O que é deflação e como ela influencia a economia?

Uma economia, por mais forte que seja, não se mantém plenamente estável o tempo todo. Ela passa por fenômenos que provocam alterações no seu funcionamento, como é o caso da inflação e da deflação — que afetam tanto os investimentos quanto a vida financeira cotidiana.

Embora a deflação não seja tão comum, ela pode gerar efeitos desastrosos, que exigem uma estratégia inteligente para proteger o seu dinheiro. O primeiro passo para tanto é entender como a economia se comporta no processo e o que funciona como medida de proteção.

Quer saber o que é a deflação e qual influência ela exerce sobre a economia de um país? Então confira este post até o fim e aproveite as dicas!

O que é a deflação econômica?

A deflação econômica pode ser conceituada como uma queda generalizada dos preços de um mercado, incluindo bens, serviços e produtos. Quando ela ocorre por um período relativamente prolongado, são percebidos impactos negativos nos mais variados setores — alcançando populações inteiras.

Mas atenção: como você viu, para a deflação ser constatada, é preciso que a queda nos preços se mantenha por um tempo. Variações mais breves, tanto para cima quanto para baixo, não se classificam como inflação ou deflação, respectivamente.

Outro ponto importante para entender a deflação é conhecer o indicador que ajuda a medir quando uma redução nos preços é considerada significativa. Trata-se do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). 

O IPCA é o indicador que mede as variações de preços de bens, produtos e serviços, acompanhando seu comportamento. Portanto, quando as mudanças se tornam negativas — e se mantêm assim —, é caracterizada a deflação.

Por que esse fenômeno acontece?

Entendido o que é a deflação, é possível que você esteja se perguntando o que é capaz de provocar esse tipo de reação econômica. O principal motivo é o aumento da oferta de produtos, seguido da falta de demanda para a compra.

Imagine um cenário em que, por qualquer razão, a população aumenta a demanda por um produto. Então, para responder ao movimento, a indústria de determinado setor intensifica a sua produção. No entanto, o novo volume produzido excede a necessidade real.

Se as indústrias demoram para perceber a disparidade, elas seguem introduzindo mais produtos no mercado, elevando a oferta. No entanto, como as pessoas não precisam de tantos itens, a demanda não acompanha a alta, e a produção fica estagnada nos estoques.

Nesse exemplo, para não aumentar os prejuízos e ter que lidar com ainda mais estagnação, é natural que as indústrias baixem os preços para se desfazer do estoque extra. Dependendo do tempo necessário até que oferta e demanda se equilibrem novamente, ocorre a deflação.

O fenômeno ainda pode ser provocado por uma redução expressiva da circulação de uma moeda no mercado. A queda leva a uma diminuição no consumo, impactando a produção e gerando consequências para toda a economia.

Como o cenário tende a influenciar a economia?

Agora que você já sabe o que é deflação e como ela ocorre, deve ter percebido que o cenário é capaz de gerar uma série de influências sobre a economia, certo? Aproveite para descobrir mais sobre os desdobramentos da situação!

Queda na produção e aumento do desemprego

Como visto, uma das primeiras consequências percebidas em um cenário de deflação é a redução da produção. A razão é que, com menos demanda dos consumidores, a indústria não tem motivos para continuar fabricando itens. Então o movimento começa a gerar uma série de outras consequências.

À medida que a produção industrial se retrai em resposta à deflação, o mercado de trabalho é inevitavelmente afetado, marcando o início de um período desafiador. Produzindo menos, mas buscando manter a sua viabilidade econômica, as empresas optam por reduzir custos.

Com frequência, a medida se traduz em cortes de vagas — o que, consequentemente, aumenta as taxas de desemprego e reduz o poder de compra dos consumidores. Como resultado, a renda disponível para o consumo diminui, agravando ainda mais o ciclo deflacionário.

O movimento intensifica o fenômeno, no qual a redução na demanda e na produção se alimentam mutuamente.

Encolhimento do PIB

O encolhimento do PIB (Produto Interno Bruto) é uma consequência direta da desaceleração das atividades industriais e do aumento do desemprego. O dano à capacidade de consumo afeta o volume de vendas no mercado, reduzindo a demanda por bens e serviços. 

Por consequência, a deflação, inicialmente percebida no setor industrial, começa a se espalhar por outros segmentos da economia. O encolhimento tem implicações reais na vida das pessoas, incluindo situações, como:

  • aumento do desemprego;
  • redução dos investimentos em infraestrutura e serviços públicos;
  • possível aumento da pobreza e desigualdade social.

Como proteger a sua carteira de investimentos contra esse fenômeno?

É natural que, diante de tantos efeitos negativos, você queira encontrar meios para proteger a sua carteira de investimentos diante da possibilidade de um período de deflação. A boa notícia é que existe uma estratégia relativamente simples e capaz de cumprir com o objetivo.

A abordagem é comum ao enfrentamento a qualquer tipo de risco: a diversificação da carteira. Ter uma variedade de ativos em um portfólio possibilita a diluição de riscos e, consequentemente, de eventuais impactos negativos provocados por oscilações de mercado.

Ao se expor a diferentes setores, é possível criar uma camada extra de proteção, aumentando o tempo que levará para a retração chegar ao seu portfólio. Além disso, é importante considerar investimentos no exterior para mitigar eventuais turbulências nacionais.

Inclusive, é possível tornar o seu portfólio internacionalmente diversificado sem precisar abrir uma conta em outro país. O mercado brasileiro dá acesso a alternativas como os BDRs (brazilian depositary receipts), os ETFs (exchange traded funds) e os fundos internacionais.

Você aprendeu que entender o que é deflação e quais são os seus impactos, tanto no cenário econômico quanto nos seus investimentos, é essencial. Com esse conhecimento, é possível desenvolver e aplicar estratégias que diluam os riscos inerentes ao seu portfólio.

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