Estados Unidos versus Brasil para o investidor: quais as diferenças?

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A discussão sobre Estados Unidos versus Brasil é bastante comum entre investidores. Isso ocorre, principalmente, devido ao fato de muitos brasileiros enxergarem os EUA como um mercado mais atrativo para destinar os seus recursos financeiros. 

Mas será que isso é verdade? Para começar, é bom entender que cada país tem os seus prós e contras. Por esse motivo, como investidor, é importante conhecê-los e avaliá-los para tomar decisões de investimento mais embasadas e estratégicas.

Neste artigo, saiba mais sobre como é investir nos Estados Unidos e no Brasil — e entenda as principais diferenças entre os dois mercados!

Quais são as diferenças entre investir nos Estados Unidos versus no Brasil?

Existem cinco grandes diferenças entre investir nos EUA e no Brasil. Elas envolvem estabilidade econômica dos países, tamanho, oportunidades, regulação e cultura.

Saiba mais sobre cada um desses pontos!

Estabilidade econômica

Os Estados Unidos são a principal economia do mundo, com setores bem desenvolvidos e diversificados. Além disso, o país tem uma moeda forte, o dólar, e um mercado financeiro bem estruturado — características que proporcionam uma maior previsibilidade ao investir.

Já o Brasil é um país emergente, com um nível mais elevado de instabilidade econômica e política. Diante desse contexto, a inflação, o câmbio, as taxas de juros e, consequentemente, o mercado financeiro, costumam ser mais voláteis em comparação com os EUA.

Embora possa ser visto como um risco, esse aspecto tende a representar ganhos mais altos para investidores. Portanto, trata-se de uma questão de avaliar a sua disposição para se expor ao mercado. Cabe ressaltar que nos EUA também há volatilidade, em especial, quando se trata de ativos da bolsa de valores. 

Tamanho

Outra diferença significativa na relação Estados Unidos versus Brasil é o tamanho dos mercados. Esse fator pode ser observado ao analisar e comparar as bolsas de valores de cada país, por exemplo.

Nos EUA, existem mais de dez bolsas, sendo duas delas as maiores do mundo. A primeira é a NYSE (New York Stock Exchange) e a segunda é a Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotations).

Juntas, elas tinham mais de 6.000 empresas listadas em 2023 e uma capitalização de mercado que superou US$ 50 trilhões em 2024, segundo dados da Statista. Enquanto isso, no Brasil, há apenas uma bolsa de valores — a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) —, que tinha pouco mais de 400 companhias listadas. 

Oportunidades

Outra diferença na comparação entre Estados Unidos e Brasil diz respeito às alternativas disponíveis em cada mercado. Embora ambos os países ofereçam diferentes possibilidades na renda fixa e na variável, os EUA têm particularidades que o destacam.

Por exemplo, nos Estados Unidos, é possível investir diretamente em grandes empresas de tecnologia, como Apple, Amazon, Alphabet, Meta e Microsoft. No Brasil, há como se expor a essas companhias, mas de maneira indireta, via BDRs (brazilian depositary receipts) ou fundos.

Além dessa questão, o tamanho superior do mercado financeiro estadunidense significa que há mais investimentos para explorar. Apesar disso, é válido destacar alguns atributos do Brasil. 

Por exemplo, os juros no país costumam ser mais altos do que nos EUA. Assim, investimentos de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto e CDBs (certificados de depósito bancário), tendem a oferecer retornos interessantes.

Ainda, por ser uma nação em desenvolvimento, o Brasil pode oferecer mais oportunidades de crescimento de empresas e do próprio mercado. Logo, cada país tem os seus atrativos, sendo importante analisá-los para decidir onde alocar o seu dinheiro.

Regulação

Mais um ponto que difere os Estados Unidos do Brasil é a regulação dos investimentos. Nos EUA, o mercado é fiscalizado pela SEC (Securities and Exchange Commission). Já no contexto doméstico, a tarefa fica a cargo da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Além dessas comissões, há outros dois órgãos ligados à regulação de cada mercado. A Finra (Financial Industry Regulatory Authority), nos Estados Unidos, e a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), no Brasil.

Cabe ressaltar que tanto a SEC e a Finra quanto a CVM e a ANBIMA ajudam a proporcionar mais segurança para o mercado e os investidores.

Cultura

Uma última diferença entre os Estados Unidos e o Brasil é a cultura de investimento de cada país. No primeiro, mais da metade da população adulta participa do mercado financeiro. Já no segundo, apenas 37% da população disseram ter produtos financeiros, segundo o Raio X do Investidor Brasileiro de 2023, divulgado pela ANBIMA. 

Como investir nos EUA e no Brasil?

Até aqui, você conferiu um panorama sobre as principais características e diferenças de investir nos Estados Unidos versus investir no Brasil. Mas, afinal, como destinar recursos a ativos de cada mercado?

Para investir em ativos disponíveis no Brasil, basta abrir uma conta em uma corretora de valores, como a XP Investimentos. Assim, você tem acesso a diversas alternativas, tanto de renda fixa quanto de renda variável.

Já para investir nos EUA, existem diferentes possibilidades. Você pode abrir uma conta em uma corretora nacional que oferece acesso diretamente a ativos no exterior, por exemplo, ou fazer isso pelo mercado nacional, de forma indireta, como já explicado.

Afinal, é melhor investir nos Estados Unidos ou no Brasil?

Com base nas informações apresentadas, você já tem uma noção mais clara sobre investir nos Estados Unidos versus investir no Brasil. Mas será que é melhor fazer aportes em apenas um ou outro mercado?

Na verdade, ambos podem oferecer oportunidades. Por esse motivo, muitos investidores diversificam os seus portfólios com alternativas nacionais e estrangeiras. Dessa forma, é possível ter uma carteira mais equilibrada, com maior potencial de rentabilidade e mais resiliência diante de crises.

Ficaram claras as principais diferenças na comparação entre Estados Unidos versus Brasil para o investidor? Agora, utilize o que aprendeu neste artigo para tomar decisões mais adequadas e estratégicas na hora fazer aportes no mercado financeiro.

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