O mercado financeiro proporciona diversas oportunidades para quem deseja investir e aumentar seu patrimônio. Com a variedade de alternativas, escolher o investimento certo pode parecer complexo, principalmente ao optar entre renda fixa ou ações.
Esses tipos de investimentos atendem a diferentes perfis de investidores e objetivos financeiros, cada um com suas próprias características, benefícios e riscos. Então vale a pena se familiarizar com as particularidades das alternativas para compor a sua estratégia.
Neste artigo, você encontrará as informações de que precisa para decidir entre renda fixa ou ações. Confira!
Como funcionam os títulos de renda fixa?
Os títulos de renda fixa são uma forma de investimento voltada para quem busca maior previsibilidade e menor risco. Eles funcionam como um tipo de empréstimo que você faz para o emissor da aplicação, que pode ser um Governo, uma empresa ou uma instituição financeira.
Em troca do seu dinheiro, o emissor se compromete a pagar um retorno que pode funcionar de três maneiras. Veja os diferentes tipos de títulos conforme essa classificação:
- prefixados: a taxa de juros é definida no momento da aplicação;
- pós-fixados: a rentabilidade é ligada ao movimento de indicadores econômicos;
- híbridos: o retorno é uma combinação dos prefixados e pós-fixados.
Além disso, existem diferentes alternativas de renda fixa no mercado. Entre elas, estão os títulos públicos, como os do Tesouro Direto. Há também os títulos privados, por exemplo, CDBs (certificados de depósito bancário), LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio) e debêntures.
Vale saber que determinados títulos de renda fixa têm garantias adicionais, como a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Caso o emissor não consiga honrar o pagamento ao investidor, o FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição, com um teto de R$ 1 milhão, renovável a cada quatro anos.
E como funcionam os investimentos em ações?
Investir em ações é uma forma de se tornar sócio de uma empresa e buscar aumentar seu patrimônio. Ao adquirir esses ativos, você se torna acionista, ou seja, tem a chance de lucrar com a valorização do negócio.
As ações são negociadas na bolsa de valores, em que investidores compram e vendem papéis em circulação. O preço dos ativos varia conforme a oferta e a demanda — se muitas pessoas querem adquirir uma ação, seu preço tende a subir. Do contrário, a cotação costuma cair.
Dessa forma, os investidores geralmente compram ações esperando que elas valorizem com o tempo. Vender as ações por um preço mais alto do que o original permite obter lucro. Por conta da característica, é comum mantê-las por longos períodos para aproveitar uma valorização gradual.
Ainda, algumas empresas pagam dividendos — uma parte dos lucros distribuída aos acionistas. A distribuição é uma forma de recompensar quem investiu no negócio, mesmo que nem todas as companhias ofereçam a possibilidade.
Vale lembrar que, mesmo que esse tipo de investimento possa ser uma maneira de acumular patrimônio, o mercado de ações tende a ser volátil. Os preços dos papéis podem subir e cair rapidamente, então é importante ter uma estratégia e entender os riscos envolvidos.
Em quais situações é comum investir em renda fixa?
Investir em renda fixa pode ser uma alternativa em diferentes cenários, principalmente ao buscar segurança e estabilidade para os seus recursos.
A seguir, entenda quais são as principais situações em que esse tipo de investimento é mais comum!
Construção de uma reserva de emergência
Criar uma reserva de emergência contribui para lidar com imprevistos financeiros, como a perda do emprego ou um gasto inesperado com saúde. Nesse contexto, a renda fixa é comumente procurada por combinar um maior nível de segurança com a facilidade de acesso ao dinheiro em algumas alternativas.
Perfil conservador de investimento
Se você prefere evitar riscos e busca mais estabilidade em seus investimentos, a renda fixa pode fazer sentido. Afinal, como você aprendeu, esse tipo de investimento tende a ser menos volátil e oferece uma maior previsibilidade dos rendimentos.
Cenários de taxas de juros elevadas
Quando a economia está em um momento de juros altos, investir em renda fixa pode ser vantajoso. O motivo é que, nesse caso, as aplicações tendem a oferecer retornos mais atrativos, já que eles costumam estar diretamente ligados às taxas de juros da economia — aliados à maior segurança.
E quando vale a pena optar por investimento em ações?
Decidir pelo investimento em ações costuma ser um dos caminhos para quem tem mais disposição para enfrentar os riscos envolvidos nas oportunidades existentes.
Veja, a seguir, os cenários mais comuns em que se escolhe investir em ações!
Maior apetite para risco
Investir em ações é uma prática mais frequente para quem tem um perfil de investidor arrojado. Essas pessoas estão mais dispostas a aceitar as oscilações do mercado em busca de retornos maiores. Mas esse investimento também pode estar presente na carteira de outros perfis de investidores, em menor proporção.
Diversificação de investimentos
Para quem já possui outros tipos de investimentos, como renda fixa ou imóveis, as ações permitem diversificar a carteira. A prática ajuda a reduzir o risco total do portfólio e potencializar os ganhos ao se expor a ativos que se comportam de modos diferentes diante de um mesmo cenário econômico.
Metas de longo prazo
Para metas que demandam um crescimento a longo prazo, como a aposentadoria ou a compra de um imóvel, investir em ações pode ser uma alternativa vantajosa. Historicamente, o mercado acionário tem demonstrado a capacidade de crescer e gerar retornos em horizontes mais amplos ao fazer boas escolhas.
Como escolher entre renda fixa ou ações?
Para decidir entre investir em renda fixa ou ações, o primeiro passo é analisar seus objetivos financeiros e o prazo para atingi-los. Considere se suas metas são de curto, médio ou longo prazo e como elas podem influenciar sua escolha entre as alternativas de investimento.
Além disso, alinhe a decisão ao seu perfil de investidor, incluindo sua tolerância ao risco e experiência com investimentos. Reflita sobre quanto risco você se sente confortável em assumir, o que também tem relação com o seu nível de conhecimento sobre o mercado.
Lembre-se de observar o cenário econômico atual e como ele pode impactar suas alternativas. Fatores como taxas de juros, inflação e condições do mercado tendem a afetar o desempenho dos investimentos, então devem ser observados.
Você viu que a diversificação da carteira contribui para mitigar riscos e potencializar os resultados. Portanto, é possível investir em ações e aplicações da renda fixa, pensando nas proporções dos investimentos em seu portfólio para mantê-lo alinhado ao seu perfil.
Uma assessoria de investimentos pode contribuir para a sua tomada de decisão. Com auxílio profissional, você terá as informações necessárias sobre cada alternativa para compor uma carteira personalizada às suas necessidades.
Como visto, a escolha entre renda fixa ou ações tem a ver com as suas particularidades e o contexto econômico — e você não precisa se restringir a apenas uma delas. Ao se basear nas informações deste artigo, você consegue avaliar melhor suas opções e tomar decisões informadas.
Títulos de renda fixa e ações não são as únicas alternativas no mercado financeiro. Aproveite para conhecer como funcionam os fundos de dividendos!