Tesouro Direto: qual o melhor título para investir?

O Tesouro Direto costuma ser uma das principais opções de investimento de quem procura uma alternativa à poupança para fazer o dinheiro render mais. Essa é uma plataforma que disponibiliza diversos tipos de títulos públicos aos investidores.

Porém, com essa variedade, pode ser difícil identificar qual o melhor Tesouro Direto para investir. Diante disso, é importante entender mais sobre o funcionamento da plataforma e as alternativas disponíveis para tomar decisões mais acertadas.

Pensando nisso, este conteúdo ajudará você entender detalhes sobre os títulos do Tesouro Direto, como eles funcionam, as vantagens e como escolher o tipo ideal para os seus objetivos.

Confira!

O que é Tesouro Direto?

Lançado em 2002, o Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional criado para viabilizar a negociação online de títulos públicos federais por pessoas físicas. Ele foi desenvolvido em parceria com a B3, a bolsa de valores do Brasil.

O programa foi criado com o intuito de democratizar o acesso dos brasileiros aos títulos públicos. Por isso, é possível começar a investir no Tesouro Direto com um pouco mais de R$ 30.

Já o funcionamento é semelhante ao de um empréstimo: ao investir, você disponibiliza recursos ao Governo e será remunerado com o pagamento de juros. As alternativas são consideradas as mais seguras do Brasil, pois contam com a garantia integral do Tesouro Nacional.

Outra característica interessante é a liquidez diária da maior parte dos títulos. Como o Governo garante a recompra dos títulos, você consegue acessar o montante a qualquer momento. Entretanto, algumas opções têm um prazo de carência de 60 dias, durante o qual não é possível fazer o resgate.

Quais são os títulos do Tesouro Direto?

Ao acessar a plataforma do Tesouro Direto, você terá acesso a diferentes aplicações. Em agosto de 2023, o programa apresentava 7 tipos de títulos com características distintas:

  • Tesouro Selic;
  • Tesouro Prefixado
  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais;
  • Tesouro IPCA+;
  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais;
  • Tesouro RendA+;
  • Tesouro Educa+.

Eles apresentam diferentes tipos de rentabilidade, prazos de vencimento e fluxos de remuneração. Confira mais detalhes!

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título pós-fixado, atrelado à taxa Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. Ou seja, as movimentações dessa taxa influenciará o retorno obtido com a aplicação. Ele tem liquidez diária, pois o Governo garante a recompra do título a qualquer momento.

Ainda, o risco é considerado mais baixo nesse título. Isso acontece porque, além da garantia do Governo, os rendimentos são creditados diariamente. Como resultado, o resgate antecipado tende a não gerar prejuízos ao investidor.

Tesouro Prefixado comum e com juros semestrais

Já o Tesouro Prefixado é um título que tem uma taxa de juros fixa em um percentual anual, conhecido no momento da aplicação. Dessa forma, você saberá exatamente quanto resgatará no dia do vencimento.

Porém, os resgates antecipados expõem o investidor à marcação a mercado, um mecanismo de atualização de preços conforme as movimentações do mercado. Logo, há riscos de ter perdas nessa situação, já que a rentabilidade prometida é garantida apenas no vencimento.

Existem duas opções de fluxos de pagamento: com cupom semestral ou sem cupom. Com cupom significa que receberá o pagamento dos juros a cada seis meses. No segundo caso, a rentabilidade é recebida apenas no vencimento ou resgate, junto ao principal.

Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é um título que possui um rendimento híbrido. Ele está atrelado à variação do índice de inflação do país — o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) — somado a uma rentabilidade prefixada.

Deixando o dinheiro investido até o vencimento, você garante uma rentabilidade acima da inflação, enquanto o resgate antecipado gera exposição à marcação a mercado. Esse título também oferece diferentes fluxos de pagamento, com ou sem cupons semestrais.

Tesouro RendA+

Lançado em janeiro de 2023, o Tesouro RendA+ foi criado com foco em quem deseja ter no futuro um complemento na aposentadoria. Com ele, você terá a opção de resgatar seu investimento em 240 parcelas, recebendo um valor mensal durante 20 anos.

Além do fluxo de pagamento, ele tem outro diferencial: a carência de 60 dias para resgate. Apenas após esse período o título passa a ter liquidez diária.

Tesouro Educa+

Focado no planejamento da educação, ou seja, para o pagamento de gastos com escolas, cursinhos ou faculdades, o Tesouro Educa+ foi lançado em agosto de 2023. Ele é semelhante ao Renda+, apresentando diferenças no fluxo de pagamento.

Nesse caso, será possível receber todo mês uma renda proporcional ao investimento que fizer durante 5 anos.

Como funciona a tributação dessas aplicações?

As aplicações do Tesouro Direto são tributadas e seguem tabela regressiva da renda fixa. Isso significa que quanto mais tempo você ficar com o investimento, menor será a taxa — até o limite estabelecido.

O imposto é cobrado apenas sobre o lucro e de forma automática, direto na fonte, na hora do resgate ou venda antecipada. Confira a tabela regressiva de IR:

Prazo do investimento Alíquota de IR
Até 180 dias (6 meses) 22,5%
De 181 a 360 dias (1 ano) 20%
De 361 a 720 dias (2 anos) 17,5%
Acima de 720 dias (mais de 2 anos) 15%

Nos títulos com cupons semestrais, a cobrança de imposto de renda (IR) também acontece a cada seis meses.

Ainda, vale destacar que há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre o rendimento obtido. Ele tem alíquotas que se iniciam em 96%, mas zeram no trigésimo dia. Portanto, o ideal é se programar para não precisar resgatar o título antes desse período.

Como investir no Tesouro Direto?

Para investir em um dos títulos do Tesouro Direto, é necessário ter uma conta em um banco de investimentos. Em geral, o processo é simples e pode ser feito online.

Aqui, o primeiro passo é escolher uma instituição financeira habilitada — a lista completa está disponível no site do Tesouro Direto. Depois transfira os recursos que deseja investir e acesse a plataforma.

Nesse momento, é possível verificar a prateleira de títulos do Tesouro Direto e ver todas as informações do produto, desde investimento mínimo até taxas e impostos cobrados.

Qual o melhor título para investir?

Antes de investir, é preciso saber identificar as alternativas ideais para a sua carteira de investimentos. Essa é uma questão individual, então não há uma resposta exata.

Para tomar uma decisão, é fundamental saber qual é o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado) e o seu objetivo com o aporte.

Por exemplo, se a meta for construir uma reserva de emergência, em momentos de imprevistos financeiros você precisará resgatar o dinheiro com agilidade e sem riscos de perdas. Nesse cenário, o Tesouro Selic pode fazer sentido.

Já se a ideia é proteger seus recursos dos avanços da inflação em um determinado período, os títulos atrelados ao IPCA podem ser atrativos. Também vale considerar o prazo pretendido, a fim de escolher títulos com vencimento alinhado às suas necessidades.

Na dúvida, considere usar o simulador oficial do site do Tesouro Direto para encontrar o título mais adequado. Também há simuladores específicos para o Educa+ e para o RendA+.

Agora que você já conhece as principais informações sobre os títulos públicos, então analise as alternativas disponíveis, considerando seu perfil e objetivos, para determinar qual é o melhor título do Tesouro Direto para investir.

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Equipe ABContent

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