Quanto custa investir? Entenda os valores por trás dos investimentos

O mercado financeiro atrai cada vez mais pessoas, principalmente pela popularização do assunto e pela acessibilidade trazida pelas plataformas de investimentos. Mas, além de pensar nos valores utilizados para os investimentos, você deve considerar custos operacionais e remuneratórios.

Conhecer os gastos por trás de cada alternativa traz benefícios importantes. Primeiro, porque você poderá calcular a rentabilidade real dos aportes. E, em segundo lugar, os custos podem influenciar as suas decisões de acordo com objetivos financeiros e necessidades.

Quer entender quanto custa investir nas alternativas mais tradicionais do mercado brasileiro? Então continue a leitura para conhecer as taxas e cobranças!

Pagamentos aos bancos de investimentos

Os bancos de investimentos são instituições privadas voltadas ao mercado financeiro. Diferentemente dos bancos tradicionais, eles permitem o acesso a diversas alternativas de investimento, emitidas por eles ou por terceiros.

Acessando a plataforma de um banco de investimento, você terá à sua disposição títulos de renda fixa privados e públicos. Ademais, poderá encontrar fundos de investimento, além de utilizar o home broker para negociar ativos e derivativos por meio da bolsa de valores.

Todo investidor precisa utilizar os serviços dos bancos de investimento, tendo em vista que não é possível se expor aos títulos e ativos diretamente, sem o intermédio dessa instituição. Assim, os bancos de investimento têm um papel essencial no mercado financeiro.

Para remunerar os serviços oferecidos, pode existir a cobrança da taxa de corretagem. Essa taxa depende de cada banco, de modo que não há uma padronização em todas as instituições.

Além disso, pode haver isenções em relação a determinadas negociações e tipos de ativos ou títulos negociados. Por exemplo, o banco Modal não cobra taxa de corretagem para investimentos em títulos do Tesouro Direto e fundos imobiliários, por exemplo.

Custos do Tesouro Direto

Em relação aos investimentos, vamos começar entendendo os custos do Tesouro Direto. Afinal, esse programa é bastante popular no Brasil — principalmente entre investidores menos experientes ou aqueles com necessidade de segurança nos aportes.

Vale saber que o Tesouro Direto não é um investimento em si, mas uma plataforma criada pelo Governo Federal em 2002. Ela é o canal oficial de negociação dos títulos públicos — que são os investimentos de renda fixa emitidos pelo Governo.

Assim, o Tesouro Direto trouxe mais facilidade e acessibilidade a esses títulos, que antes só eram negociados institucionalmente. No entanto, há a cobrança de taxas dos investidores para garantir e remunerar esses serviços.

Veja só:

Taxa de custódia

A primeira cobrança é a chamada taxa de custódia do Tesouro Direto. A custódia é um tema bastante comum no mercado de investimentos e se relaciona com os serviços de guarda e depósito dos aportes, além de segurança de informações e saldos.

No caso do Tesouro Direto, a taxa de custódia é um montante pago à B3 — a bolsa de valores brasileira. Isso acontece porque ela é a instituição responsável pela custódia dos títulos públicos em parceria com o próprio Governo Federal.

A taxa de custódia incide sobre o valor total investido em títulos do Tesouro Direto de cada investidor. O percentual pode variar conforme as regras atualizadas. No início de 2022, por exemplo, ela era de 0,20% ao ano — e havia isenção para investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic.

Mas lembre-se: esse percentual pode mudar de acordo com novas diretrizes. Portanto, é preciso conferir a taxa atualizada. Além disso, cobrança é efetuada automaticamente duas vezes ao ano, em janeiro e julho, proporcionalmente ao tempo investido.

Taxas da bolsa de valores

A bolsa de valores também é bastante utilizada pelos investidores que buscam rentabilizar seu patrimônio — especialmente no longo prazo. É nesse ambiente onde são negociadas as ações, os fundos imobiliários, os derivativos do mercado futuro e diversas outras possibilidades.

A B3 é uma instituição privada de capital aberto e seu papel é viabilizar a negociação entre empresas e investidores. Então ela realiza diversos serviços, como a custódia, a disponibilização de sistemas e softwares para negociação, a liquidação de investimentos etc.

Quem efetivar negociações na bolsa de valores, portanto, precisa custear algumas taxas cobradas por essa instituição. Confira quais são aplicadas:

Emolumentos

Os emolumentos, na verdade, são um grupo de custos e taxas cobradas pela B3 dos investidores que utilizam seus serviços. Eles abrangem a taxa de negociação, liquidação e registro — que, somadas, chegam ao valor dos emolumentos.

Esses pagamentos servem para remunerar os serviços prestados e envolvem também a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Ela atua em parceria com a B3 para operacionalizar as negociações.

O valor dos emolumentos é divulgado como um percentual sobre as negociações realizadas. Desse modo, ele pode variar conforme o volume de negociação, o tipo de operação efetuada e os ativos utilizados.

Taxa de custódia

Outra taxa cobrada pela B3 para negociações custodiadas na bolsa de valores é a taxa de custódia. Ela é bastante parecida com aquela cobrada no Tesouro Direto e remunera os serviços relacionados à guarda dos ativos dos investidores.

Essa taxa possui um percentual regressivo, de acordo com o montante investido nos ativos. Logo, quanto maior é a posição do investidor nos ativos da bolsa, menor é a alíquota referente à taxa de custódia.

Ela é cobrada automaticamente pela B3, mas vale ressaltar que quem possui até R$ 20 mil investidos está isento dessa taxa, não sofrendo as deduções.

Taxas de fundos de investimentos

Os fundos de investimentos são veículos financeiros coletivos. Eles funcionam da seguinte maneira: há uma estrutura montada por empresas administradoras e gestoras. Então elas decidem a estratégia do veículo e os gestores atuam montando e balanceando o portfólio, de acordo com a diretriz estabelecida.

Os investidores interessados em participar dos resultados obtidos pela gestão podem adquirir cotas do fundo. Mas é claro que o trabalho dos profissionais precisa ser remunerado. Assim, os fundos de investimentos cobram a taxa de administração.

Essa taxa costuma ser maior de acordo com a complexidade do fundo. Logo, veículos de renda fixa, por exemplo, podem ter cobranças mais baixas ou mesmo oferecer isenção. Já modalidades que demandam mais da gestão geralmente cobram taxas maiores.

Além da taxa de administração, os fundos de investimentos podem cobrar a chamada taxa de performance. Ela incide sobre o rendimento que o gestor obtém além do benchmark estabelecido. Desse modo, a cobrança funciona como um bônus pelos bons resultados.

Neste conteúdo, você aprendeu quais são as taxas mais comuns em investimentos e os valores por trás de cada cobrança. Vale a pena ficar atento a esses custos. Afinal, se eles forem muito altos, podem alterar sua organização financeira e impactar seus resultados no mercado.

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