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Investir no exterior é uma estratégia cada vez mais buscada pelos investidores brasileiros. Com a evolução tecnológica e a integração econômica, muitas barreiras que antes eram intransponíveis foram superadas, permitindo o acesso a uma variedade de ativos internacionais.

Se você ainda não possui um investimento estrangeiro na carteira, está perdendo a oportunidade de explorar os resultados de economias mais robustas que a brasileira. Por essa razão, vale a pena saber como se expor ao mercado internacional estando no Brasil.

Confira, neste artigo, como investir no exterior sem sair do país e o que observar ao incluir ativos estrangeiros na sua carteira.

Boa leitura!

Por que investir no exterior?

Nem todos os brasileiros sabem por que investir no exterior e acabam deixando de procurar alternativas ligadas aos mercados estrangeiros. Um dos principais motivos para usar a estratégia é a possibilidade de expor seu capital a uma moeda mais forte que o real.

O dólar norte-americano, por exemplo, é bastante demandado por ser usado no mercado internacional. Logo, ele não enfrenta problemas de liquidez e costuma ser menos volátil do que o real, mesmo em períodos de crise financeira.

Quando há incerteza econômica, o dólar é tido como um porto seguro para quem investe. Portanto, ao buscar alternativas atreladas à moeda estadunidense, a sua carteira estará mais protegida contra a volatilidade do mercado nacional.

Outro motivo válido para investir no exterior é a possibilidade de aumentar o nível de diversificação do seu portfólio. Ao diversificar a sua carteira com investimentos internacionais, você reduz o risco de concentração do seu capital em apenas um mercado ou país.

Vale dizer que a economia global oferece uma ampla gama de empresas e setores aos quais se expor. Dessa forma, a abordagem possibilita aproveitar oportunidades de crescimento em segmentos não disponíveis ou pouco desenvolvidos no mercado nacional.

Como investir no exterior?

Depois de saber os motivos para investir no exterior, vale conferir como o processo pode ser feito estando no Brasil. Quem tem interesse em expor o seu capital aos mercados estrangeiros tem diferentes estratégias à disposição.

Uma delas é o investimento em alternativas ligadas ao mercado internacional. Esse é o caso, por exemplo, da compra de ações de exportadoras de commodities. Destaca-se que produtos como petróleo, minério de ferro e soja, entre outros, são precificados em dólar.

Assim, parte das receitas das companhias é dolarizada, impactando seus números. O fator tende a refletir no preço de suas ações e nos dividendos distribuídos, resultando na exposição internacional indireta.

Esse tipo de exposição também pode se dar por meio de ativos específicos, como:

  • exchange traded funds (ETFs): fundos de investimentos que replicam um índice de mercado — nacional ou internacional;
  • brazilian depositary receipts (BDRs): certificados nacionais atrelados a um investimento internacional;
  • fundos internacionais: veículos de investimento coletivos que objetivam o investimento no exterior.

Todas as opções podem ser encontradas no mercado nacional, bastando que o investidor tenha uma conta em uma corretora de valores para acessá-lo.

Como fazer o investimento direto no exterior?

Além da possibilidade de exposição internacional por meio de investimentos disponíveis no mercado brasileiro, você pode investir diretamente no exterior. Para tanto, será necessário abrir uma conta em uma corretora de valores que ofereça a possibilidade.

Quando a instituição conta com um segmento internacional, ele permite o investimento direto no exterior sem burocracia. Assim, por meio da plataforma digital, a corretora conecta você a bolsas de valores estrangeiras — como a de Nova York (NYSE) e a Nasdaq.

Veja alternativas internacionais que podem ser acessadas pela plataforma de uma corretora de investimentos com segmento internacional!

Bonds

Os bonds são aplicações de renda fixa do mercado americano que permitem receber juros periódicos em dólar. Desse modo, os títulos podem ser usados para diversificar o seu portfólio, reduzindo o risco de flutuações cambiais, além da chance de assegurar uma fonte de renda passiva ao longo do tempo.

Stocks

O termo stock significa ação, em português. Logo, você poderá investir em papéis de empresas listadas no mercado estadunidense, incluindo setores que ainda não são encontrados no mercado brasileiro.

Reits

A sigla Reit significa real estate investment trusts, o que tem algumas semelhanças com os fundos imobiliários brasileiros. Ao investir em Reits, você participa do mercado imobiliário norte-americano, podendo receber dividendos em dólar.

ETFs globais

Nos mercados americanos, também podem ser encontrados ETFs que replicam índices nacionais ou estrangeiros. Porém, a diferença é que existe uma variedade maior dessas alternativas no exterior — além da dolarização em todos os casos, considerando que eles são negociados na moeda estadunidense.

ADRs

Os american depositary receipts (ADRs) são certificados emitidos nos EUA atrelados a investimentos fora do país. Por exemplo, você pode investir em empresas brasileiras, ou de qualquer outra nacionalidade, diretamente nos mercados estadunidenses, por meio de ADRs.

A que ficar atento ao investir no exterior?

Agora que você conferiu diferentes alternativas de investimento internacionais, falta saber quais os pontos de atenção ao investir no exterior. O fato de os ativos internacionais terem exposição a outras moedas mais estáveis do que o real não significa que eles são isentos de risco.

Nesse contexto, faça uma análise detalhada dos mercados e ativos que serão investidos. Também avalie o seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Assim, será possível escolher as alternativas mais adequadas às suas necessidades e metas.

Outro ponto que não deve ser esquecido é o aspecto fiscal. Entender a legislação tributária do país escolhido e como ela se aplica aos seus investimentos ajuda a prevenir complicações. Caso você precise de ajuda para entender melhor essas questões, vale buscar o suporte de um profissional.

Um assessor de investimentos, por exemplo, poderá esclarecer o funcionamento de uma alternativa nacional ou estrangeira ligada aos mercados globais. Assim, você conseguirá tomar decisões com mais propriedade e fundamentos.

Como você viu, investir no exterior abre portas para oportunidades de crescimento, proteção e diversificação da sua carteira. Entretanto, realize uma análise cuidadosa e busque orientação profissional adequada antes de dar esse passo além das fronteiras nacionais.

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