Tipos de fundos imobiliários: conheça as opções de FIIs para investir

Nem todos sabem que não é necessário possuir um imóvel para ganhar dinheiro com o setor de imóveis. Em vez disso, há como atingir esse objetivo ao investir nos diferentes tipos de fundos imobiliários presentes na bolsa de valores.

Caso você ainda não conheça a possibilidade, é válido conferir o que são esses veículos financeiros, como eles funcionam e quais são suas principais características. Esse conhecimento permitirá que você avalie se essa modalidade é adequada para a sua carteira de investimentos.

Neste artigo, você verá quais são os tipos de fundos imobiliários disponíveis no mercado para investir o seu dinheiro.

Boa leitura!

O que são e como funcionam os fundos imobiliários?

Também chamados de FIIs, os fundos imobiliários são uma modalidade de investimento coletivo. Um veículo do tipo representa uma comunhão de recursos entre interessados em investir no setor imobiliário.

Os participantes participam dos resultados do portfólio montado por um gestor profissional a partir da compra de cotas. Elas representam uma parcela do patrimônio do fundo.

A formação do patrimônio de um FII ocorre pela venda de suas cotas em uma oferta pública inicial ou initial public offering (IPO). Concluída a oferta, as cotas passam a ser negociadas entre os investidores e os demais interessados no mercado secundário.

O preço das cotas muda conforme a lei da oferta e demanda. Isso significa que é possível ter ganhos financeiros quando elas se valorizam, bem como prejuízos se houver a sua desvalorização. Ademais, os FIIs têm o dever legal de distribuir seus lucros entre os cotistas.

Segundo a Lei nº 8.668/1993, os FIIs devem distribuir, no mínimo, 95% dos seus lucros em forma de dividendos, a cada semestre. Ainda que a obrigação seja semestral, é comum os fundos se programarem para fazer uma distribuição com maior frequência — muitas vezes, mensal.

Para pessoas físicas, os dividendos são isentos de Imposto de Renda (IR). Nesse caso, existem alguns critérios que devem ser cumpridos pelo fundo (ser negociado em bolsa e ter mais de 50 participantes) e pelo investidor. No caso, não é possível ter mais de 10% das cotas do fundo para ter direito à isenção.

Por outro lado, o ganho com a venda de cotas é tributado em 20%, não havendo isenções. Essa cobrança independe se o encerramento da operação ocorrer no mesmo pregão (day trade) ou em mais de um dia (operação normal).

Ainda, como forma de remunerar o papel desempenhado pelo gestor, os cotistas pagam a taxa de administração. Esses fundos também podem contar com a taxa de performance, que é uma forma de bonificar a gestão quando ela supera os resultados de um benchmark predeterminado.

Quais os principais tipos de fundos imobiliários presentes no mercado?

Após aprender o conceito e o funcionamento dos fundos imobiliários, é interessante descobrir quais são os principais tipos disponíveis no mercado.

Veja abaixo!

Fundos de tijolo

Os fundos de tijolo são conhecidos por focarem no investimento em imóveis físicos. O papel do gestor é avaliar e escolher imóveis que integrarão a carteira do fundo. Assim, a proposta é lucrar com a venda ou locação dessas propriedades.

Nesse sentido, o FII de tijolo pode ter uma carteira composta de:

  • prédios comerciais;
  • lajes corporativas;
  • galpões logísticos;
  • hospitais;
  • terrenos;
  • entre outros.

Fundos de papel

Por sua vez, os fundos de papel são formados por títulos de renda fixa voltados para o setor imobiliário. Assim, o gestor buscará no mercado por aplicações que possam fazer o capital do fundo crescer de modo a trazer retorno para os cotistas.

Entre as alternativas nas quais ele investe estão:

  • letras de crédito imobiliário (LCI);
  • certificados de recebíveis imobiliários (CRIs);
  • letras hipotecárias (LHs);
  • entre outros.

Fundos de fundos

Já nos fundos de fundos, popularmente chamados de FoFs, o foco do gestor é a realização de investimento em cotas de outros FIIs. A premissa desse tipo de fundo é aproveitar os resultados proporcionados por múltiplos gestores.

Com isso, o investimento em FoFs é uma forma de ampliar o potencial de diversificação da sua carteira. Afinal, cada cota permitirá a exposição aos ativos presentes nos portfólios dos FII que o gestor investir.

Como escolher o melhor FII para a sua carteira?

Chegando neste trecho, você viu os principais tipos de FIIs e pode estar curioso para saber como escolher a melhor alternativa para a sua carteira.

Confira os pontos que merecem a sua atenção!

Descubra o seu perfil e trace objetivos

A escolha por um investimento demanda a análise do seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Sendo uma alternativa de renda variável, o investimento em FIIs pode resultar em prejuízos. Logo, o seu perfil deve ser compatível com esse tipo de risco.

Nesse mesmo sentido, traçar os seus objetivos com antecedência permite tomar decisões mais alinhadas com os seus interesses. Por exemplo, quem deseja receber renda passiva proveniente de aluguel tende a montar uma carteira com FIIs de tijolo.

Em contrapartida, aqueles que desejam rentabilizar o capital em prazos maiores poderão se interessar pelos fundos de papel. De todo o modo, nada o impede de investir em ambos ou até mesmo em FoFs para aumentar o nível de diversificação do seu portfólio.

Analise os fundamentos do fundo

Antes de investir em um fundo imobiliário, é indicado realizar uma análise fundamentalista. Isso significa adentrar nos fundamentos do FII para identificar questões como:

  • qualidade da gestão;
  • saúde financeira;
  • estratégias que ele adota;
  • resultados obtidos;
  • entre outros aspectos.

Ao realizar esse tipo de análise é possível fazer projeções, comparar os resultados de fundos do mesmo segmento e planejar o investimento. Dessa forma, as suas decisões serão mais precisas e, assim, as suas chances de êxito tendem a ser maiores.

Abra conta em um banco de investimentos

Como você aprendeu, as cotas dos FIIs são negociadas na bolsa de valores. Portanto, você precisará abrir conta em um banco de investimento, uma vez que eles atuam como intermediários desse tipo de operação.

Além disso, eles fornecem acesso ao home broker. Essa é uma plataforma digital que possibilita o envio de ordens de compra e venda na bolsa de valores. Então procure uma instituição de sua confiança e que preste um bom atendimento ao cliente para realizar as suas operações.

Neste artigo, você conferiu o que são os FIIs e quais tipos de fundos imobiliários estão disponíveis no mercado. Caso você entenda que faz sentido ter esse investimento em sua carteira, não se esqueça de embasar as suas decisões no seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

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André Barbirato

Formado em marketing, encontrou no mercado financeiro sua verdadeira vocação. Possui certificação ANCORD e mais de 10 anos de experiência no mercado de capitais. Atualmente é head de sales B2B e B2C em renda variável em um banco de investimentos. É também o criador do blog Eu Posso Investir!?

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