Os títulos públicos são aplicações muito populares da renda fixa brasileira. No programa Tesouro Direto, do Governo Federal, há aplicações prefixadas, pós-fixadas e híbridas, que determinam a forma de rentabilidade do título.
No caso do Tesouro Prefixado, por exemplo, você tem a segurança de identificar qual será o montante recebido no vencimento do título. Mas será que vale a pena investir nessa alternativa? Para responder a essa questão, é preciso compreender melhor o funcionamento dessa aplicação.
Neste conteúdo, você entenderá o conceito de Tesouro Prefixado e em quais situações pode ser vantajoso investir nesse título.
Acompanhe!
O que é Tesouro Prefixado e como ele funciona?
O Tesouro Prefixado é um título público emitido pelo Tesouro Nacional com o objetivo de captar recursos e financiar os gastos públicos do Governo Federal. Logo, ao investir no Tesouro Prefixado, você emprestará o seu dinheiro para o Governo e, em troca, receberá os juros no vencimento.
Além disso, com esse título você consegue calcular quanto receberá no dia do vencimento. Isso é possível porque a taxa de juros é fixa e previamente conhecida.
Por exemplo, ao investir R$ 1.000,00 em um título prefixado que está pagando 11,15% ao ano, após um ano você teria o equivalente a R$ 1.115,50. O montante final corresponde ao valor investido com o acréscimo dos juros, usando a mecânica dos juros compostos, na data de vencimento.
Quais são as características do Tesouro Prefixado?
Além da taxa de juros prefixada, outra característica importante desse título público é a sua segurança. Como o emissor é o Governo Federal, a aplicação está entre as mais seguras do mercado financeiro. Isso também se deve ao fato de os títulos públicos serem integralmente garantidos pelo Tesouro.
Outra característica é a liquidez diária desse título, já que o Tesouro garante a recompra. No entanto, se você fizer o resgate antecipado, o título será vendido pelo preço pago no momento da negociação — esse é o mecanismo de marcação a mercado.
Dependendo do comportamento da curva de juros, os títulos podem se valorizar ou se desvalorizar antes do vencimento. Logo, a única forma de garantir o retorno dado pela taxa fixa é levando a aplicação até o prazo acordado.
Assim como outros títulos do Tesouro Direto, há a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre o retorno no Tesouro Prefixado. Nesse caso, a tributação segue a tabela regressiva, conforme o prazo de aplicação.
Confira como funcionam as alíquotas, em relação ao tempo de investimento:
- até 180 dias: 22,5%;
- entre 181 e 360 dias: 20%;
- entre 361 e 720 dias: 17,5%;
- acima de 720 dias: 15%.
Quais são os tipos de Tesouro Prefixado?
Além das características que você conheceu, vale saber que existem dois tipos de Tesouro Prefixado: o LTN (Letra do Tesouro Nacional) e o NTN-F (Nota do Tesouro Nacional – Série F). A diferença entre eles é que, no segundo, você recebe o rendimento a cada 6 meses e não somente no vencimento do título.
Logo, o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais pode ser uma opção para quem não deseja esperar o prazo final para receber os juros. No entanto, o prazo de resgate dele costuma ser maior do que a LTN.
Quando vale a pena investir no Tesouro Prefixado?
Após entender o conceito de Tesouro Prefixado e os seus tipos, você pode estar se perguntando quando vale a pena investir nesse título. A resposta para esse questionamento depende de alguns fatores.
Primeiro, considere seus objetivos. Para tanto, verifique o prazo de realização deles para entender se investir nesse título é uma boa ideia. Afinal, manter o dinheiro aplicado no Tesouro Prefixado até a data de vencimento será essencial para garantir a rentabilidade acordada.
Outro fator que deve ser considerado é o seu perfil de investidor. Essa classificação é responsável por indicar qual é a sua capacidade de assumir riscos no mercado financeiro.
Confira as características de cada perfil:
- conservador: representa quem tem baixa tolerância às possíveis perdas financeiras e ao risco. O investidor com essas características costuma investir priorizando a segurança;
- moderado: apresenta um nível médio de tolerância ao risco. Nesse sentido, o investidor está disposto a se arriscar um pouco mais, mas ainda mantém investimentos com maior segurança;
- arrojado: representa quem tem maior tolerância ao risco. Esse tipo classifica o investidor que realiza investimentos mais arriscados em busca de um retorno maior.
O Tesouro Prefixado pode se adequar a todos os tipos de perfis de investidor, desde que os prazos sejam considerados. Por ser um título público, ele pode fazer sentido para os conservadores com objetivos de médio e longo prazo, por exemplo.
Já os arrojados e moderados podem aproveitar a segurança dos títulos públicos para equilibrar os riscos do portfólio.
Por fim, antes de se decidir, verifique as perspectivas de inflação da economia durante o período de investimento, além da expectativa de crescimento ou queda na taxa Selic. Esses movimentos podem afetar o resultado em caso de resgate antecipado, por exemplo.
Como investir no Tesouro Prefixado?
Se você concluir que investir no Tesouro Prefixado faz sentido para você, o primeiro passo é escolher um banco de investimentos. Por mais que os títulos fiquem disponíveis na plataforma do Tesouro Direto, você precisará do intermédio dessa instituição financeira para acessar os títulos.
Depois, é necessário transferir os recursos que você deseja investir para a sua conta de investimentos. Em seguida, é o momento de selecionar o título no qual você pretende investir. Confira a taxa prefixada oferecida e os prazos, além de verificar se o pagamento dos juros ocorre semestralmente ou apenas ao final.
O próximo passo é definir a quantia que você deseja investir, de acordo com o seu planejamento e suas possibilidades. Uma vez que a operação esteja finalizada, o título passará a fazer parte da sua carteira de investimentos.
Neste conteúdo, você conheceu as principais informações sobre o Tesouro Prefixado e quando pode valer a pena investir nesse título. Com ajuda das informações apresentadas, é possível complementar sua avaliação e definir se esse tipo de investimento faz sentido para a sua estratégia.
Gostou do post e quer saber mais sobre os títulos públicos? Então entenda como investir no Tesouro Direto!