em tempos de incerteza.
Confira as principais dicas!
Diversifique a carteira
O primeiro passo é diversificar a carteira. Aqui, a ideia é escolher os ativos estrategicamente, incluindo diferentes classes, setores e regiões. Se um investimento tiver perdas, há chance de outros compensarem os resultados.
Mas diversificar não significa distribuir o capital aleatoriamente entre ações, títulos, imóveis e moedas, por exemplo. A abordagem exige selecionar ativos que respondem de maneiras diferentes a um mesmo cenário econômico — inclusive com investimentos internacionais.
Adote estratégias de hedge
O uso de estratégias de hedge é uma forma de proteger os investimentos em tempos de incerteza. As táticas ajudam a reduzir a exposição a riscos de mercado, crises econômicas e eventos geopolíticos inesperados.
Ao montar estratégias de hedge, você tem a chance de preservar o capital, buscando evitar grandes perdas em momentos de alta volatilidade. A prática tende a trazer mais segurança e o investidor pode tomar decisões racionais — mesmo em cenários desafiadores.
Foque no longo prazo
Por fim, a visão de longo prazo ajuda você a manter o foco nos objetivos financeiros, sem se deixar levar por movimentos pontuais do mercado. Além disso, é possível reduzir os custos e impostos relacionados à atividade de negociação frequente de ativos.
Para aplicar as estratégias de proteção, considere buscar uma assessoria de investimento qualificada, como a Elo Forte Investimentos. Ela está apta a acompanhar as movimentações econômicas e políticas que podem afetar seus investimentos, ajudando a manter seu portfólio alinhado aos seus objetivos financeiros.
Ao longo deste conteúdo, você entendeu como a política e a economia global influenciam os investimentos. A partir desse conhecimento, você pode tomar decisões mais informadas na hora de investir.
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