Ao pesquisar sobre possibilidades para diversificação de investimentos, você encontrará uma alternativa que pode chamar a sua atenção: os ativos reais. Muitos investidores tendem a optar por essa escolha, por não haver uma relação com o mercado financeiro tradicional.
O aumento da procura por esses investimentos pode ser sentido, por exemplo, com o crescimento da tokenização de ativos reais. Dados dos relatórios da JP Morgan, Binance e Boston Consulting Group (BCG) mostram que eles já correspondem à maior parte do mercado de tokens.
Você tem interesse no assunto e deseja saber se vale a pena contar com esse investimento em seu portfólio? Descubra o que são os ativos reais e quais são suas vantagens e desvantagens!
O que são ativos reais?
Os ativos reais são aqueles que não estão relacionados com o mercado financeiro tradicional, como visto. Eles costumam se relacionar a bens físicos, direitos e valores ligados à economia real. Muitas vezes, trata-se de ativos tangíveis, embora eles possam envolver apenas direitos e valores.
Para ficar mais claro, veja alguns exemplos de ativos reais:
- imóveis;
- obras de arte;
- royalties de propriedade intelectual;
- participação em startups ou franquias;
- commodities — como petróleo, soja, moedas, entre outros.
Tenha em mente que a economia real é a responsável por gerar o desenvolvimento da sociedade, fazendo parte das dinâmicas do dia a dia. Por exemplo, ela contribui com a diminuição da taxa de desemprego ao gerar mais postos de trabalho.
Além disso, os ativos ligados à economia real ajudam na geração de receita, podendo elevar o Produto Interno Bruto (PIB) de um país. Então eles existem desde antes do surgimento de ativos financeiros, e o investimento neles ganhou força a partir da crise de 2008.
O motivo é que uma parte dos investidores passou a buscar opções que não fossem sensíveis às oscilações do mercado financeiro tradicional, como as bolsas de valores.
Quais as principais características desses investimentos?
Agora você já sabe o conceito de ativos reais. Mas para deixar esse entendimento ainda mais claro, vale conhecer as principais características desse tipo de investimento, certo?
Para começar, o valor desses ativos pode aumentar a partir do seu uso ou valorização na sociedade. Seguindo um exemplo mais simples, um imóvel adquirido em um bairro com tendência a expansão terá seu valor aumentado ao longo dos anos.
Veja outros aspectos relacionados aos ativos reais, a seguir:
- eles costumam ser tangíveis, como visto, apesar de poderem ser ligados também a valores ou a direitos, como no caso dos royalties;
- interferem positivamente na sociedade, gerando riqueza social e geração de empregos;
- movimentam indicadores importantes da economia, que estão diretamente ligados com a confiança de investidores — refletindo-se em ativos financeiros.
Quais as diferenças entre ativos reais e financeiros?
Até aqui, você já deve ter percebido algumas nuances das diferenças entre ativos reais e ativos financeiros — e que pode haver uma ligação entre eles. Mas é importante ter clareza antes de tomar decisões sobre o investimento nessas alternativas em busca da diversificação da carteira.
Você aprendeu que os ativos reais são aqueles que estão ligados à economia real. Assim, eles costumam proporcionar retorno para a sociedade e para o investidor. Os ativos financeiros, também conhecidos como investimentos tradicionais, são aqueles oferecidos por bancos de investimentos.
Eles podem estar ligados a um bem real e tangível, mas estão focados nas transações financeiras. Alguns exemplos são:
- títulos públicos;
- títulos privados;
- ações;
- letras de câmbio;
- certificados de depósito bancário (CDBs);
- debêntures.
Quais as vantagens e desvantagens de investir em economia real?
Diante do aprendizado sobre essas alternativas de investimentos, é comum haver o questionamento sobre se vale a pena investir em economia real por meio desses ativos. Para descobrir a resposta, é preciso avaliar as vantagens e desvantagens deles.
Confira!
Vantagens de investir em ativos reais
Um dos benefícios ligados ao investimento em ativos reais é o fato de eles serem menos suscetíveis às flutuações do mercado financeiro tradicional. Logo, eles podem surgir como uma alternativa para diversificação e proteção do portfólio.
Além disso, os ativos reais tendem a oferecer maior potencial de rentabilidade. Um exemplo é o investimento no mercado imobiliário, que pode ficar mais atrativo em determinados cenários do mercado.
Desse modo, esses ativos podem proporcionar maior solidez, em especial, a longo prazo. Além disso, os ativos reais podem ajudar a proteger o capital do investidor contra a inflação.
Por fim, essa pode ser uma forma de contribuir com o crescimento econômico do país. Afinal, eles estão ligados à economia real, levando a geração de empregos e renda, e ajudando a construir riqueza e desenvolvimento.
Pontos de atenção ao investir em ativos reais
Ao investir, é sempre preciso estar atento aos riscos para tomar uma decisão informada. Uma das desvantagens dos ativos reais é a possibilidade de haver baixa liquidez — termo que está relacionado à capacidade de transformar o ativo em dinheiro rapidamente, pelo valor esperado.
Além disso, eles podem ter maiores riscos que outros ativos. Logo, é preciso considerar as características da alternativa específica para embasar a escolha.
Como investir nesses ativos?
Se ao chegar até aqui você entendeu que o investimento em ativos reais faz sentido para a sua estratégia, é preciso saber como você pode começar a investir nele. Uma delas é a participação em empresas que não estão listadas na bolsa de valores, como por meio de um fundo private equity.
Outra opção é contar com o crowdfunding ou plataformas de investimento que ofereçam ativos reais. Para tanto, é essencial identificar se elas são confiáveis e mensurar, por exemplo, riscos e taxas de sucesso nos projetos existentes.
Antes de decidir, é preciso fazer uma ampla pesquisa sobre os tipos de ativos e projetos disponíveis. Dessa forma, é possível analisar riscos, tendências de médio e longo prazo e fazer uma escolha mais acertada.
Agora você conhece os ativos reais, suas vantagens e desvantagens. Caso você entenda que essa possibilidade está alinhada ao seu perfil e objetivos, não deixe de estudar as alternativas antes de decidir.
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