Onde investir com a inflação alta? Confira 4 alternativas!

O índice inflacionário do país costuma ser um problema para os brasileiros. Em 2022, por exemplo, houve aumento consecutivo e progressivo no preço de itens essenciais, segundo o boletim Focus. Com a inflação alta, uma dúvida que pode surgir é: afinal, onde investir?

Nesse cenário, as aplicações financeiras atreladas ao índice de inflação podem ajudar. Isso porque eles acompanham o movimento desse fenômeno e blindam sua rentabilidade. Assim, ao investir nas alternativas, é possível proteger o patrimônio contra a perda do poder de compra.

A seguir, você saberá mais sobre a inflação e conhecerá 4 alternativas para investir com esse índice em alta. Confira!

O que é inflação?

A inflação é um termo econômico dado ao aumento constante e generalizado de preço de um conjunto de bens de consumo e serviços em determinado período. Ela pode considerar, por exemplo, itens de alimentação, habitação e saúde.

Como resultado da inflação, há uma perda do poder de compra por parte dos consumidores. Esse fenômeno pode ter diversas causas:

  • pressões de demanda: há mais procura por um item do que a quantidade disponível;
  • pressões de custos: os custos de produção se elevam, encarecendo o preço final de um produto ou serviço;
  • inércia inflacionária: é quando a inflação atual é decorrente da inflação passada, por ter se perpetuado por bastante tempo na economia;
  • expectativas de inflação: a elevação dos preços presentes gera uma expectativa de inflação futura, induzindo o empresário a se antecipar ao aumento dos preços e causando o fenômeno.

No Brasil, existem índices que medem a inflação no país. O oficial é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que também é usado como referência em investimentos. Ele é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Qual a relação da inflação com os investimentos?

A inflação alta não afeta apenas a economia brasileira. Ela também tem impacto nos investimentos. A principal questão envolve a rentabilidade real de uma carteira. Ela é dada pelo rendimento nominal descontada a taxa da inflação no período.

Fazendo esse cálculo, você pode saber se houve ou não perda de poder de compra, considerando o capital investido. Ainda, é possível analisar individualmente cada investimento para conhecer o retorno real oferecido por ele.

Além de ajudar a entender o ganho real obtido com uma aplicação, a inflação pode servir como referência na hora de compor o seu portfólio. Isso porque você pode considerá-la para avaliar quais alternativas são mais adequadas em cada contexto econômico.

Em um cenário com inflação elevada, por exemplo, os títulos de renda fixa com exposição direta ao IPCA se tornam atraentes. Afinal, eles garantem a proteção do patrimônio nesse contexto. Assim, você consegue ter tranquilidade de garantir rentabilidade real sobre o seu capital.

4 Alternativas para investir com a inflação alta

Como você viu, há aplicações financeiras da renda fixa cujo rendimento está atrelado à inflação. Assim, elas podem se tornar interessantes em um período de aceleração generalizada de preços. Ao conhecê-las, portanto, você saberá como se proteger desse movimento e ainda se beneficiar dele.

A seguir, veja 4 alternativas para investir com a inflação alta que vale avaliar:

1. Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é um dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional por meio da plataforma do Tesouro Direto. O objetivo é viabilizar a captação de recursos pelo Governo Federal. A remuneração desse investimento está atrelada ao IPCA mais uma taxa de juros fixa.

Ela pode ser paga somente no vencimento da aplicação ou semestralmente. Nesse último caso, você não precisa esperar até que o título atinja o prazo final para ter acesso ao rendimento do seu investimento.

2. LCI e LCA

As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) são títulos emitidos por instituições financeiras. O intuito é captar recursos para financiar as atividades relacionadas ao setor de imóveis e à produção agrícola do país, respectivamente.

Algumas alternativas das letras de crédito possuem rendimento híbrido, sendo um juro fixo mais a variação do IPCA. Ambas têm a vantagem da isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas, permitindo que esses investimentos tenham uma rentabilidade líquida maior.

3. CRI e CRA

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA) são lastreados em títulos de crédito de setores específicos (imobiliário e do agronegócio, respectivamente). Eles são emitidos pelas securitizadoras com o objetivo de antecipar os recebimentos das empresas que realizam vendas a prazo.

Assim como outros títulos de renda fixa, essas aplicações podem ter retorno híbrido indexado ao IPCA. Além disso, os CRI e CRA são isentos de IR e também do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas físicas.

4. Fundos de inflação

Os fundos de inflação são uma modalidade de investimento em que os investidores reúnem o capital para adquirir cotas de participação. Todas as operações realizadas no fundo são feitas por um gestor profissional, que é remunerado pelo seu trabalho.

Nesse caso, os recursos dos investidores são alocados, em sua maioria, em títulos ligados à inflação. Para isso, é comum que os fundos tenham como benchmark os índices inflacionários — normalmente, o Índice de Mercado Anbima da série B.

Assim, o objetivo desses fundos não é acompanhar a inflação, mas superá-la. Desse modo, é possível proteger o patrimônio contra a perda do poder de compra e ainda rentabilizar a carteira de investimento.

Como o IMA pode ser composto por títulos com diferentes características, eles podem ser divididos em dois grupos:

  • IMA-B: reúne produtos com vencimento menor que 5 anos;
  • IMA-B 5: contém títulos com prazo igual ou superior a 5 anos.

É possível encontrar no mercado opções de fundos de inflação envolvendo prazos de vencimentos distintos. Para escolher, é preciso analisar os objetivos financeiros. Afinal, eles indicam o tempo que você manterá os recursos aplicados, direcionando as suas decisões.

Como vimos, com a inflação alta é preciso saber onde investir para proteger seu patrimônio do avanço dos preços na economia. Agora que conhece essas 4 aplicações, fica mais fácil evitar a perda do poder de compra. Por isso, não deixe de considerá-las ao compor seu portfólio — avaliando, ainda, seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

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