Para escolher seus investimentos, é importante entender as alternativas do mercado financeiro e os possíveis rendimentos, conforme o montante disponível para investir. Nesse contexto, uma pergunta válida é sobre quanto rende investir 50 mil reais em fundos imobiliários (FIIs).
Direcionar recursos ao setor de imóveis é uma escolha comum entre os brasileiros, especialmente para quem busca renda passiva regular. Com os FIIs, existe a possibilidade de ter retornos sem precisar comprar propriedades para aluguel ou venda.
Mas como funciona essa modalidade e quais são as perspectivas de ganhos? Encontre as respostas neste artigo — continue a leitura e confira!
Como funcionam os investimentos em fundos imobiliários?
Os FIIs são veículos de investimentos coletivos voltados ao setor imobiliário. Seus cotistas adquirem cotas e têm direito a parte dos lucros do fundo. Já o capital levantado pelo fundo é usado para a aquisição de imóveis ou outros ativos relacionados ao segmento.
Por esse motivo, investir em fundos imobiliários é uma maneira indireta de atuar no mercado de imóveis. Afinal, você não precisa comprar uma propriedade, mas pode lucrar com a locação de um apartamento, galpão ou estabelecimento comercial, por exemplo.
Também não é preciso se preocupar com a alocação dos recursos, pois os FIIs têm gestão profissional. Isso significa que cada fundo possui um gestor, que toma as decisões de alocação do patrimônio. Ainda que o gestor tenha liberdade para gerir o fundo, ele também deve seguir regras previamente estipuladas.
Quer saber mais sobre essa alternativa de investimento? Conheça as principais características dos FIIs!
Rendimento
A lei determina que os fundos de investimento devem distribuir 95% dos seus lucros aos cotistas, pelo menos, a cada 6 meses — os chamados dividendos. Os pagamentos podem ser superiores a esse percentual ou ocorrer com maior frequência, como mensal ou trimestralmente.
Apesar disso, os FIIs são alternativas de renda variável. Dessa forma, ainda que seja possível estimar quanto rende alocar 50 mil reais em fundos imobiliários, não há garantia de que o veículo financeiro escolhido terá lucro e os ganhos do investidor podem variar.
Para esclarecer, imagine que você possua um imóvel comercial usado para locação. Quando ele está ocupado, você sabe qual quantia deve receber mensalmente, certo?
Porém, caso o inquilino encerre o contrato ou fique inadimplente, sua renda é afetada por um período. O mesmo ocorre em relação aos FIIs que investem diretamente em imóveis, conhecidos como fundos de tijolo.
E os fundos de papel — que dedicam seu patrimônio a títulos, como letras de crédito imobiliário — também sofrem variações. Nesse caso, há o risco de crédito, que é a possibilidade de o emissor da aplicação não cumprir com o pagamento. No entanto, a diversificação, presente no portfólio de muitos FIIs, ajuda a mitigar esse risco.
Ainda sobre o rendimento dos FIIs, cabe esclarecer que o preço das cotas varia — ou seja, os cotistas podem ver seus investimentos valorizarem ou desvalorizarem.
Liquidez
A liquidez é outro fator a considerar em qualquer tipo de investimento, não somente nos fundos imobiliários. Ela corresponde à facilidade e rapidez com que um investidor pode transformar seus ativos em dinheiro.
Vale destacar que FIIs negociados em bolsa podem ser negociados entre os investidores no mercado secundário, a qualquer momento durante o pregão. Assim, a liquidez é afetada pela oferta e demanda.
Impostos
A tributação dos investimentos é uma preocupação constante entre investidores, pois afeta a rentabilidade. No caso dos FIIs, eles são isentos de impostos sobre os dividendos para pessoas físicas, desde que os critérios legais sejam atendidos. Desse modo, o cotista recebe sua parte do lucro sem precisar descontar tributos.
Mas, se ocorrer venda das cotas com obtenção de lucro pelo investidor, há incidência de Imposto de Renda. Nessa hipótese, a alíquota é de 20% e cabe ao investidor recolher o tributo por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
Possibilidade de diversificação
Uma das principais características dos fundos imobiliários é a possibilidade de diversificação da carteira. Uma das razões é que muitos veículos financeiros são compostos por diferentes ativos relacionados ao mercado de imóveis — embora existam fundos mais concentrados, até mesmo com apenas uma propriedade.
Contudo, mesmo que o fundo possua um único ativo, ele pode promover diversificação em relação às demais alternativas do portfólio do investidor. Como resultado, ele ajuda a equilibrar os riscos.
Como é feito o cálculo de rendimento de um fundo imobiliário?
Até aqui, você aprendeu que o retorno dos fundos imobiliários pode se dar pela valorização das cotas e pelo recebimento de dividendos. Em relação aos proventos, cada fundo de investimento imobiliário tem seu próprio DY (dividend yield).
Trata-se de um indicador ligado ao retorno percentual dos dividendos, dividindo o total de dividendos recebidos em um período pelo preço das cotas. Para facilitar, você pode consultar os indicadores do fundo para identificar o DY, sem precisar calcular.
Depois, com esse dado em mãos, para saber o retorno que pode ser obtido sobre o montante investido, basta aplicar a seguinte fórmula:
Rendimento mensal em dividendos = DY x montante investido
Apesar de o indicador auxiliar na projeção do rendimento, tenha em mente que a distribuição de dividendos depende do nível de lucro gerado no período, estando sujeita a variações. Portanto, resultados passados não garantem retornos futuros.
Além disso, os preços das cotas costumam oscilar conforme diferentes fatores. Entre eles, estão:
- valorização ou desvalorização dos ativos do veículo de investimentos;
- aumento ou diminuição da distribuição de dividendos;
- variações da vacância dos imóveis da carteira;
- oscilações na taxa básica de juros da economia — a Selic;
- nível de demanda das cotas, entre outros.
Como referência para acompanhar o desempenho geral dos fundos imobiliários, o investidor pode considerar o IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários). Trata-se de um índice da B3 — a bolsa de valores brasileira — que representa uma carteira teórica composta pelos principais FIIs negociados no mercado.
Entretanto, apesar de ser um parâmetro amplamente utilizado, o desempenho do IFIX não assegura retornos individuais. Afinal, os fundos imobiliários têm gestões, estratégias e composições distintas, então seus resultados variam.
Ademais, mesmo para um investidor que replique fielmente o portfólio do índice, os resultados não seriam garantidos. Afinal, retornos passados não asseguram ganhos futuros.
Qual seria o rendimento anual de 50 mil reais investidos em FIIs?
Como você viu, é possível estimar quanto rende investir 50 mil reais em fundos imobiliários a partir do DY do FII. Contudo, mesmo com uma fórmula, trata-se somente de uma projeção, não havendo garantias de retorno.
Para exemplificar o cálculo, considere que você tem interesse em um fundo cujo DY é de 0,5% ao mês. A definição da possibilidade de renda seria assim:
Rendimento mensal em dividendos = 0,005 x 50.000
Nesse caso, você poderia receber 250 reais mensais — mas esse é um exemplo meramente ilustrativo. O rendimento real a ser obtido pode variar a cada mês, e os FIIs podem oferecer possibilidades de retorno distintas, assim como distribuição de dividendos pode ocorrer em períodos variados.
De qualquer modo, os pagamentos acontecem, pelo menos, semestralmente, desde que haja lucros a distribuir. Assim, há como utilizar a quantia como uma renda passiva ou reinvesti-la, seja no mercado imobiliário ou demais alternativas.
Neste artigo, você aprendeu quanto rende investir 50 mil reais em fundos imobiliários, descobrindo que é possível estimar os valores, mas que não existe uma garantia de retorno. Caso deseje ter suporte qualificado para se expor ao setor de imóveis, você pode considerar ter uma assessoria de investimentos.
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