Ao estudar sobre o mercado financeiro, é comum se deparar com diferentes siglas e termos. Como investidor, é importante conhecê-los para fazer análises mais adequadas e tomar melhores decisões. Nesse contexto, está o downside — você já ouviu falar sobre o assunto?
O downside é uma expressão relacionada a quedas e perdas — duas situações que preocupam grande parte dos investidores. Por esse motivo, se você deseja investir de maneira mais segura e inteligente, precisa entender o tema com mais profundidade.
Para tanto, continue acompanhando o artigo e saiba mais sobre o downside e como você pode se proteger dele ao investir!
O que é downside?
Downside é um termo em inglês cuja tradução pode ser desvantagem. No contexto dos investimentos, ele se refere ao movimento negativo de ativos financeiros e de mercados — circunstâncias que representam riscos de prejuízos aos investidores.
Na prática, o downside está ligado a retrocessos e à chance de perda de valor de um investimento. Assim, a análise do movimento permite verificar a probabilidade de uma queda e medir o tamanho de um eventual prejuízo.
Tenha em mente que o mercado financeiro é dinâmico. Por exemplo, em uma semana, as projeções e expectativas podem ser as mais positivas possíveis. Já em outra, há chance de uma crise surgir, afetando a economia e os investimentos — foi o que aconteceu com a pandemia de covid-19.
Portanto, o investidor deve se preparar para esse tipo de cenário — em especial, para reduzir os riscos de perdas.
Por que é importante entender o downside?
Agora que você conhece o conceito de downside, vale a pena saber por que é relevante entender esse tipo de movimento. O principal motivo é que ele pode ajudá-lo a mitigar riscos e a proteger o seu capital na hora de investir, como visto.
Ao compreender e considerar a possibilidade de um downside ao investir, você tende a fazer escolhas mais adequadas no mercado financeiro e pode realizar aportes de maneira mais embasada e equilibrada. Tenha em mente que todo ativo, principalmente os de renda variável, tem seus riscos.
Nesse sentido, ao considerar as chances de downside, você tem a possibilidade de montar um portfólio mais resiliente às oscilações e aos riscos de mercado.
Acompanhe um exemplo prático!
Exemplo para compreender o downside
Imagine que você investiu R$ 100 mil em ações de uma empresa promissora de tecnologia. Porém, um mês depois do aporte, ocorre uma crise que afeta todas as companhias do setor. Devido ao período de instabilidade, a tendência é que os seus papéis sofram uma forte desvalorização.
Se a queda nos preços acontecer, há a concretização de um downside. Nesse cenário, caso você não tenha considerado a possibilidade desse movimento ao investir na empresa, há o risco de enfrentar perdas substanciais se vender o ativo no momento de baixa.
Por outro lado, se você tiver feito uma boa análise da companhia e adotado estratégias de proteção, é possível minimizar a situação e limitar os prejuízos com o ativo.
Como se proteger do downside ao investir?
Como você viu, o downside pode resultar em perdas de capital, então é preciso projetar cenários ao investir para reduzir os riscos de ter prejuízos. Mas o que fazer para se proteger de uma eventual queda nos preços dos ativos? Para a tarefa, existem algumas estratégias.
Confira as mais relevantes, a seguir!
Diversifique a sua carteira
A principal medida que muitos investidores tomam para se proteger do downside é diversificar o portfólio, escolhendo investimentos de diferentes classes, setores e mercados. Dessa maneira, mesmo que alguns deles sofram quedas em determinados momentos, outros podem seguir o caminho oposto.
Volte ao exemplo do aporte nas ações da empresa de tecnologia. Imagine que, além desse investimento, você destinou R$ 200 mil para a compra de papéis de companhias nos ramos elétrico e de saneamento.
Embora o segmento de tecnologia tenha enfrentado uma crise, os demais setores podem apresentar bons resultados. Em razão disso, o seu portfólio tende a não sofrer grandes perdas, com chance até de ficar no positivo.
A ideia de diversificar a carteira é diluir o risco de investimentos fazendo aportes em ativos que reagem de formas distintas em um mesmo cenário econômico. Desse modo, crises ou outros problemas podem ter um impacto menor no seu portfólio.
Utilize o stop loss
Outra estratégia para se proteger do downside é utilizar o mecanismo de stop loss — em especial, se você investe ou pretende investir em renda variável. Ele possibilita estabelecer um limite de perda aceitável para um investimento.
Suponha que você comprou 5.000 ações de uma empresa a R$ 23,00 e não quer ter grandes perdas com o aporte, definindo um stop loss de R$ 20,00. Se os papéis chegarem a esse preço, a sua corretora os venderá automaticamente.
Dessa forma, o seu prejuízo fica restringido a essa faixa e você pode evitar que a perda seja maior, caso o preço do ativo continue em queda. Com o stop loss, há como limitar prejuízos gerados pelo downside e proteger parte do seu capital.
Além disso, é válido mencionar que o mecanismo oferece praticidade. Afinal, ao utilizá-lo, você não precisa monitorar o preço do ativo no mercado com tanta frequência. Se ele cair e atingir o limite estipulado, a venda é feita automaticamente.
Contudo, vale destacar que os prejuízos só são realizados na venda do ativo. Se ele tiver bons fundamentos e o foco for o longo, considere também as possibilidades de recuperação dos preços e valorização no longo prazo antes de decidir por uma estratégia de venda dos investimentos.
Monte uma estratégia de hedge
Além das recomendações anteriores, vale a pena considerar uma estratégia de hedge para se proteger do downside. O termo pode ser traduzido como proteção e se refere a uma prática que visa proteger investimentos de situações adversas do mercado.
Um exemplo de hedge é a compra de opções de compra ou venda, que funciona como uma espécie de seguro para limitar as perdas em uma queda de preço de um ativo específico, por exemplo. O ponto é que a estratégia demanda um conhecimento mais avançado do mercado para montar uma estrutura adequada ao seu objetivo.
Entender o conceito de downside é fundamental para investidores. Afinal, ele permite que você faça escolhas mais conscientes no mercado financeiro e busque a preservação do seu patrimônio ao fazer aportes. Portanto, não deixe de considerá-lo e de adotar estratégias de proteção ao investir.
Quer complementar seus aprendizados? Confira como escolher uma assessoria de investimentos e, assim, conte com a ajuda de profissionais para se proteger do downside!