Realizar operações na bolsa de valores é uma das principais formas de buscar rentabilizar seu patrimônio. Porém, além das ações e ativos no mercado à vista, existem diversas oportunidades em outros mercados — como o de opções. Nesse sentido, é importante compreender os conceitos de put e call.
Ambos representam momentos diferentes durante a negociação desses derivativos financeiros — e apresentam características específicas de funcionamento. Logo, entendê-los possibilita que você tome melhores decisões em suas movimentações e avalie a possibilidade de operar as opções.
Quer saber mais sobre o mercado de opções e as ordens do tipo put e call? Acompanhe a leitura deste artigo para compreender a temática!
O que são opções?
Quando falamos sobre o investimento na bolsa de valores, muitas pessoas fazem uma associação direta com o mercado de ações. Contudo, esses ativos não são as únicas alternativas disponíveis no ambiente de negociações.
É preciso lembrar que a bolsa se divide em quatro mercados:
- à vista;
- a termo;
- futuro;
- de opções.
O mercado à vista é aquele em que as negociações preveem liquidação breve. Assim, a operação é liquidada em poucos dias úteis e, depois disso, os ativos ficam sob posse do comprador. É possível comprar ações, cotas de fundos imobiliários (FIIs), cotas de fundos de índice (ETFs) e outras alternativas nesse mercado.
No mercado a termo, há um contrato firmado e um acordo sobre o pagamento da operação em data futura. Nessas operações, existe o pagamento de juros e uma liquidação que se dá em um prazo mais distante.
Por sua vez, o mercado futuro também envolve liquidação de uma posição em uma data futura. Porém, os contratos negociados nele sofrem ajustes diários de cotação. Esse ambiente é usado tanto para hedge (proteção) quanto especulação.
Por fim, como o próprio nome adianta, o mercado de opções realiza a negociação desse tipo de derivativo. As opções consistem em direitos de negociar um ativo-objeto, como uma ação, no futuro por um preço predeterminado.
Como funciona o mercado de opções?
Agora que você entendeu mais sobre o funcionamento da bolsa e o que são as opções, é preciso saber como o mercado funciona. Ele conta com duas figuras centrais: o tomador, que compra as opções, e o lançador, que realiza a venda do contrato.
Em comum acordo, eles firmam o contrato de opção — que envolve o direito de negociar um ativo no futuro, com condições previamente estabelecidas. Na data combinada, o tomador decide se exercerá o direito ou deixará o contrato “virar pó” — ou seja, expirar.
Caso o comprador opte por avançar com a negociação, o lançador terá obrigação de atender às exigências do contrato. Geralmente, as opções são usadas em estratégias com foco em hedge financeiro ou especulação de mercado.
Além disso, elas podem ser do tipo europeias ou americanas. No primeiro caso, o tomador poderá exercer o direito apenas no vencimento do contrato. Já no segundo, ele pode optar por exercê-lo em qualquer momento até o encerramento do prazo.
Por fim, os conceitos de call e put são fundamentais para a realização da operação na bolsa. Isso porque eles explicitam quais direitos o investidor ou especulador terá ao adquirir esses derivativos no mercado de opções.
O que significam as ordens de put e call?
Como vimos, o mercado de opções pode apresentar oportunidades para investidores e especuladores. Para aproveitá-las, é preciso conhecer as ordens de put e call.
Entenda o significado de cada uma delas!
Put
As ordens do tipo put representam uma opção de venda. Ou seja, quem é tomador de uma put está adquirindo o direito de vender um ativo em uma data futura e por um preço de exercício — que é conhecido como strike.
Como você entendeu, a opção de avançar com a negociação é do tomador. Assim, quem comprou a put decide se exercerá o seu direito de venda. Já o lançador do contrato acata a decisão, de acordo com os termos previstos.
O exercício de uma put pode fazer sentido, por exemplo, quando há uma baixa na cotação da ação no mercado à vista. Logo, o tomador da put poderá vender seus papéis por um preço mais alto que o de momento na bolsa.
Call
Ao contrário da put, a call consiste em uma opção de compra. Desse modo, o tomador do contrato poderá comprar um ativo por um strike determinado na data de vencimento estabelecido.
É comum que aquele que compra a call exerça seu direito em um período de alta na bolsa de valores. Assim, ele conseguirá comprar ativos pode um preço abaixo do negociado no pregão da bolsa.
Para especuladores, avançar com a compra das calls pode ser uma oportunidade de gerar ganhos com operações de curto prazo. Afinal, eles poderão vender os ativos no mercado à vista por uma cotação mais elevada — após exercer o direito da opção.
Como diferenciar cada uma delas?
Entendeu o que são put e call no mercado de opções? Como você viu, elas determinam qual tipo de direito o tomador poderá exercer ao comprar uma opção no mercado.
Para diferenciá-las, existem códigos específicos. Os tickers desses derivativos são compostos pelas 4 letras que sinalizam o ativo-objeto mais uma, que identifica se a opção é uma put ou call — de acordo com mês de vencimento.
No caso de uma put, as letras são A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K e L. Por sua vez, a call é identificada pelas letras. M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W e X. Cada uma se refere a um mês entre janeiro e dezembro. Ao final, há um número que representa o strike.
Conhecer esses elementos é importante para que você encontre as opções na bolsa e realize suas negociações adequadamente, caso seja seu objetivo. Contudo, é importante considerar que o mercado de opções envolve riscos, que precisam ser avaliados antes da negociação.
Como vimos, put e call são dois conceitos essenciais no mercado de opções. Agora que você sabe o que cada um representa e como identificá-los na bolsa de valores, vale analisar se as opções podem ser benéficas para sua estratégia no mercado financeiro.
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