Fazer investimentos para aposentadoria é uma das principais formas de buscar maior tranquilidade para essa fase da vida. Afinal, disponibilidade de capital é fundamental para lidar melhor com os desafios do período fora do trabalho.
No entanto, encontrar boas alternativas para investir pode ser uma tarefa complexa. O motivo é que existem diversos elementos que devem fazer parte da sua análise — por exemplo, o dinheiro que você tem disponível para os aportes e o tempo até se aposentar.
Neste artigo, você entenderá a importância de planejar o futuro financeiro e conhecerá 5 dos melhores investimentos para aposentadoria. Aproveite a leitura!
Qual é a importância de investir pensando na aposentadoria?
Antes de conhecer as melhores alternativas de investimento, é interessante entender os motivos de investir pensando na aposentadoria. Essa compreensão pode trazer maior clareza para a montagem da sua carteira.
Confira!
Controlar suas finanças
O maior controle sobre as suas finanças é uma das principais vantagens de investir pensando na aposentadoria. Afinal, mesmo que você tenha Previdência Pública, é comum que o montante seja inferior ao que você recebia enquanto ainda trabalhava.
Desse modo, é preciso ter uma melhor administração das suas finanças para minimizar as chances de lidar com eventuais problemas com dinheiro durante a aposentadoria. Além disso, você pode manter seu padrão de vida com o capital proveniente dos investimentos.
Acumular patrimônio
Acumular patrimônio é outro benefício de traçar uma estratégia de investimento para aposentadoria. Tenha em mente que você estará reservando uma parcela do seu capital para essa nova etapa da sua vida, podendo gerar uma quantia suficiente para viver com mais tranquilidade.
Ademais, seus investimentos podem levar a resultados positivos antes mesmo de você se aposentar. Nesse sentido, é possível usufruir dos rendimentos e até alcançar a independência financeira mais cedo do que o planejado.
Ter mais segurança e estabilidade
Os investimentos para a aposentadoria também permitem que você desfrute da sua vida com mais segurança. Como visto, a renda obtida na Previdência Pública geralmente é menor do que seu último salário trabalhando. Ademais, os custos costumam aumentar com o envelhecimento.
Mas, com uma maior reserva de capital, você poderá ter mais estabilidade durante sua aposentadoria. Isso possibilita que você enfrente menos desafios financeiros durante essa fase — ao mesmo tempo em que não precisa mudar seu estilo de vida.
Como investir pensando na aposentadoria?
Agora que você entendeu a importância de investir para a sua aposentadoria, deve saber como estruturar sua estratégia no mercado financeiro. Para tanto, existem aspectos que você deve considerar antes de iniciar seus aportes.
Confira!
Faça um planejamento financeiro
O primeiro passo começa com o seu planejamento financeiro. A etapa é indispensável para que você entenda o seu padrão de vida atual e dê início a um processo de educação financeira — essencial para desenvolver um bom relacionamento com seu dinheiro.
Para elaborar o planejamento financeiro, você precisa ter controle sobre os seus ganhos e, principalmente, seus gastos. Uma planilha simples pode dar o suporte necessário para que você comece a se organizar.
Em uma aba da planilha, você deve anotar suas fontes de renda e o capital que entra em suas contas regularmente. Em outra, você detalha seus custos, podendo dividi-los entre fixos e variáveis.
A compreensão inicial proporcionará uma visão ampla sobre sua realidade financeira. Desse modo, você poderá identificar se seus ganhos atuais são suficientes para manter seus custos e investir, ou se é preciso mudar determinados hábitos financeiros, por exemplo.
Crie uma reserva de emergência
Depois de dar início ao seu planejamento financeiro, você deve criar sua reserva de emergência. Ela será o capital que trará maior tranquilidade para você e sua família durante os períodos de crise ou para enfrentar cenários que fujam do seu planejamento.
Para entender melhor como ela funciona, imagine que você precisou sair do seu emprego e perdeu sua principal fonte de renda. Ao contar com uma reserva de emergência, você terá o capital para reorganizar sua carreira sem precisar, necessariamente, mudar de estilo de vida.
Para que a segurança financeira seja possível, a identificação dos seus gastos no planejamento é crucial. Isso porque sua reserva de emergência deve ser suficiente para cobrir, no mínimo, seis meses dos seus custos.
Ademais, vale lembrar que não é interessante manter esse capital parado na sua conta corrente. Afinal, o dinheiro que fica sem rendimentos sofre os impactos da inflação, podendo perder poder de compra.
Assim, vale a pena buscar investimentos que possibilitem rentabilidade para a reserva de emergência — mas eles devem ser seguros e com liquidez alta, para permitir acesso fácil ao montante. Uma possibilidade é investir em títulos de renda fixa pós-fixados com liquidez diária.
Identifique o seu perfil de investidor
Após concluir as duas etapas anteriores, é preciso que você identifique o seu perfil de investidor. Ele funciona para que você compreenda qual a sua tolerância a riscos e faça aportes em alternativas que apresentam maior alinhamento com sua carteira.
Nesse sentido, existem três perfis principais: conservador, moderado e arrojado. Investidores conservadores são aqueles com menor tolerância aos riscos. Geralmente, eles preferem alternativas mais seguras — mesmo que isso signifique menor rentabilidade.
Já os investidores de perfil moderado apresentam tolerância a riscos um pouco maior. Então eles costumam equilibrar a carteira entre alternativas com diferentes níveis de risco, por exemplo, na renda variável e renda fixa.
O objetivo é encontrar melhor rentabilidade, ao mesmo tempo em que mantém investimentos previsíveis. Por último, os investidores arrojados são aqueles que têm maior tolerância ao risco.
Normalmente, eles contam com mais experiência no mercado de investimentos e conseguem lidar melhor com eventuais perdas. O foco está em alcançar melhores taxas de retorno.
Faça aportes regularmente
Investir na sua aposentadoria é um objetivo de longo prazo. Portanto, é preciso que você faça novos aportes regularmente. Dessa maneira, você poderá acumular patrimônio gradativamente e ampliar seus resultados.
Para viabilizar esse processo, você deve reservar um capital para investimentos em seu planejamento financeiro. Ele pode ser, por exemplo, um montante fixo que você investirá todos os meses, ou uma porcentagem dos seus ganhos regulares.
Além disso, à medida que os resultados positivos surjam, você pode aumentar o valor ou a frequência dos aportes. Essa é uma das principais estratégias para gerar acúmulo de riqueza no longo prazo — mesmo que você inicie com pouco dinheiro.
Mantenha seus investimentos após a aposentadoria
Por fim, ainda que sua estratégia tenha como foco sua aposentadoria, uma boa prática é manter os investimentos após alcançá-la. Assim, você pode continuar gerando resultados positivos e mantendo ou melhorando seu padrão de vida.
Geralmente, após a aposentadoria, há uma mudança na carteira de investimentos. Por exemplo, você pode montar um portfólio arrojado enquanto gerar acúmulo de capital e adotar um planejamento mais conservador, com o objetivo de ter mais previsibilidade, depois que parar de trabalhar.
5 Dos melhores investimentos para aposentadoria
Agora você já sabe o que considerar antes de investir para a aposentadoria, certo? Então é o momento de conhecer as alternativas de investimentos a serem avaliadas para esse objetivo.
Conheça 5 dos melhores investimentos para aposentadoria!
1. Títulos públicos
Os títulos públicos do Tesouro Direto estão entre as alternativas mais conhecidas para investimentos pensando na aposentadoria. Por estarem presentes na renda fixa, eles oferecem mais segurança e previsibilidade para essa parcela do seu capital.
As alternativas são divididas entre três tipos de rentabilidade: prefixada, pós-fixada e híbrida, mas há diferentes títulos para conhecer e escolher. O Tesouro Prefixado, por exemplo, é aquele que apresenta os juros da aplicação no aporte.
Desse modo, você saberá quanto serão os seus ganhos no vencimento da aplicação. O Tesouro Selic, por sua vez, é uma alternativa pós-fixada.
Ele se destaca por ter sua rentabilidade atrelada à taxa básica de juros da economia brasileira. Assim, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) eleva a taxa Selic, o mesmo acontece com os rendimentos da sua aplicação.
Também há o Tesouro IPCA — que é o título híbrido. A rentabilidade consiste em uma taxa prefixada, apresentada no aporte, e uma pós-fixada, que acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Logo, o título garante rendimentos acima da inflação no vencimento.
Um título criado especialmente visando à aposentadoria é o RendA+. Ele tem foco no longo prazo, sendo dividido em duas etapas. A primeira é de acumulação, quando o investidor faz os aportes regulares, e a segunda de recebimento do montante corrigido, em parcelas mensais.
A rentabilidade dessa aplicação também é híbrida. Dessa forma, há uma taxa prefixada mais a variação do IPCA.
2. Títulos privados
Os títulos privados são mais uma alternativa de investimentos presentes na renda fixa. Porém, diferentemente dos títulos públicos, eles são emitidos por bancos, instituições financeiras, securitizadoras e outras empresas.
Existem diversas alternativas nessa classe que podem ser adequadas para uma estratégia com foco em sua aposentadoria. É possível destacar as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) dentre elas.
A principal vantagem desses dois títulos está na isenção do IR sobre os seus lucros para pessoa física. Logo, é possível que elas potencializem seus resultados positivos. Outro ponto é que, assim como os títulos públicos, elas podem ser prefixadas, pós-fixadas ou híbridas.
Além desses títulos, existem muitos outros exemplos de aplicações de renda fixa privada. É o caso do CDB (certificado de depósito bancário), debêntures, letras hipotecárias, certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) e imobiliários (CRI).
3. Previdência Privada
Uma alternativa de investimentos para a sua aposentadoria é a Previdência Privada. Essa pode ser uma oportunidade de complemento à Previdência do poder público — já que ela tende a não ser suficiente para manter seu padrão de vida.
Na Previdência Privada, você faz aportes em um fundo de investimento. Os fundos são um tipo de veículo coletivo em que você adquire participação por meio da compra de cotas. As movimentações do capital ficam sob responsabilidade de um gestor profissional.
Então os planos de Previdência Privada são produtos oferecidos por instituições financeiras. Eles são divididos em dois tipos: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
A principal diferença entre ambos está no Imposto de Renda. Para o PGBL, há uma dedução de até 12% para aqueles que optam pela declaração completa de IR. No entanto, a tributação será sobre todo o capital aportado.
Já o VGBL não oferece a possibilidade de dedução, mas a tributação acontece apenas sobre os rendimentos da aplicação — e não sobre o total. Ele pode ser mais vantajoso para aqueles que fazem a declaração simplificada do IR.
4. Fundos de investimento
Os fundos de investimento em geral também podem ser uma oportunidade de investimentos para a sua aposentadoria. Como você viu, eles são veículos coletivos que contam com a presença de um gestor responsável pelas movimentações.
De maneira mais comum, o foco é gerar uma valorização das cotas no longo prazo. Desse modo, você pode ter lucro ao vender suas cotas por um preço maior, caso elas tenham passado pela valorização.
Existem diversos fundos de investimento disponíveis para o investidor. Eles se dividem de acordo com o mercado em que estão expostos e a estratégia de operações. Fundos de renda fixa, por exemplo, priorizam o aporte nessa classe.
Também há os fundos imobiliários (FIIs). Eles se destacam por investirem no mercado de imóveis, que está entre os mais sólidos da economia brasileira. Além disso, os FIIs podem fazer o repasse regular de dividendos para os cotistas.
Os investidores também têm a opção de investir em fundos de índices — ou exchange traded funds (ETFs). A principal característica deles é replicar os resultados de um indicador do mercado. Como resultado, eles costumam ser interessantes para acompanhar índices relevantes da economia.
5. Ações
Por fim, as ações são outras possibilidades de investimentos para a aposentadoria. Elas representam a menor parcela do capital social de uma empresa. Assim, ao adquiri-las, o investidor estará se tornando um sócio da companhia.
Geralmente, o investimento em ações com foco no longo prazo se divide em duas estratégias. A primeira é a de valorização — ou seja, o investidor compra os papéis por um preço esperando vendê-los no futuro em uma cotação mais alta.
A segunda estratégia possível é a de renda passiva. Nesse sentido, o objetivo é encontrar empresas que possam fazer o repasse regular de proventos aos acionistas. Como resultado, o investidor pode acelerar seu acúmulo patrimonial para a aposentadoria ao criar uma nova fonte de renda.
Contudo, é indispensável destacar que as ações são um investimento de renda variável. Portanto, elas não apresentam garantias de lucros. Em contrapartida, o potencial de rendimento é maior do que nas alternativas de renda fixa.
Como visto, os investimentos para aposentadoria são importantes para garantir maior tranquilidade para essa etapa da sua vida. Por isso, é importante saber como se planejar e conhecer 5 das principais alternativas para analisar.
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