Educação financeira para crianças: como ensinar seu filho a cuidar do dinheiro?

A infância é considerada a etapa mais importante para o desenvolvimento de habilidades essenciais. É por essa razão que especialistas recomendam a introdução da educação financeira para as crianças — o que pode ser feito desde cedo.

O tema é fundamental, principalmente, porque a maior parte dos adultos brasileiros não teve educação financeira na juventude. Os resultados são percebidos com uma cultura de endividamento, gastos acima dos ganhos, falta de reserva financeira e outras questões. 

Felizmente, é possível fazer diferente. Quer entender mais sobre a relevância da educação financeira para as crianças e como ensiná-las a cuidar do dinheiro desde cedo? Acompanhe!

O que é educação financeira?

A educação financeira envolve conceitos matemáticos parecidos com os estudados no ensino fundamental. É o caso dos juros e orçamentos. No entanto, ela vai muito além disso. Também são abordados conhecimentos sobre como lidar com questões de finanças na gestão pessoal.

É o caso de aspectos emocionais na forma de ver o dinheiro, alternativas de orçamento, empréstimos, reserva financeira, investimento, uso do cartão de crédito e débito e mais. Logo, o objetivo é ter melhores condições de organizar a própria vida financeira.

Qual a importância da educação financeira para crianças?

Como você pode ver, a gestão financeira é muito necessária na vida adulta. No entanto, não é interessante buscar o conhecimento apenas ao chegar nessa fase. Afinal, todas as experiências vividas antes influenciam sua forma de entender o dinheiro. 

Logo, se o conhecimento absorvido sobre finanças na infância for insuficiente, as pessoas provavelmente terão mais dificuldades quando crescer. Quando elas não têm boas oportunidades de entender como organizar os gastos, por exemplo, é mais fácil perder o equilíbrio.

Por outro lado, a educação financeira para crianças contribui para a formação de adultos mais conscientes e responsáveis. O motivo é que elas aprendem lições fundamentais, como ter responsabilidade financeira, economizar, poupar e investir.

O aprendizado, inclusive, pode contribuir para a organização financeira dos pais. Segundo pesquisas, 98% das crianças que aprenderam sobre educação financeira na escola falaram sobre o assunto em casa, incentivando suas famílias.

Como falar de educação financeira com as crianças?

Conforme você acompanhou, a educação financeira é tão importante para adultos quanto para crianças. Apesar disso, é natural que a linguagem adotada nesse tipo de ensino não seja a mesma para cada fase do desenvolvimento.

Ter essa informação em mente ajuda você a conseguir tornar o assunto atraente para os pequenos. Então é necessário pensar em elementos do universo infantil e associá-los com as finanças. 

Acompanhe algumas sugestões, a seguir!

Tenha uma boa relação com o dinheiro

A primeira dica é uma mudança que envolve mais você mesmo do que as crianças. Elas costumam se espelhar no comportamento dos adultos, portanto, é fundamental demonstrar bons hábitos financeiros. 

Ou seja, antes de abordar diretamente o tema ensinando seus filhos ou outras crianças, você deve vivenciar uma boa relação com as finanças. Desse modo, os pequenos aprenderão indiretamente — e a aprendizagem pela prática tende a ser ainda mais forte do que a teoria.

Utilize a mesada

Muitos pais preferem dar dinheiro eventualmente aos filhos, seja voluntariamente ou quando solicitado. Contudo, por mais que essa não seja sua intenção, a atitude pode fazer as crianças pensarem que o ganho é fácil. 

Por outro lado, ao oferecer uma mesada, a proposta é que os pequenos adaptem os desejos ao valor estipulado. Se o dinheiro acabar antes do previsto, é necessário esperar a nova data de recebimento. Ou seja, a prática funciona de modo similar a uma remuneração no trabalho.

No entanto, é preciso seguir alguns cuidados. Por exemplo, ofereça pouco dinheiro para não dificultar os cálculos. Ademais, considere distribuir a quantia por semana com crianças menores. Lembre-se de que elas ainda estão em aprendizagem.

Mostre exemplos práticos e cotidianos

Mostrar exemplos práticos e cotidianos com o uso do dinheiro é especialmente relevante para as crianças. Afinal, para facilitar a assimilação do conteúdo e torná-lo atrativo, é preciso que o ensino faça sentido para o dia a dia delas.

Na prática, o aprendizado pode ocorrer quando você for falar de preço dos brinquedos, métodos de bonificação em jogos e outras formas. Além disso, se a temática surgir em programas infantis assistidos pela criança, aproveite para tocar no assunto.

Incentive a poupança

Ensinar a poupar dinheiro com um cofrinho é uma forma clássica de ensinar as crianças. A prática ajuda a mostrar a importância de guardar dinheiro para eventuais necessidades e desejos. Ao mesmo tempo, ela evidencia como a ausência de recursos pode fazer falta.

Assim, a ação ensina a ter perseverança e disciplina para priorizar gastos e poupar. Para incentivar seus filhos, é válido oferecer uma recompensa depois de determinado período. A lógica funciona de forma semelhante ao retorno obtido pelos investimentos

Utilize recursos lúdicos

Os recursos lúdicos são essenciais na educação financeira para crianças. Isso porque eles são um meio de tornar o ensino mais atrativo e acessível. A ludicidade pode ocorrer com brincadeiras de faz de conta, jogos e outras oportunidades.

O importante é se certificar de que o pequeno acompanhe o assunto e absorva lições positivas a respeito do dinheiro. Caso contrário, pode ser difícil mudar a visão de aprendizagens equivocadas.

Use livros para ensinar

Já existem diversos livros sobre finanças escritos com uma linguagem voltada para as crianças. Assim, é interessante fazer a leitura do material para elas e, posteriormente, gerar um debate sobre o assunto. 

Algumas sugestões de livros mais populares nessa temática são:

  • “Como cuidar do seu dinheiro”, de Maurício de Souza e Thiago Nigro;
  • “Os Vingadores: Salvando o Dia”, da Marvel Comics;
  • “O Menino, o Dinheiro e os Três Cofrinhos”, de Reinaldo Domingos;
  • “Dinheiro, Dinheirim — Moeda no Cofrim”, de Itamar Rabelo, Mauro Nogueira e Victor José Hohl;
  • “O pé de meia mágico”, de Álvaro Modernell.

Percebeu como ensinar educação financeira para crianças é fundamental? Isso tende a produzir efeitos positivos não apenas para elas, mas também para todo o país. É possível conquistar, por exemplo, maior equilíbrio financeiro, consumo sustentável e desenvolvimento econômico.

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