Na hora de realizar os seus investimentos, você conta com dois ambientes principais: o mercado de balcão e a bolsa de valores. Eles apresentam diferenças importantes, que devem ser conhecidas para avaliar qual faz mais sentido para o seu caso.
Ambos contam com diversidade de ativos, mas as formas de negociar e as regras são distintas. Então a compreensão do funcionamento de cada um deles é essencial para que você realize as suas operações de maneira informada.
Neste artigo, você conhecerá as diferenças entre o mercado de balcão e a bolsa de valores. Boa leitura!
O que é e como funciona a bolsa de valores?
Em primeiro lugar, é necessário entender o que é e como funciona a bolsa de valores. Trata-se do ambiente em que pessoas físicas e jurídicas podem realizar operações de compra e venda de determinados ativos.
No Brasil, a única bolsa é a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), que fica localizada na cidade de São Paulo. Apesar de ter um endereço físico, as operações não são feitas presencialmente, mas sim, de forma eletrônica.
Na B3, são negociados diversos ativos do mercado financeiro, como as ações das empresas de capital aberto. Já outros países podem ter mais de uma bolsa, como é o caso dos Estados Unidos, que têm a NYSE (New York Stock Exchange) e a Nasdaq.
Para investir na bolsa de valores, você precisa de uma instituição intermediária, como uma corretora de valores. Ela oferecerá a plataforma para as negociações, cedendo a sua tecnologia para conectar os investidores às alternativas desse ambiente.
Ademais, você deve conhecer os principais elementos sobre o funcionamento da B3. Confira!
Regulamentação
As bolsas são reguladas por diferentes órgãos e entidades, que visam garantir a segurança dos operadores e a transparência nas negociações. Na B3, a principal entidade reguladora é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Trata-se de uma autarquia do Governo Federal que tem como atribuição disciplinar, fiscalizar e desenvolver esse mercado. Ela previne ilegalidades, por exemplo, na administração das companhias ou na obtenção de informações privilegiadas.
Tipos de ativos negociados
Você já viu que as ações das companhias de capital aberto são negociadas na B3. Esse é o tipo de ativo que se destaca nas operações. Contudo, é pertinente saber que existem mais alternativas que podem ser compradas e vendidas na bolsa de valores.
Alguns exemplos são:
- Derivativos, como opções e contratos futuros;
- ETFs (exchange traded funds, ou fundos de índice);
- FIIs (fundos de investimentos imobiliários);
- BDRs (brazilian depositary receipts, ou certificados de depósito de valores mobiliários).
Custos de transação
Realizar negociações na B3 significa arcar com alguns custos. A bolsa brasileira cobra emolumentos e taxas de custódia, de liquidação e de registro. A quantia depende do tipo de operação, por exemplo, se ela é day trade, swing trade ou comum.
Ainda, o tipo de investidor — pessoa física, institucional ou clube de investimento — e a quantia da operação interferem nas tarifas cobradas. Além disso, como você pôde ver, é necessário contar com uma instituição para intermediar a negociação.
Logo, o investidor também precisa verificar as taxas da corretora escolhida. Considere que incidem impostos em algumas alternativas, como o Imposto de Renda e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Acessibilidade para investidores
A bolsa de valores é acessível para qualquer pessoa com um CPF válido e ativo, inclusive menores de idade. Do mesmo modo, os investidores podem ser institucionais, utilizando um CNPJ para operar. Portanto, a B3 é democrática, contando com alternativas que atendem a diferentes perfis, estratégias e patrimônios.
O que é e como funciona o mercado de balcão?
Agora que você sabe mais sobre a bolsa de valores, é o momento de descobrir o que é e como funciona o mercado de balcão para diferenciá-los. Esse é o ambiente de negociação destinado a ativos financeiros que não podem ser registrados na bolsa de valores ou que não alcançaram os patamares necessários para estarem listados nela.
Assim como na B3, as negociações ocorrem eletronicamente. O investidor também precisa ter a conta aberta em uma corretora de valores para intermediar as operações. Vale saber que existem dois tipos de mercado de balcão no Brasil: organizado e não organizado.
No primeiro, as empresas negociam as suas ações, por exemplo, sem precisar seguir as exigências mais rígidas da B3. Elas passam por um registro das operações na Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados) para maior segurança.
Já o segundo não conta com o registro das transações, logo, ele consiste em um ambiente potencialmente menos transparente. O mercado de balcão não organizado tende a ser buscado por emissoras que procuram mais flexibilidade, ainda que devam atender a algumas regras.
Regulamentação
No Brasil, assim como a B3, o mercado de balcão é regulado pela CVM. Contudo, esse ambiente é mais flexível e, como você pôde ver, tende a ser menos transparente em comparação com a bolsa.
Tipos de ativos negociados
O mercado de balcão conta com uma ampla gama de ativos para os investidores. Nele, podem ser negociadas as alternativas autorizadas pela CVM e pelo conselho de administração da B3.
Nesse sentido, destacam-se alternativas como:
- ações, debêntures e títulos mobiliários;
- fundos de investimento;
- contratos de opções etc.
Custos de transação
Ao operar no mercado de balcão, você precisa lidar com taxas, como de negociação e de liquidação. Elas variam conforme o tipo de operação, que podem ser normais, especiais ou especiais com ativos não listados.
Existem ainda os emolumentos e, assim como na bolsa de valores, pode haver custos da corretora escolhida e tributos. Essas informações devem ser verificadas junto à instituição selecionada.
Acessibilidade para investidores
Por fim, vale saber que o mercado de balcão é acessível para pessoas físicas ou jurídicas. Contudo, você deve entender o seu funcionamento para realizar as operações de forma mais embasada.
Como foi possível aprender, a bolsa de valores e o mercado de balcão apresentam diferenças significativas em seu funcionamento e regras. Cada um desses ambientes pode atender a estratégias distintas, portanto, é fundamental compreender as suas características.
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