5 curiosidades sobre a bolsa de valores que você precisa conhecer

O mercado de renda variável é repleto de oportunidades e ferramentas à disposição dos investidores. Entretanto, existem ainda algumas curiosidades sobre a bolsa de valores que muita gente desconhece.

Neste artigo você conhecerá 5 curiosidades sobre a bolsa de valores para desmistificar de uma vez por todas este ambiente e ajudar você a investir melhor no mercado financeiro.

Vamos lá?

1.      A Bovespa agora é B3

Muitos investidores não sabem, mas a Bovespa não existe mais. O antigo nome da bolsa de valores de São Paulo deu lugar à B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) em 2017, quando a BM&F Bovespa e a Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados) se fundiram.

Apesar da mudança ter acontecido há algum tempo, é comum que esta dúvida surja na hora de fazer investimentos e operações na bolsa de valores – seja no mercado à vista ou no mercado futuro.

Portanto, para não errar mais, anote esta informação: a bolsa de valores brasileiras agora se chama B3, e não mais Bovespa ou BM&F Bovespa.

2.      Ibovespa não é investimento

Mais uma curiosidade sobre a bolsa de valores brasileira que passa despercebido por muitos investidores – sobretudo entre os iniciantes. Diferente do que muitos podem pensar, Ibovespa não é um investimento, no qual se possa investir.

O Ibovespa é, na verdade, o principal indicador de desempenho da bolsa de valores brasileiras. Composto por uma carteira teórica de ações que é modificada a cada quatro meses, o Ibovespa serve como referência de rentabilidade do mercado de ações.

Por exemplo, se você tem uma carteira de ações, o seu principal referencial para identificar se a carteira está ou não tendo uma boa performance – também conhecido como benchmark – será, provavelmente, o índice Ibovespa.

Entretanto, é importante que você saiba que, apesar de não ser possível investir no Ibovespa, qualquer investidor pode fazer um investimento que espelhe a rentabilidade deste índice. Isso é possível por meio dos ETFs, que são fundos de investimento atrelados a um determinado índice.

O ETF BOVA11, por exemplo, espelha justamente a performance do índice Ibovespa. Trata-se de uma maneira bastante simples e barata de diversificar sua carteira sem precisar adquirir, individualmente, os papéis que compõem o IBOV.

3.      O pregão presencial não existe mais

Essa outra curiosidade sobre a bolsa pode decepcionar muita gente, mas é a mais pura realidade: o pregão presencial na bolsa de valores não existe mais.

Toda a tensão e gritaria do ambiente físico da bolsa de valores – amplamente retratada em filmes norte-americanos, com milhares de operadores atuavam no pregão “viva voz” ficou para trás há quase 15 anos no Brasil.

O último pregão viva voz na bolsa brasileira ocorreu em setembro de 2005. Na BM&F, a migração do pregão viva voz para a plataforma eletrônica de negociação foi finalizada em 2009.

Atualmente, todas as operações do mercado financeiro brasileiro são processadas de maneira eletrônica, por meio de sistemas e plataformas de alta tecnologia – muitas vezes em uma fração de segundos. Essa tendência, inclusive, é mundial.

4.      Trade não é investimento

Investidores – sejam eles iniciantes ou mais experientes – têm o costume de comparar as modalidades de trade com investimento. Esta percepção, no entanto, está equivocada.

Trade não é, na prática, um investimento. Quando um investidor realiza um trade na bolsa – seja um day trade, swing trade ou position – ele está, na verdade, especulando. Ou seja, ele está realizando uma determinada operação com o objetivo de ganhar dinheiro com as oscilações do mercado.

Mas isso não significa que ele está fazendo um investimento. Isso porque um investimento é, na verdade, uma aplicação de um determinado recurso visando um determinado objetivo. Por exemplo, investir em ações visando a montagem de carteira para o longo prazo. Isso sim é um investimento.

Ao investir, portanto, você está trocando o seu dinheiro por um determinado ativo na busca por alcançar um objetivo em um prazo específico. Por outro lado, ao realizar um trade, você está expondo um capital a riscos muito maiores buscando obter um ganho maior em um curto espaço de tempo.

Como você pode perceber, o perfil de um investidor é diferente do perfil de um trade. É possível que um investidor seja também um trade, mas é importante que a diferença do perfil e dos objetivos de cada uma destas duas operações fiquem claros para você – e que você saiba diferenciá-las.

5.      É possível lucrar com a queda das ações

Uma das principais curiosidades sobre a bolsa de valores que pouca gente conhece é o fato de que não é apenas com o mercado em alta que se pode lucrar. É possível, sim, lucrar com a queda das ações no mercado financeiro.

São duas as maneiras de ganhar dinheiro com a queda das ações. A primeira delas é alugando suas ações a outros investidores – especialmente para aqueles que desejam especular na bolsa de valores.

As ações alugadas continuam sendo de sua propriedade, mas você as aluga para que outro investidor, que não detém aquele papel, possa fazer suas operações especulativas. Em troca, ele lhe paga um aluguel por estes papéis.

A segunda alternativa para ganhar dinheiro com ações em um momento de queda na bolsa de valores é justamente fazer uma operação especulativa: a venda a descoberto.

Explicando brevemente, a venda a descoberto (short selling) é uma operação na qual você vende um determinado ativo que não possui em carteira, visando lucrar com a queda deste ativo em um determinado período.

Se você tiver por objetivo fazer um day trade de short selling não será preciso alugar uma ação de outro investidor. Contudo, se o seu objetivo é levar a venda a descoberto por alguns dias, será preciso alugar as ações de outro investidor. Este processo é relativamente simples e comum.

Estas foram as 5 curiosidades sobre a bolsa de valores que todo investidor precisa conhecer.

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André Barbirato

Formado em marketing, encontrou no mercado financeiro sua verdadeira vocação. Possui certificação ANCORD e mais de 10 anos de experiência no mercado de capitais. Atualmente é head de sales B2B e B2C em renda variável em um banco de investimentos. É também o criador do blog Eu Posso Investir!?