Warren Buffett: conheça a história e as lições do maior investidor do mundo

O mercado financeiro conta com alguns nomes importantes e que podem servir de inspiração para quem deseja ter sucesso ao investir. Nesse aspecto, conhecer a história de Warren Buffett e suas estratégias de investimento se torna essencial.

Por estar entre os principais nomes da história, ele tem uma representação significativa para quem deseja montar um portfólio sólido. Conhecê-lo se torna ainda mais relevante para quem já investe ou pretende começar a investir em ações — e deseja conhecer o segredo do sucesso desse investidor.

Quer descobrir qual foi o caminho percorrido por Warren Buffett e o que ele tem a ensinar? Continue a leitura e descubra!

Quem é Warren Buffett?

Warren Buffett é um dos nomes mais conhecidos no mercado de investimentos em todo o mundo. Ele é o investidor mais bem-sucedido da história e consolidou seu patrimônio e seu legado ao longo de décadas de atuação no mercado — em especial, em relação às ações.

A forma de alocar seus recursos fez com que Warren Buffett se transformasse em uma grande referência para investidores iniciantes ou mais experientes, com diferentes tipos de patrimônio.

Qual é a sua trajetória?

Para entender por que Warren Buffett ocupa uma posição tão relevante no mercado, é essencial conhecer sua trajetória até alcançar os resultados que ele tem hoje. Desse modo, você entenderá todo o processo que o ajudou a se consolidar como um investidor de sucesso.

A seguir, conheça os pontos de destaque da biografia de Buffett e veja o caminho que ele percorreu!

Infância e juventude

Warren Buffett nasceu em 1930, em Omaha, nos Estados Unidos. Isso ajuda a explicar o apelido que mais tarde ele recebeu: o oráculo de Omaha.

Desde muito cedo, Buffet manifestava o desejo de ser muito rico, como ele mesmo afirmava. Ao mesmo tempo, seu pai era um investidor em ações e o mercado começou a despertar o interesse de Buffett.

Com apenas 9 anos, ele começou a demonstrar interesse sobre as informações relacionadas a ações. Com 11 anos, comprou os seus primeiros ativos. Os papéis eram da Cities Service Preferred e ele investiu pouco mais de 100 dólares — montante que ele havia economizado.

Nos anos seguintes, Buffett viu sua veia empreendedora aflorar. Além de ter trabalhado na loja do avô, ele vendeu chicletes, refrigerantes, entregou jornais e realizou outras atividades.

Uma de suas iniciativas mais bem-sucedidas, enquanto ainda estava no colégio, envolveu a compra de uma máquina de pinball. Ele deixou o equipamento em uma barbearia e, pouco tempo depois, já tinha máquinas em diversos pontos da cidade. Com um investimento inicial de 25 dólares, conseguiu 1.200 dólares pela venda da operação.

Formação

Depois de se formar no colégio, Warren Buffett queria pular a fase da faculdade, mas seu pai não permitiu. Então, com apenas 16 anos, ele começou a cursar administração de negócios na Universidade da Pensilvânia.

Após dois anos, mudou-se para a Universidade de Nebraska, onde obteve o diploma aos 20 anos. Logo em seguida, Buffet se candidatou à escola de negócios de Harvard, mas foi rejeitado. A escola de negócios de Columbia, por sua vez, aceitou a matrícula para o curso de economia.

Foi nesse ambiente acadêmico que Buffett conheceu Benjamin Graham, um de seus professores e criador da teoria de value investing — ou investimento em valor.

Eventualmente, Graham se tornou um mentor para Buffett, que acompanhava suas publicações e conhecia a teoria com profundidade.

Carreira

Antes de concluir sua segunda graduação, Warren Buffett trabalhou na firma do pai, na Buffett-Falk & Co, como representante de investimentos.

Depois de se formar pela segunda vez, Buffett saiu de Omaha e foi trabalhar na empresa de Graham, em Wall Street, como analista. Após 2 anos, Graham decidiu fechar o negócio, o que fez com que Buffett saísse de Nova Iorque e voltasse a Omaha.

Realização de investimentos

Em 1956, o investidor abriu a Buffett Partnership Limited, com foco na gestão de investimentos. Ao longo de 13 anos, ele conseguiu um retorno anual médio de quase 30%.

Porém, em 1969, Buffett fechou sua firma de investimentos. Foi nessa época em que ele aportou na Berkshire Hathaway, uma indústria têxtil que teve as atividades encerradas em 1980. Porém, ela manteve o funcionamento com outros focos.

Nesse caso, Buffett voltou-se para o investimento em outras empresas que atendessem a seus critérios. Ele adquiriu diversas companhias de seguro, devido ao potencial de lucro que elas apresentavam.

Buffett também adquiriu participação naquelas que ele chamava de “holdings permanentes”, que são empresas que ele considera atraentes e com potencial de crescimento e consolidação. Entre elas, estavam:

  • o jornal The Washington Post;
  • a seguradora Geico, na qual Graham também atuou;
  • a Coca-Cola;
  • a empresa de comunicação Capital Cities/ABC.

Desde então, ele permanece fazendo investimentos relevantes em diversos segmentos do mercado, por meio da Berkshire Hathaway. A própria empresa está na bolsa de valores e passou por uma valorização intensa desde sua abertura de capital.

Como ele se tornou o maior investidor do mundo?

Como você acompanhou ao conferir a trajetória de Warren Buffett, a construção de seu patrimônio aconteceu ao longo das décadas. Foi também dessa forma que ele se consolidou como a figura mais bem-sucedida no mercado financeiro.

Foi em 1990 que ele se tornou um bilionário, diante da negociação de ações classe A da Berkshire Hathaway no mercado de capitais.

Seu patrimônio continuou a se desenvolver ao longo dos anos. Na lista de bilionários de 2021, da Forbes, Warren Buffett ocupava o sexto lugar. À época da publicação, sua fortuna estimada era de 96 bilhões de dólares.

Como referência, você pode considerar que o oitavo lugar da lista foi ocupado por Larry Page, um dos fundadores do Google e que tinha uma fortuna de 91,5 bilhões de dólares. A fortuna de Buffett, em 2021, também era maior que a da família controladora da L’Oreal, com um total de 73,6 bilhões de dólares.

Esses resultados se devem ao desempenho obtido por Buffett em sua estratégia. Em 1990, as companhias que receberam investimento via Berkshire Hathaway geraram 173 milhões de dólares. Em 1991, elas passaram a valer, juntas, 1,6 bilhão de dólares.

Mesmo investimentos que geraram dúvidas no mercado contribuíram para a fortuna de Buffett. Ele pagou 1 bilhão de dólares por 7% da Coca-Cola, em 1988. Apesar do alto valor, ele conseguiu mais que duplicar o retorno ao longo dos anos.

Depois de construir parte de sua fortuna, ele começou a acessar ações preferenciais, que estavam disponíveis apenas para investidores de alta renda. Ao aportar 600 milhões de dólares em ações preferenciais na Gillette, em 1989, ele conseguiu converter em ações em 1991 a uma avaliação de 1 bilhão de dólares.

Qual a sua influência no mercado financeiro?

O desempenho de Warren Buffett no mercado financeiro fez com que ele se tornasse uma das figuras mais importantes, ao longo das gerações. Esse movimento foi possível não apenas por seu patrimônio, mas pela forma de compor seu portfólio.

Tanto isso é verdade que diversos livros já foram escritos sobre o investidor, sendo “O Jeito Warren Buffett de Investir”, de Robert G. Hagstrom, um dos mais famosos. Outras obras incluem:

  • “O Toque de Midas”, de John Train;
  • “As cartas de Warren Buffett”, de Lawrence A. Cunningham e do próprio Buffett;
  • “A bola de neve: Warren Buffett e o negócio da vida”, de Alice Schroeder e mais.

Além de contarem a trajetória do investidor, diversas obras focam na estratégia usada por ele: o value investing.

Essa teoria prevê a compra de ações descontadas, ou seja, que sejam negociadas abaixo do valor intrínseco da companhia. Caso o empreendimento mantenha seus fundamentos, a tendência é que o preço volte ao valor justo (ou mesmo o supere), o que favorece o retorno de investimentos.

Foi por intermédio de Buffett que essa abordagem se popularizou e essa é uma de suas grandes contribuições para o mercado financeiro. Como ele já obteve grande sucesso ao investir em ações dessa forma, tornou-se um ícone de destaque no mundo dos investimentos.

Quais são os ensinamentos da trajetória de Warren Buffett?

Além de conhecer os resultados que o value investing pode oferecer, basear-se na experiência de Warren Buffett pode ajudá-lo a aprender mais sobre o mercado financeiro.

Afinal, o investidor já apresentou diversas lições ao longo das décadas em que realizou investimentos — e que podem ser incorporados a diferentes carteiras.

Quer descobrir quais são os principais ensinamentos de Warren Buffett? Veja a seguir!

Avalie os critérios adequados das empresas

Para escolher as ações, Warren Buffett utiliza critérios que ajudam a identificar boas companhias. Entre eles, estão:

  • performance da empresa;
  • endividamento do negócio;
  • margem de lucro.

A ideia é encontrar uma empresa com bom retorno, baixo endividamento e margem de lucro elevada. Para isso, é possível utilizar indicadores fundamentalistas como o retorno sobre investimento (ROE), margem Ebitda, dívida sobre Ebitda etc.

Outro aspecto para considerar é a relação entre a empresa e as commodities. Se houver grande dependência, o investimento pode não ser tão atraente, já que se torna mais difícil entregar uma solução diferenciada.

Em geral, Buffett opta por negócios com diferenciais competitivos mais significativos e que ajudem a criar uma barreira para a entrada dos competidores.

Além disso, é preciso avaliar se a empresa está negociada abaixo do que seria considerado o preço justo. Esse é um critério importante para aplicar o value investing.

Tenha foco no longo prazo

Uma parte bastante relevante da filosofia de Buffett na hora de investir envolve o longo prazo. A ideia é realizar aportes para obter o resultado em anos ou mesmo em décadas.

Então, ao investir em uma boa empresa, a ideia de Warren Buffett é manter a posição na ação, mesmo que os preços subam significativamente em determinado momento. Afinal, o longo prazo pode oferecer uma valorização ainda maior, enquanto também permite obter ganhos por meio dos dividendos, por exemplo.

Evite entrar e sair do mercado constantemente

A visão de longo prazo de Buffett também se manifesta por meio de um conselho simples: não abra e feche posições constantemente. Afinal, isso tende a gerar custos elevados e comprometem o seu rendimento no longo prazo.

Por sinal, é essa orientação que ajuda a embasar a difundida história da família Gotrocks. Esse conto fictício demonstra como a realização de diversas movimentações pode prejudicar a carteira, em vez de favorecê-la.

Atenha-se ao que você conhece

Um dos conselhos mais famosos do investidor é “stick to what you know” ou “atenha-se ao que você sabe”. Dessa maneira, a ideia é investir em ações de empresas cujo negócio você conhece.

Curiosamente, Buffett não aproveitou o movimento dos gigantes de tecnologia por julgar que não tinha conhecimento o bastante. Em vez disso, investiu em companhias de setores em que já tinha conhecimento (como companhias de seguro) ou dos quais consumia os produtos e serviços.

Naturalmente, a decisão foi embasada por uma análise fundamentalista — no caso dele, com foco nos balanços e nos relatórios anuais. Porém, usar esse critério também ajuda a fazer escolhas mais conscientes na composição da sua carteira.

Considere uma carteira pequena

É verdade que a diversificação de investimentos pode ajudar a diluir os riscos e diminuir o impacto de possíveis perdas. Porém, para Warren Buffett, o ideal é compor um portfólio com um número reduzido de ações.

A intenção é buscar oportunidades realmente atraentes e alocar mais recursos nelas, em vez de dissipar seu potencial de aporte entre diversas possibilidades. Além disso, essa é uma forma de simplificar a avaliação e o acompanhamento dos investimentos.

Ademais, antes de seguir essa dica à risca, vale ponderar se ela faz sentido para o seu perfil e para os seus objetivos. Desse modo, é possível se inspirar para focar mais em ações que sejam verdadeiramente aderentes aos critérios, em vez de buscar uma quantidade elevada de papéis medianos.

Como você viu, a trajetória de Warren Buffett ajuda a justificar a posição que ele ocupa como maior investidor de todos os tempos. Com base nas lições dele, você pode orientar sua tomada de decisão para torná-la mais estratégica e alinhada às suas necessidades.

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