O mercado imobiliário frequentemente atrai investidores devido ao seu potencial de retorno. Porém, com as constantes mudanças no setor e a crescente variedade de alternativas de investimento, muitas pessoas se perguntam se ainda vale a pena investir em imóveis.
Compreender os prós e contras desse tipo de investimento é essencial antes de decidir incluir ativos imobiliários na sua carteira. Assim, há como tomar decisões mais bem informadas e alinhadas com a sua estratégia.
Você também tem dúvidas se vale a pena investir em imóveis? Continue a leitura e descubra!
Como está o cenário imobiliário?
O mercado imobiliário no Brasil seguia em alta em 2024, com uma tendência contínua de aumento nos preços dos imóveis. O cenário se manteve, principalmente, porque a decisão de compra de uma propriedade, por exemplo, não depende apenas do seu preço, envolvendo o seu potencial de valorização e a consolidação do patrimônio.
Outro fator que contribui para manter o mercado aquecido era a queda gradual nas taxas de juros para crédito imobiliário no período. Mesmo que as reduções fossem pequenas, elas apontavam para um futuro em que poderia ser mais fácil financiar a compra de imóveis.
O déficit habitacional no Brasil é mais um aspecto que tende a impulsionar a demanda por propriedades. Muitas famílias ainda precisam de moradia adequada — criando demanda constante. Conforme as regras do mercado, quando a procura é maior que a oferta, os preços tendem a subir.
Vale a pena comprar imóveis?
Você viu que o mercado imobiliário no Brasil tende à valorização, sendo possível obter retornos interessantes por meio dele. Mas será que vale a pena comprar imóveis diretamente? Na prática, a resposta depende do seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
Afinal, existem diversos pontos a considerar ao comprar uma propriedade com objetivo de obter lucros. Uma vantagem é o potencial de valorização dos imóveis, sejam eles residenciais ou comerciais.
Você pode adquirir uma propriedade por uma quantia e, com o tempo, vê-la aumentar de preço, possibilitando uma venda futura por um montante mais elevado. A prática possibilita obter um retorno, muitas vezes, superior ao de outros tipos de investimento.
Investir em imóveis também tem potencial de gerar uma renda passiva estável. Ao alugar sua propriedade, você recebe um pagamento mensal que pode ajudar a cobrir suas despesas e contribuir para a sua independência financeira.
No entanto, há desvantagens a considerar. A administração de um imóvel costuma ser trabalhosa e consumir tempo. No caso da estratégia de aluguéis, há o risco de ter problemas com inquilinos.
Ainda, entre os principais pontos de atenção, está a baixa liquidez. A razão é que vender um imóvel costuma levar tempo, especialmente em períodos de instabilidade econômica. Se você precisar de dinheiro, há o risco de ser difícil converter a propriedade em recursos financeiros de forma rápida.
Outro ponto negativo é a necessidade de um capital inicial elevado, o que pode ser um obstáculo para muitos investidores. Se você optar por financiar a compra, também terá que lidar com juros e taxas capazes de reduzir a atratividade do investimento.
Adicionalmente, lembre-se dos custos contínuos de manutenção de um imóvel. Eles incluem impostos, reparos, reformas e possíveis despesas administrativas — com chance de impactar a rentabilidade do seu investimento.
Como investir em imóveis sem comprar uma propriedade?
Você entendeu que pode ser vantajoso investir em imóveis, mas existem desvantagens associadas à compra de uma propriedade. Entretanto, há formas de investir no setor por meio de alternativas que costumam exigir aportes mínimos mais acessíveis e oferecer maior liquidez.
A seguir, confira os principais investimentos atrelados ao setor imobiliário!
Fundos imobiliários
Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) são veículos de investimento coletivo formados pelo capital de diversos investidores com objetivo de se expor ao setor imobiliário. Os fundos funcionam por meio de cotas, que representam partes de seu patrimônio total.
Ao adquirir as cotas, os investidores se tornam cotistas e têm direito à participação nos resultados gerados pelos ativos do fundo. Contudo, eles também devem pagar pelos custos de administração e gestão.
O gerenciamento dos FIIs é realizado por um gestor profissional, que aloca o capital conforme a política de investimentos do fundo. Os veículos podem investir em uma variedade de ativos imobiliários e são classificados conforme seu foco de alocação.
Assim, os FIIs se dividem em três categorias principais:
- fundos de tijolo: priorizam a compra de imóveis físicos — como shoppings e galpões logísticos — para obter lucro com locação ou venda;
- fundos de papel: focam a aquisição de títulos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário, como certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e letras de crédito imobiliário (LCIs). O objetivo é buscar rendimento com os juros dessas aplicações;
- fundos de fundos: investem majoritariamente em cotas de outros FIIs — sejam de tijolo ou de papel — para diversificar o portfólio e potencializar os resultados.
Além de poder lucrar com a valorização das cotas, existe a possibilidade de obter ganhos com dividendos. Esses benefícios são pagamentos realizados em dinheiro diretamente na conta do investidor.
O montante provém dos lucros obtidos pelo fundo, sejam com aluguel, venda de imóveis ou juros dos títulos. Por lei, os FIIs devem distribuir, pelo menos, 95% dos ganhos semestralmente, garantindo uma renda regular aos investidores.
Mas a frequência dos pagamentos pode ser maior — dependendo da política do fundo. Além disso, não há garantia de retorno.
REITs
REIT é a sigla para real estate investment trust — empresas americanas que investem e gerenciam propriedades imobiliárias. O principal objetivo dessas companhias é gerar renda por meio de hipotecas, aluguel e venda de imóveis.
Essas empresas vendem suas ações no mercado financeiro, permitindo que os investidores se tornem sócios delas. Ao comprar os papéis, é possível lucrar tanto com a valorização deles quanto com o recebimento de dividendos.
Embora os REITs sejam semelhantes aos FIIs — no que se refere ao foco de investimento no mercado imobiliário e à possibilidade de distribuição de dividendos — existem diferenças importantes entre eles. Os REITs são companhias — significando que eles têm um chefe-executivo e conselho administrativo.
Logo, as decisões estratégicas sobre os investimentos da empresa são feitas por votação entre os membros do conselho. Por outro lado, os FIIs são uma modalidade de investimento e as decisões são tomadas por um gestor profissional, conforme a política do fundo.
Neste artigo, você pôde entender que investir em imóveis ainda tende a ser rentável, pois o setor se mantém aquecido. Além disso, foi possível conhecer duas alternativas que ajudam a expor a carteira às oportunidades do mercado imobiliário, sem as desvantagens de comprar uma propriedade.
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