Ações preferenciais e ordinárias: confira as diferenças e saiba qual tipo é ideal para você!

O investimento em ações não deve acontecer a partir de decisões sem fundamentos. Para quem deseja investir, é essencial estudar os conceitos que permeiam o mercado financeiro. Um dos pontos essenciais é entender os diferentes tipos de ações: ordinárias (ON) e preferenciais (PN).

O bom resultado dos seus investimentos depende de quão familiarizado você está com esses termos. A partir do conhecimento atualizado, será possível tomar decisões que correspondem às necessidades do seu perfil de investidor e objetivos financeiros de maneira inteligente.

Quer entender mais sobre as diferenças entre as ações ordinárias e preferenciais? Então acompanhe a leitura!

O que são as ações?

Inicialmente, é importante compreender o conceito de ação: ela simboliza um fragmento do capital social de uma empresa. Portanto, o investidor que compra papéis de uma companhia está se posicionando como sócio daquele negócio.

Com isso, existem alguns pontos a serem considerados: há diferenças entre o sócio majoritário de uma empresa e o acionista menor. As distinções se relacionam com a quantidade de ações que o investidor possui e a possibilidade de influenciar decisões empresariais.

Isso porque o tipo de poder do acionista está diretamente relacionado às características das ações que ele compra — que podem ser ordinárias ou preferenciais. Assim, existem diferenças nos direitos em relação ao recebimento de dividendos e poder de voto dentro da companhia, por exemplo.

O que são ações ordinárias e preferenciais?

Para se aprofundar no assunto, é fundamental compreender os aspectos de cada ação. Ao saber mais sobre isso, você consegue escolher qual tipo de ação se adéqua a suas prioridades.

Entenda a seguir quais são as características das ações ordinárias e preferenciais!

Ações ordinárias

As ações ordinárias (ON) concedem o poder de voto ao acionista em eleições e assembleias empresariais. Ou seja, o investidor não é um mero espectador do que está acontecendo no negócio, pois pode participar ativamente com o voto.

Porém, a quantidade de ações que você impacta a sua influência nos rumos do negócio. Na prática, os controladores de uma empresa são pessoas que possuem muitas ações do tipo ON.

Outro lado positivo para os investidores que possuem ações ordinárias é o tag along. Esse mecanismo promove uma proteção ao acionista quando a empresa decide vender seu controle para outra companhia.

O tag along oferece a garantia de que os acionistas ordinários possam vender suas ações por, pelo menos, 80% do preço recebido pelos controladores. Isso é uma proteção que permite ao investidor sair de forma mais segura do investimento, caso não queira continuar como sócio diante da mudança.

Contudo, há uma desvantagem nas ações ordinárias: a liquidez costuma ser menor em comparação às preferenciais, o que aumenta o risco do investimento. Isso significa que, caso você deseje se desfazer dos papéis, pode demorar mais para encontrar um comprador interessado.

Ações preferenciais

As ações preferenciais (PN) geralmente não permitem que o acionista tenha poder de voto. Por outro lado, o papel PN oferece preferência sobre o recebimento de dividendos. Ele pode ser uma opção para aqueles investidores que têm o rendimento com dividendos como prioridade.

Os acionistas também possuem o favoritismo no reembolso do capital em casos de falência quando se adquire esse tipo de ação. Entretanto, as ações PN não dão o direito ao tag along, a não ser que a companhia opte por estender esse benefício a esses papéis.

Diferentemente das ações ordinárias, uma característica das ações PN é o maior potencial em gerar liquidez ao acionista. Ou seja, esse tipo de ação costuma ser mais negociada nos pregões da bolsa. Por isso, o risco de liquidez pode ser menor.

Outra possibilidade: as units

Além das ações preferenciais e ordinárias, existe outro tipo de papel. Inclusive, ele traz a vantagem de abordar os benefícios dos dois tipos que você conheceu. Isso porque as units são pacotes de ações compostas tanto por papéis ordinários quanto preferenciais.

Como saber qual é a ideal para você?

Agora que você compreendeu as características de cada tipo de ação, sabe como escolher entre eles? As decisões quanto aos seus investimentos devem se basear nos seus objetivos e perfil de investidor.

Para auxiliar no processo de decisão, veja mais detalhes sobre alguns pontos de cada ação!

Liquidez

A liquidez é a facilidade de converter um investimento em dinheiro na sua conta. Assim, a influência dela nas ações acontece devido à lei da oferta e procura. Isto é, quanto maior o número de investidores interessados na compra de determinada ação, mais fácil será a venda.

Como você viu, geralmente as preferenciais possuem maior liquidez. Entretanto, vale destacar que o papel de cada empresa também pode atrair maior ou menor interesse do mercado. Logo, é preciso fazer uma análise ampla da questão.

Direito de participação nas decisões

As ações ordinárias oferecem o que muitos investidores buscam: o poder de voto em reuniões da companhia. Porém, a procura depende dos objetivos de cada acionista. Por isso, vale a pena se perguntar se a sua estratégia se liga às tomadas de decisão da empresa.

Lembre-se de que a influência do voto é dependente da quantidade de papéis que o acionista possui. Então o controle do negócio só se intensifica quando há grande compra de ações.

Aqui, é importante ter em mente que existem empresas que emitem apenas ações ordinárias. Esse é o caso dos negócios listados no segmento de Novo Mercado, na B3.

Tag along

Como você viu, o tag along está originalmente disponível apenas nas ações ordinárias. Logo, quem busca segurança em relação à venda de controle da companhia pode preferir esses papéis. Mas, a depender do nível de governança corporativa da empresa, ações PN também oferecem o direito.

Agora você sabe quais são as diferenças entre as ações preferenciais e ordinárias. Aproveite as informações para avaliar qual tipo de ação se adéqua melhor ao seu perfil de investidor. E lembre-se: pesquise e estude sobre o assunto antes de tomar decisões no mercado financeiro!

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André Barbirato

Formado em marketing, encontrou no mercado financeiro sua verdadeira vocação. Possui certificação ANCORD e mais de 10 anos de experiência no mercado de capitais. Atualmente é head de sales B2B e B2C em renda variável em um banco de investimentos. É também o criador do blog Eu Posso Investir!?

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