Existem diversas maneiras de se expor ao mercado externo — e investir em fundos de índice (ETFs) que replicam indicadores estrangeiros é uma delas. Entre os veículos disponíveis na bolsa de valores brasileira (B3) que trazem essa proposta está o WORLD11.
Esse ETF inclui empresas internacionais em seu portfólio. Assim, ele pode ser interessante para quem deseja a diversificação de investimentos e a exposição à variação cambial. Se é o seu caso, vale a pena saber mais sobre essa modalidade.
A seguir, entenda o que é o WORLD11, quais são as suas características e como investir nesse fundo. Vamos lá?
O que é um ETF e como funciona?
Para começar, vale a pena saber o que é um ETF e como ele funciona. Essa alternativa faz parte do grupo de fundos de investimentos — um veículo financeiro coletivo que atua como uma espécie de condomínio.
Nessa modalidade, os recursos são administrados por um gestor profissional. Existem diversos tipos de fundos, que se diferenciam conforme o seu foco de alocação. No caso dos ETFs, o objetivo é replicar a carteira teórica de um índice de referência.
Para tanto, o gestor aloca os recursos nas mesmas alternativas e em proporções semelhantes ao do indicador, com a intenção de obter a mesma rentabilidade. Além disso, vale saber que os fundos de índice podem espelhar indicadores de renda fixa ou variável do mercado nacional ou internacional.
O que é WORLD11 e como funciona?
Agora que você já sabe o que é um ETF, é o momento de entender o que é o WORLD11. O Investo FTSE Global Equities, como também é chamado, é um fundo de índice listado na B3 sob o ticker WORLD11.
A seguir, entenda o funcionamento dele!
Lançamento e público-alvo
O WORLD11 foi lançado em 20 de outubro de 2021 pela Investo e é voltado para investidores em geral. Desse modo, tanto investidores institucionais quanto pessoas físicas podem adquirir suas cotas por meio da bolsa de valores brasileira.
Índice de referência
O fundo WORLD11 replica o ETF VT (Vanguard Total World Stock), negociado na bolsa de valores de Nova Iorque. Por sua vez, o fundo americano espelha o índice de referência FTSE Global All Cap Net TR US RIC., administrado pela empresa inglesa fornecedora global de índices FTSE Russel.
Nesse caso, por ser um investimento em renda variável no exterior, o WORLD11 acompanha a variação do dólar americano (USD).
Gestão e administração
O gerenciamento do fundo é realizado pela Investo Gestão de Recursos. Já a empresa responsável pela administração e custódia do WORLD11 é o Banco BNP Paribas Brasil.
Por se tratar de um ETF, a gestão é do tipo passiva. Isso significa que o gestor apenas acompanha as variações do portfólio do índice de referência. Ou seja, não há a intenção de alcançar rentabilidade que supere os resultados do indicador.
Taxas
Os fundos de investimentos costumam apresentar taxas para remunerar sua estrutura e equipe. Assim, no WORLD11 existe uma taxa de administração cobrada dos cotistas. Ademais, o fundo repassa a taxa de administração cobrada pelo ETF VT.
Como os ETFs têm gestão passiva, não há cobrança de taxa de performance. Essa é uma porcentagem cobrada em certos fundos de investimentos quando o gestor supera o índice de referência.
Investimentos e portfólio
Em março de 2022, o ETF VT possuía cerca de 30 bilhões de dólares alocados em mais de 9 mil empresas. Essas companhias estão espalhadas pelo mundo, entre países desenvolvidos e nações emergentes com potencial de crescimento.
Os setores que mais receberam aportes desse fundo foram o de tecnologia, seguido por serviços financeiros, consumo cíclico, cuidados de saúde e indústrias. De acordo com a política de investimentos do WORLD11, 95% do patrimônio deve ser investido em cotas do ETF VT.
O restante pode ser composto por dinheiro ou alocado em outros investimentos permitidos pelo fundo. Ademais, é importante saber que ETFs brasileiros não distribuem dividendos. Assim, os rendimentos provenientes do VT são reinvestidos no próprio fundo.
Vale a pena investir no WORLD11?
Após conhecer as características do WORLD11, você pode ficar curioso para saber se vale a pena investir nesse fundo. Na prática, é preciso avaliar uma série de fatores para entender se esse veículo se encaixa em sua estratégia de investimentos.
Confira!
Perfil de investidor
Primeiramente, é importante identificar o seu perfil de investidor. Trata-se de uma ferramenta utilizada para entender o nível de riscos que o investidor está disposto a tolerar. Confira as três principais classificações existentes:
- conservador: não deseja assumir maiores riscos, priorizando a segurança;
- moderado: tolera mais riscos em prol de rendimentos maiores, mas ainda visa a segurança;
- arrojado: assume riscos calculados para buscar maior rentabilidade.
Como o WORLD11 é um ETF de renda variável, ele costuma ser mais atrativo para investidores moderados e arrojados.
Objetivos
Entendendo qual é o seu perfil de investidor, é hora de determinar os seus objetivos financeiros com o aporte. De modo geral, os fundos de índice costumam ser alternativas para longo prazo, pois o período maior tende a diluir os riscos da bolsa de valores.
Análise do WORLD11
Depois de definir os seus objetivos, é necessário analisar os fundamentos do WORLD11 para entender se o investimento é compatível com a sua estratégia. É possível encontrar todas as informações consultando a lâmina do fundo.
Como investir no WORLD11?
Se você se interessou pelo WORLD11, deve entender como investir nele. Primeiramente, é necessário ter uma conta em um banco de investimentos para ter acesso ao ambiente da B3 por meio do home broker da instituição.
Feito isso, busque pelo ticker WORLD11 (código referente ao ETF na bolsa) e emita a ordem de compra, indicando a quantidade e o preço das cotas. Então aguarde alguns dias para a liquidação da ordem. Após esse prazo, as cotas aparecerão em sua carteira.
Neste post, você descobriu que o WORLD11 é um fundo de índice que replica outro ETF internacional. Se o veículo parece interessante para sua estratégia, não deixe de estudá-lo e analisar se ele se encaixa em sua carteira de investimentos.
Para continuar bem informado sobre investimentos, economia e finanças, assine a nossa newsletter!
