Manter uma quantia significativa — como 100 mil reais — em uma conta corrente sem rendimentos pode não ser a escolha mais sábia do ponto de vista financeiro. Afinal, com o tempo, o montante corre o risco de perder valor diante dos efeitos da inflação, que aumenta o preço de produtos e serviços no mercado.
Isso significa que, mesmo sem usar o montante, você perderá poder aquisitivo. Por essa razão, é preciso considerar onde investir esses 100 mil reais, não apenas para evitar a diminuição do seu capital, mas para contribuir com o aumento do seu patrimônio.
Você ficou interessado no assunto e quer saber onde investir 100 mil reais? Confira as diferentes alternativas disponíveis no mercado financeiro!
O que observar antes de investir 100 mil reais?
Investir é uma estratégia eficaz para crescimento patrimonial, mas exige cautela devido aos riscos. Aplicações de renda fixa oferecem mais segurança e previsibilidade. Por outro lado, a renda variável, sujeita a flutuações de mercado e fatores econômicos, apresenta maior potencial de lucro e risco.
Saiba que a relação entre risco e retorno é diretamente proporcional: ganhos superiores costumam implicar menor segurança. Assim, a escolha de investimentos deve considerar o perfil do investidor e seus objetivos financeiros — equilibrando a rentabilidade desejada e o nível de risco aceitável.
Portanto, antes de decidir, vale considerar estratégias como a diversificação. Com ela, você evita que o seu risco fique concentrado em apenas um ativo ou segmento do mercado, por exemplo.
Caso você precise de ajuda para entender ou identificar o seu perfil e conhecer as estratégias que podem facilitar a sua jornada, uma opção é consultar um assessor de investimentos. O profissional possui experiência e conhecimento necessários para identificar esses pontos e sanar suas dúvidas.
Onde investir 100 mil reais?
Sabendo o que observar antes de investir 100 mil reais, há como escolher com mais consciência entre as alternativas disponíveis.
Confira algumas possibilidades!
CDBs
Os CDBs (certificados de depósito bancário) são títulos de crédito de renda fixa. Eles são emitidos por instituições financeiras para captar recursos para financiar suas operações. Em troca, eles oferecem uma rentabilidade que, geralmente, supera a tradicional caderneta de poupança.
O retorno pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido. No primeiro, a taxa é fixa e conhecida antes do aporte. No segundo, a rentabilidade acompanha as variações de um índice financeiro — geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O último mescla essas duas formas de remuneração.
Os títulos contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Ele cobre o ressarcimento de até 250 mil reais por CPF ou CNPJ e instituição, caso o emissor não consiga pagar o prometido. Ainda, há um teto global de 1 milhão de reais, renovável a cada 4 anos.
Sobre os rendimentos obtidos com os CDBs — e demais aplicações da renda fixa —, há o desconto do IR (Imposto de Renda). A tributação segue a tabela regressiva, acompanhe:
Prazo do investimento | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
181 até 360 dias | 20% |
361 até 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Desse modo, quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido, menor será a alíquota recolhida. Caso o investimento seja resgatado antes de 30 dias, também será preciso pagar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que começa em 96% no 1º dia, caindo até 0% no 30º.
CRIs e CRAs
Os CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio) também são aplicações de renda fixa. Porém, eles são emitidos por securitizadoras que reúnem diferentes recebíveis ligados ao mercado imobiliário e ao agronegócio em títulos negociáveis no mercado.
O modo de funcionamento da rentabilidade é semelhante aos CDBs. Porém, esses investimentos costumam ser mais arriscados, em especial pela ausência de proteção do FGC. Em contrapartida, o retorno oferecido tende a ser maior.
Como os recursos captados nessas alternativas ajudam a subsidiar os setores imobiliário e do agronegócio, o Governo oferece isenção de IR para o investidor pessoa física. Dessa maneira, na data de vencimento, o investidor recebe a rentabilidade livre de impostos.
Debêntures
As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas que precisam levantar recursos no mercado para financiar suas atividades. O pagamento das alternativas dependerá da saúde financeira da emissora — não havendo a proteção do FGC nesse caso.
A rentabilidade segue o formato que você conheceu. Contudo, dependendo do tipo de debênture, o pagamento pode ser em dinheiro (simples), ações da empresa (conversíveis) ou papéis de outra companhia (permutáveis).
Mais um ponto é que debêntures incentivadas contam com a isenção de IR. Já as comuns seguem a tributação da renda fixa.
Ações
As ações são alternativas de renda variável que representam a menor parte negociável do capital social de uma empresa. Ao investir nelas, você se torna acionista do negócio e passa a ter direito sobre parte de seus resultados — assim como fica exposto aos seus riscos.
Investir em ações pode proporcionar altos retornos, mas também envolve riscos significativos devido à volatilidade do mercado. Os ganhos se dão principalmente pela valorização dos papéis ou pelo recebimento de dividendos (isentos de IR) e outros proventos.
A tributação da compra e venda de ações dependerá do tipo de operação. Se ela tiver sido iniciada e concluída no mesmo dia — o que é chamado de day trade —, o IR será de 20%.
Já as operações comuns são aquelas que duram mais de um dia. Para elas, a alíquota do IR fica em 15%, com isenção se o volume negociado for inferior a 20 mil reais no mês.
FIIs
Na lista de onde investir 100 mil reais, os FIIs (fundos imobiliários) são alternativas de renda variável que permitem expor seu capital ao setor imobiliário. Investindo nesses veículos, você participa dos resultados de um portfólio montado por um gestor profissional.
A carteira pode ser composta por imóveis, títulos imobiliários ou cotas de outros FIIs, por exemplo. Quando há distribuição de dividendos, eles são isentos de IR para o investidor, seguindo critérios específicos.
Já o lucro obtido na venda das cotas é tributado em 20%, independentemente do tipo de operação — comum ou day trade. Por suas características, os FIIs costumam estar presentes nas carteiras dos investidores que buscam o recebimento de renda passiva.
Investimentos internacionais
Além da possibilidade de investir em ativos encontrados no mercado nacional, o investidor pode alocar seu capital em alternativas fora do país. Isso é feito ao abrir conta em corretoras estrangeiras ou em uma corretora brasileira que permita a exposição aos mercados internacionais.
Entre as principais opções de investimento direto, estão:
- Treasuries;
- Bonds;
- Stocks;
- ETFs (exchange traded funds) estrangeiros;
- ADRs (american depositary receipts).
Neste artigo, você conferiu o que é preciso avaliar antes de investir 100 mil reais e onde a quantia pode ser aplicada. Para tomar as melhores decisões de investimento, não deixe de conhecer o seu perfil de investidor e objetivos, além de contar com o apoio de um assessor de investimentos.
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