Quem investe em renda fixa ou renda variável precisa ter atenção aos diversos riscos a que está exposto. Afinal, eles podem afetar os resultados e até trazer prejuízos para o patrimônio. Nesse sentido, um dos pontos para considerar é o risco fiscal.
Apesar de ele ser bastante conhecido na economia, os investidores podem não se atentar a esse tipo de risco. No entanto, considerá-lo é fundamental para tomar decisões, traçar expectativas para títulos e ativos e orientar sua estratégia.
Quer saber o que é risco fiscal e como ele afeta o mercado financeiro? Neste conteúdo, você encontrará as principais informações sobre o tema!
O que é o risco fiscal?
O risco fiscal se caracteriza pela probabilidade de o Governo não cumprir seu planejamento financeiro e não atender às obrigações fiscais do país. A consequência direta do risco fiscal é o aumento da dívida pública.
Apesar de consistir em uma falta de planejamento, situações inesperadas podem ampliar o risco fiscal, principalmente quando há aumento de gastos públicos. Em um risco fiscal elevado, o Governo aumenta seus gastos e gera uma incompatibilidade com a receita obtida por meio de impostos.
Isso gera o chamado déficit público, que pode acarretar crises financeiras, elevar a inflação e a taxa de juros e gerar o descumprimento de obrigações.
Quem é o responsável por fazer a política fiscal de um país?
O risco fiscal deriva diretamente da confiabilidade e execução da política fiscal de um país. Não há um responsável único por essa política, tendo em vista que ela é uma ação integrada por diversas áreas que lidam com os gastos governamentais.
O órgão responsável pelas contas públicas é o Tesouro Nacional. É ele que faz a emissão da moeda e tem o controle dos títulos públicos, que são alternativas para o Governo obter recursos com investidores interessados.
Contudo, todo o Governo Federal tem responsabilidade sobre a política fiscal. É ele quem deve controlar a inflação, acompanhar as contas externas e encontrar meios para aumentar a produção e a oferta de empregos.
Quais os impactos do risco fiscal no mercado?
O próximo ponto para considerar envolve os efeitos do risco fiscal. O principal impacto dele no mercado de investimentos é a fuga de investimentos estrangeiros. Nesse contexto, grandes investidores internacionais podem buscar países mais estáveis para investir.
Isso causa uma diminuição de preços na renda variável, considerando o aumento da oferta dos ativos e a queda da demanda. Consequentemente, pode haver uma desvalorização do real em relação a outras moedas — em especial, ao dólar.
O Governo também pode aumentar a taxa básica de juros — que no Brasil é a taxa Selic — com o objetivo de controlar a inflação. Isso tem um efeito sistemático na economia, tendo em vista que a taxa é utilizada como uma base para concessão de crédito para pessoas físicas e jurídicas.
Com menos oferta de crédito, as empresas diminuem seus recursos e sua produção. Ainda, pode haver um aumento do desemprego no país, como reflexo dessas questões.
Em um cenário de juros elevados, a renda fixa pode se tornar mais atrativa. No entanto, o risco de inadimplência é maior, então é preciso considerar essa questão no momento de escolher as aplicações.
Ainda, podem surgir oportunidades de comprar ativos descontados na renda variável, ampliando o potencial de retorno.
Entendeu o que é o risco fiscal e quais seus impactos para o mercado e seus investimentos? Como ele pode ter efeitos significativos nos seus resultados, é preciso considerar esse fator em sua estratégia de investimentos.
Ainda tem perguntas sobre o que é o risco fiscal? Então deixe um comentário para podermos esclarecer suas dúvidas!