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O universo dos bilionários sempre despertou curiosidade, não é mesmo? Mas dados recentes revelam que compreender o comportamento desse grupo vai além da simples observação de grandes fortunas.
Trata-se de entender tendências que impactam a economia real, os mercados financeiros e a forma como as famílias se preparam para o futuro.
A 10ª edição do relatório “Billionaire Ambitions”, produzido pelo banco suíço UBS em 2024, traz uma leitura das mudanças ocorridas nos últimos anos entre pessoas com patrimônio superior a US$ 1 bilhão.
O estudo cobre um universo de 2.682 bilionários, cujo patrimônio conjunto ultrapassa os US$ 14 trilhões — montante que cresceu 121% entre 2015 e 2024.
Desse modo, o avanço superou o desempenho de índices globais como o MSCI AC World. No mesmo período, o indicador teve valorização de 73%.
Quer descobrir como os comportamentos dos bilionários oferecem aprendizados úteis para investidores de diferentes perfis? Acompanhe este boletim!
O desempenho dos bilionários e suas estratégias de investimento
Entre os dados mais impressionantes do relatório do UBS está a constatação de que os bilionários não apenas acumularam riqueza: eles a fizeram crescer acima da média de mercado.
A performance agregada de seus portfólios de 2015 a 2024 reflete uma combinação de visão estratégica, exposição a ativos reais e inovação constante. A característica foi particularmente evidente nos setores de tecnologia, indústria e materiais.
No segmento tecnológico, o patrimônio dos bilionários triplicou, alcançando US$ 2,4 trilhões. O aumento foi impulsionado por áreas como inteligência artificial, segurança cibernética, fintechs e plataformas digitais.
Já o setor industrial teve um crescimento significativo com avanços em segmentos como aeroespacial, veículos elétricos e energia limpa. O patrimônio dos bilionários dessa área passou de US$ 480 bilhões para US$ 1,3 trilhão.
O ramo de materiais — que inclui commodities, agricultura, energia e renováveis — é mais um que teve destaque, subindo de US$ 718 bilhões para US$ 1,8 trilhão.
Esse é um reflexo da demanda por insumos estratégicos para a transição energética e da nova geopolítica das cadeias de suprimento.
Além dos setores, o comportamento dos bilionários em relação às classes de ativos mostra uma preferência pela diversificação robusta.
Esses indivíduos vêm ampliando sua exposição a ações de mercados desenvolvidos, imóveis, ouro e metais preciosos.
Esses ativos representam não somente alternativas de valorização, mas também formas de proteção diante de um cenário geopolítico e econômico volátil.
Inclusive, a busca por obras de arte e antiguidades cresceu significativamente, reforçando o apetite por ativos tangíveis com valor percebido de longo prazo.
Cerca de 32% dos bilionários pretendiam investir neles em 2024, em comparação com 11% em 2023.
Mudança de país e estratégias de proteção patrimonial
Desde a pandemia, um comportamento que se intensificou entre os bilionários foi a mudança de domicílio fiscal e de residência.
Entre 2020 e 2024, mais de 170 bilionários mudaram de país, transferindo aproximadamente US$ 400 bilhões em patrimônio para novos centros financeiros.
Destinos como Emirados Árabes Unidos, EUA, Singapura e Suíça ganharam destaque, atraindo esses indivíduos por fatores que vão além da carga tributária.
Segundo o relatório do UBS, aspectos como qualidade dos serviços de saúde e segurança jurídica para famílias estão entre os principais motivadores dessas escolhas. Somam-se, ainda, o ambiente educacional para sucessores e a facilidade para fazer negócios.
O movimento mostra que o planejamento patrimonial para grandes fortunas está alinhado a um conjunto mais amplo de variáveis. Elas transcendem o retorno financeiro e incluem valores pessoais e governança intergeracional.
A nova lógica das doações e do investimento com propósito
Se no passado a filantropia era muitas vezes pontual e desvinculada da lógica de negócios, o comportamento mais recente demonstra uma virada nesse padrão.
Em 2024, 56% dos bilionários afirmaram ter uma estratégia estruturada para doações — um salto expressivo em relação aos 46% de uma década antes.
Mais do que fazer o bem, trata-se de alinhar o impacto social às convicções familiares e à visão de legado de longo prazo.
Essa transformação também aparece na forma como eles investem. O percentual de bilionários que alocam capital em investimentos de impacto mais do que dobrou em 10 anos, chegando a 28%.
Além disso, quase 40% deles gerenciavam suas empresas de forma sustentável e profissionalizavam suas iniciativas filantrópicas por meio de fundações ou instituições próprias. O foco passou a ser em resultados concretos e mensuração de impacto.
Curiosamente, a geração seguinte tem assumido um papel mais ativo no processo. Segundo a pesquisa do UBS, 60% dos bilionários afirmaram que suas famílias estavam envolvidas no alinhamento de valores e nas decisões estratégicas.
Essa governança compartilhada tende a aumentar a resiliência das estruturas patrimoniais e a perpetuação dos valores familiares.
O que aprender com o comportamento dos bilionários
A robustez dessas decisões revela que preservar e multiplicar patrimônio exige mais do que bons ativos: envolve visão estratégica, planejamento e, principalmente, disciplina.
O relatório do UBS aponta que os bilionários mais bem-sucedidos adotam posturas que podem ser adaptadas para perfis patrimoniais distintos.
Primeiramente, há o olhar para o longo prazo. Os movimentos desses investidores não respondem apenas a ciclos de curto prazo, baseando-se também em tendências estruturais.
Elas incluem a incorporação de ativos reais, o investimento em setores com potencial de crescimento no longo prazo e a exposição internacional como formas de proteção e diversificação.
Ainda, destaca-se a atenção crescente à sucessão. Com famílias cada vez maiores e mais complexas, a governança patrimonial passa a ser tão relevante quanto a gestão de ativos.
Bilionários estão criando estruturas simples, mas flexíveis, para atender a membros com diferentes perfis e aspirações, sempre com foco em continuidade e estabilidade.
Por fim, há o fator propósito. A busca por impacto — seja por meio de doações ou investimentos — mostra que gerar valor vai além do retorno financeiro.
Trata-se de alinhar portfólio, estrutura familiar e valores pessoais em uma estratégia coesa, transparente e adaptável.
A assessoria como aliada para estratégias personalizadas
Embora os números do relatório se refiram a um grupo restrito, o comportamento adotado por seus membros é replicável em outras escalas, como visto.
Investidores construindo ou consolidando seu patrimônio tendem a se beneficiar dessas diretrizes ao estruturar sua própria estratégia — podendo contar com suporte especializado para isso.
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