Taxa de custódia: veja quando ela é cobrada!

Quando o assunto é investimento, algumas cobranças são necessárias para garantir a conservação das operações, não é mesmo? É o caso da taxa de custódia, originada na época em que os registros de investimentos eram feitos de forma manual — mas que permanece até hoje. 

A existência da taxa é justificada pela manutenção de bancos de dados e das operações. Porém, ela é cobrada de maneira diferente, a depender do valor investido e do custodiante. Inclusive, algumas instituições conseguiram zerar a cobrança da taxa de custódia para manter seus serviços mais competitivos. 

Ficou interessado no assunto? Prossiga a leitura e entenda quando a taxa de custódia é cobrada e quais são as exceções! 

O que é taxa de custódia? 

A taxa de custódia é uma tarifa cobrada para efetivar o registro dos seus ativos e quantias investidos. Ela funciona como um aluguel pago para a bolsa de valores ou outro custodiante para armazenar esses dados.

Mesmo que a maioria das atividades funcione pela internet, o pagamento é necessário para bancar custos administrativos. Isso significa que a cobrança é feita para manter o armazenamento físico ou digital dos registros de informações como o tipo de investimento, titular, valor aplicado, entre outras. 

Desse modo, o custodiante assegura que os procedimentos sejam feitos da forma correta e mantém o controle acerca das alternativas que existem e podem ser negociadas. A custódia pode ser feita por instituições financeiras, como corretoras de valores.

Por esse motivo, os valores cobrados podem mudar de acordo com cada instituição. Para fazer a custódia, é preciso que a instituição seja registrada e siga as normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) — entidade que regulamenta e fiscaliza o mercado financeiro nacional. 

Quando a taxa de custódia é cobrada?

Agora que você sabe o que a taxa de custódia representa no mercado financeiro, é importante entender quando ocorre sua cobrança. A incidência da taxa pode variar, a depender do investimento e das regras previstas. 

Entenda!

Taxa de custódia no Tesouro Direto

Os títulos públicos são negociados na plataforma do Tesouro Direto, mas a custódia fica a cargo da bolsa de valores brasileira (B3). Nesse caso, em janeiro de 2024, a cobrança da taxa de custódia era feita semestralmente — portanto, o pagamento ocorria nos primeiros dias úteis de janeiro e julho. 

Nessa regra, quando há a antecipação no resgate, a taxa é calculada proporcionalmente ao tempo de investimento. A cobrança é feita automaticamente, ou seja, o montante resgatado já tem o valor da taxa de custódia descontado.

Caso necessário, também é possível quitar o encargo por meio de depósito ou resgate de uma aplicação para efetuar o pagamento. Em 2022, o valor passou a ser de 0,20% por ano e permaneceu assim até janeiro de 2024. 

Além da cobrança semestral de 0,10%, a incidência da taxa de custódia no Tesouro Direto ocorre em situações de: 

  • resgate antecipado;
  • juros semestrais, no caso de alguns investimentos;
  • vencimento do título.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título do Tesouro Direto, mas a cobrança da taxa de custódia em seu caso é diferente. Isso ocorre porque a tarifa foi zerada para títulos de até R$ 10 mil desde o ano de 2020.  

Se o teto for ultrapassado, o encargo será cobrado apenas sobre o valor excedido. Por exemplo, se o montante de um investimento no Tesouro Selic for R$ 10.500, a taxa será cobrada sobre os R$ 500 excedentes. 

Tesouro RendA+

Os investimentos do Tesouro RendA+ são outra ressalva no Tesouro Direto, e não há cobrança de taxa semestral. O recolhimento ocorre apenas se a renda exceder 6 salários mínimos, incidindo em 0,10% sobre o excedente. 

Se o valor for resgatado antes do vencimento, o percentual varia conforme o período investido: 

  • 0,50%: inferior a 10 anos, 
  • 0,20%: entre 10 e 20 anos; 
  • 0,10%: acima de 20 anos.

Taxa de custódia para ações

Diferentemente de como ocorre com os títulos públicos, em 2024, a taxa de custódia em ações era isenta para investidores que tinham menos de R$ 24.164,73 em ativos na carteira. A partir desse montante, a B3 cobrava entre 0,05% e 0,0005%, a depender da quantia. 

A cobrança é feita de modo inversamente proporcional à quantidade de dinheiro investida. Ou seja, quanto maior o capital investido, menor é o percentual pago, observe:

  • 0,05%: até R$ 100 mil; 
  • 0,04%: de R$ 101 mil a R$ 200 mil;
  • 0,02%: de R$ 200 mil a 300 mil; 
  • 0,0130%: de R$ 300 mil a R$ 1,7 milhão; 
  • 0,0072%: de R$ 1,7 milhão a R$ 17 milhões;
  • 0,0032%: de R$ 17 milhões a R$ 170 milhões;
  • 0,0025%: de R$ 170 milhões a R$ 1.700 bilhão;
  • 0,0015%: de R$ 1.700 bilhão a R$ 17.000 bilhões;
  • 0,0005%: acima de R$ 17.000 bilhões.

Isenção da taxa de custódia

Até 2020, a taxa de custódia era cobrada em praticamente todos os tipos de investimento. Porém, a partir de agosto do mesmo ano, a B3 e A CVM alteraram alguns fatores com relação à cobrança da taxa. Como você viu, a tarifa é zerada em alguns investimentos.

Além das isenções para alternativas específicas, alguns custodiantes não cobram o encargo. É o caso da XP Investimentos, que possibilita taxa zero em alternativas de renda fixa — a exemplo do Tesouro Direto —, bolsa, COE (certificado de operações estruturadas) e investimentos em ouro.

Como avaliar a cobrança da taxa de custódia?

Você entendeu que a taxa de custódia é uma cobrança que passou por mudanças, certo? Conhecer as alterações pode auxiliar em sua análise ao fazer as escolhas de investimentos mais adequadas para a sua carteira.

Vale destacar que o percentual da taxa de custódia é relativamente baixo se comparado com outros custos, como a de corretagem ou emolumentos — ainda mais considerando a isenção, em alguns casos. 

Uma vez que são os investidores os responsáveis pelo pagamento, pode ser interessante procurar por alternativas que apresentem valores menores para a cobrança da taxa. Também vale a pena verificar se a corretora de valores onde você tem conta cobra a taxa de custódia e em que condições, ok?

Como visto, conhecer o funcionamento da taxa de custódia e em quando ela é cobrada pode ajudar o investidor no cálculo da rentabilidade de seus investimentos. Quando há a isenção da cobrança, a vantagem pode ser maior, já que o dinheiro é, de certa forma, revertido em maior retorno. 

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Equipe ABContent

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