Você sabia que é possível especular no Tesouro Direto? Descubra como!

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Os títulos públicos emitidos pelo Governo Federal são conhecidos por oferecer segurança e estabilidade ao investidor em médio e longo prazo. Contudo, também é relevante saber como especular no Tesouro Direto e ter a possibilidade de obter lucro nas variações das taxas de juros.

Para realizar esse tipo de manobra, é necessário entender como funcionam as aplicações, além de compreender as possibilidades de fazer operações a curto prazo. Assim, você pode impulsionar seus resultados na renda fixa.

Quer saber como especular com o Tesouro Direto? Continue a leitura para aprender mais detalhes sobre esse tipo de operação!

Como funcionam os investimentos do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é a plataforma do Governo Federal por meio da qual são negociados os títulos públicos. Eles captam dinheiro para financiar os projetos e operações do Governo, enquanto oferecem aos investidores a possibilidade de obter rentabilidade.

Essas alternativas fazem parte da renda fixa e funcionam como empréstimos. Desse modo, o investidor aplica seu dinheiro, que é utilizado pelo emissor, e recebe posteriormente a quantia acrescida dos juros acordados. Nesse contexto, quem adquire os títulos do Tesouro se torna credor do Governo.

É válido observar que esses investimentos estão entre os mais seguros do mercado, pois contam com a garantia do Tesouro Nacional. Além disso, o Governo é considerado a instituição mais sólida do país — logo, são mínimas as chances de inadimplência.

Os títulos do Tesouro Direto têm um prazo de vencimento e mantê-los até essa data garante que os resultados sejam equivalentes ao que foi determinado no momento do aporte. No entanto, essas aplicações contam com liquidez diária. 

Isso significa que o investidor consegue fazer o resgate antecipado obtendo os recursos em até um dia útil. A exceção fica apenas para os títulos RendA+ e Educa+, que possuem carência de 60 dias. Ou seja, a liquidez diária passa a valer apenas após esse prazo. 

O que é marcação a mercado?

Após entender o funcionamento do Tesouro Direto, para saber como especular com os títulos, é necessário conhecer o conceito de marcação a mercado. Esse é o mecanismo de atualização diária dos preços das alternativas de investimento no mercado financeiro.

Ele ajusta os títulos conforme as condições do momento. Assim, a correção reflete, entre outros fatores, as variações da Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. 

Como você viu, os títulos do Tesouro Direto têm um prazo de vencimento. Efetivamente, a marcação a mercado demonstra qual seria a quantia resgatada caso as aplicações fossem vendidas de maneira antecipada.

Como especular no Tesouro Direto?

Agora que você já sabe mais sobre o Tesouro Direto e a marcação a mercado, pode entender as possibilidades de especulação nesse ambiente. Tenha em mente que esse tipo de estratégia foca na obtenção de lucros em curto ou curtíssimo prazos.

Por esse motivo, essas operações são mais frequentes na renda variável, aproveitando a volatilidade dos preços dos ativos. Contudo, também é possível lucrar no curto prazo no Tesouro Direto por meio da correção de preços decorrente da marcação a mercado.

Como visto, ao resgatar o dinheiro antes do vencimento, você pode recuperar uma quantia superior ou inferior à que obteria se levasse o investimento até o fim. O resultado depende da situação do mercado na hora da operação.

Imagine, por exemplo, que a Selic estava em 13% ao ano e você adquiriu um título com uma taxa de juros prefixada a 12% ao ano. Após um tempo, o Governo faz reduções na Selic, chegando a 11% a.a. A tendência é que a variação faça com que as novas emissões de títulos tenham taxas prefixadas menores.

Nesse caso, o título adquirido a 12% a.a. tende a ter uma precificação mais atrativa no mercado, pois seu rendimento provavelmente superará a taxa de novos títulos emitidos. Ou seja, ao fazer o resgate antecipado, é possível potencializar os ganhos.

Alguns títulos são mais afetados por essa correção do que outros. O Tesouro Prefixado e aqueles de rentabilidade híbrida, como Tesouro IPCA+, são exemplos de alternativas que sofrem a marcação a mercado.

Entendendo a curva de juros

Para encontrar as boas oportunidades de especular no Tesouro Direto, é necessário acompanhar a curva de juros — também conhecida como yield curve. Ela indica o comportamento da taxa de juros do momento e as projeções para o futuro.

Entendê-la ajuda a encontrar brechas para as operações. É frequente que os juros se movimentem em prazos maiores, por conta da elevação do risco de crédito. Isso porque, em períodos mais longos, fica mais difícil prever as condições e a capacidade de pagamento do emissor.

Porém, é relevante ter em mente que o cenário econômico também pode afetar a yield curve. A inflação e as políticas monetárias adotadas pelo Banco Central para mantê-la equilibrada, por exemplo, têm o potencial de interferir nesse movimento.

Quais as vantagens e desvantagens dessa prática?

Após entender como é possível especular no Tesouro Direto, é pertinente conhecer as vantagens e as desvantagens da estratégia. 

Confira!

Vantagens

Um dos aspectos positivos dessas alternativas de investimento é a liquidez diária, que permite ao investidor se desfazer dos títulos sem dificuldade. Por fazerem parte da classe de renda fixa, eles ainda oferecem estabilidade nos resultados, minimizando os riscos de perdas.

Note que, com a marcação a mercado, o título pode sofrer tanto uma valorização quanto uma desvalorização. Portanto, é possível ter lucros ou prejuízos no resgate antes do prazo.

Nesse sentido, a especulação no Tesouro oferece a possibilidade de obter um lucro superior ao que seria observado mantendo a aplicação. Porém, se você quiser evitar o risco de perdas, basta manter a aplicação até o vencimento. 

Desvantagens

Quanto às desvantagens, é necessário considerar que os resultados dependerão das condições econômicas. As variações nos títulos não são tão intensas e rápidas como costuma ocorrer em algumas alternativas de renda variável. Dessa maneira, pode demorar até a operação ser consolidada, mesmo com foco em especulação.

Outro ponto a ser observado são as taxas e impostos que incidem nos investimentos. Esses títulos são tributados pela tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), que inicia em 22,5% (para aplicações de até 180 dias) e termina em 15% (para investimentos acima de 720 dias).

Se o resgate for feito com menos de 30 dias do aporte, também haverá recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele inicia em 96% e reduz gradativamente a alíquota, chegando a zero no trigésimo dia. O IR e IOF incidem apenas sobre os lucros, mas é necessário considerá-los para seus objetivos com a estratégia.

Neste artigo, você aprendeu como especular no Tesouro Direto. Esse tipo de operação pode oferecer oportunidades de elevar os ganhos na renda fixa, mas é necessário realizar as avaliações para verificar se ela faz sentido para seu caso.

Quer conhecer mais alternativas para especulação? Entenda o que é mini-índice e como operar!

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