9 Tipos de investimentos financeiros que todo investidor deveria conhecer

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Existem diversos tipos de investimentos financeiros disponíveis no mercado. Cada um deles conta com características próprias de funcionamento e vantagens específicas. Desse modo, eles podem se adequar às mais diferentes estratégias.

Portanto, é interessante conhecer as alternativas possíveis de investimento para selecionar aquelas que mais se alinham com seu perfil e seus objetivos. Dessa forma, será possível alcançar melhores resultados no mercado financeiro.

Quer saber quais são essas alternativas? Neste artigo, você aprenderá informações relevantes sobre o ato de investir e conhecerá 9 tipos de investimentos que podem funcionar em sua estratégia.

Acompanhe a leitura!

A importância de investir

Investir seu dinheiro é uma das práticas mais importantes para suas finanças. Afinal, os investimentos podem ser uma forma estratégica de ampliar o seu patrimônio — mesmo começando sem uma grande reserva de capital.

Além disso, os investimentos são uma forma de proteger seu patrimônio diante das oscilações da inflação. As variações desse indicador são responsáveis pela perda do seu poder de compra. Dessa forma, ao investir, você poderá evitar que seu dinheiro perca valor.

Ademais, investir contribui para você conquistar a independência financeira. O conceito diz respeito ao alcance de um estágio em que sua renda passiva é suficiente para cobrir seus gastos. Ou seja, caso faça sentido para sua realidade, é até possível abdicar da sua renda ativa e parar de trabalhar.

Para tanto, o ideal é desenhar um planejamento financeiro adequado aos seus objetivos. Assim, será possível encontrar o montante disponível para investimentos e estabelecer uma quantia regular para novos aportes.

As classes de investimento

Agora que você sabe a importância de investir seu dinheiro, é oportuno entender como funciona o mercado financeiro. Nesse sentido, o conhecimento sobre as classes de investimento é essencial para entender as alternativas disponíveis.

Confira!

Renda fixa

A primeira classe de investimento é a de renda fixa. Os títulos dessa classe se destacam por estabelecerem regras sobre como o investidor terá sua rentabilidade.

Isso acontece porque esses produtos funcionam como um tipo de empréstimo. O emissor disponibiliza o título no mercado para levantar recursos. Em troca, o investidor receberá seu capital com os juros em uma data futura e predeterminada.

Essa rentabilidade pode acontecer de três maneiras: prefixada, pós-fixada ou híbrida. No primeiro caso, a taxa de juros da aplicação é apresentada no aporte, o que garante mais previsibilidade para o investidor.

A rentabilidade pós-fixada é aquela que acompanha taxas do mercado, como a Selic. Por fim, os títulos híbridos são aplicações que combinam uma porcentagem pré com uma pós-fixada.

De maneira mais comum, os produtos de renda fixa servem para investidores conservadores, que buscam segurança e previsibilidade. Além disso, eles podem equilibrar os riscos da carteira de investidores moderados e arrojados.

Renda variável

A renda variável é a outra classe de investimentos do mercado. Diferentemente da renda fixa, as alternativas disponíveis nela não garantem previsibilidade para os investidores.

Como o próprio nome sugere, os investimentos de renda variável são aqueles em que a rentabilidade potencial sofre com mais impactos das oscilações do mercado. Por isso, eles também são mais arriscados, com potencial de prejuízos.

Contudo, os ativos e derivativos dessa classe oferecem um potencial maior de ganhos para os investidores. Dessa maneira, aqueles com mais alta tolerância ao risco podem encontrar boas oportunidades de investimento.

Ademais, alguns ativos de renda variável podem oferecer proventos aos investidores. Eles são um tipo de benefício, como os dividendos, e podem transformar a carteira em uma fonte de renda passiva.

9 Tipos de investimentos financeiros que todo investidor deveria conhecer

Como você viu, o mercado financeiro conta com diversas oportunidades que podem ser benéficas para o seu dinheiro. Conheça 9 alternativas!

1.      Títulos públicos do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma das alternativas mais buscadas por investidores brasileiros. No entanto, diferentemente do que muitos acreditam, ele não é um investimento propriamente dito. Esse é o nome da plataforma em que há a negociação de títulos públicos.

Esses produtos de renda fixa são emitidos pelo Governo Federal e servem como instrumentos de captação de recursos. Logo, o capital dos investidores pode ser usado para financiar diversas obras e projetos do Poder Público.

A segurança do investimento nos títulos do Tesouro está entre as principais vantagens dessa alternativa. Afinal, o próprio Governo é responsável por ela. Nesse sentido, os títulos públicos são as aplicações mais seguras do mercado nacional.

Existem três produtos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto:

  • Tesouro Prefixado;
  • Tesouro Selic;
  • Tesouro IPCA.

O Tesouro Prefixado é a alternativa com juros apresentados no aporte. Já o Tesouro Selic é a aplicação pós-fixada e que acompanha a taxa básica de juros da economia brasileira.

Por último, o Tesouro IPCA é o título de rentabilidade híbrida. A taxa pós-fixada dele acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil.

Ademais, os rendimentos desses títulos estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda (IR). As alíquotas são regressivas, variando entre 22,5% e 15% de acordo com o período durante o qual o capital ficou aplicado.

Os títulos do Tesouro Direto também contam com liquidez diária, o que permite resgate antes do vencimento. Porém, no caso do Tesouro Prefixado e IPCA, a garantia de lucros existe apenas no encerramento do prazo. Assim, o resgate antecipado pode trazer perdas.

2.      CDBs

Os certificados de depósito bancário (CDBs) são outro tipo de investimento presente na renda fixa. Porém, diferentemente dos produtos do Tesouro Direto, a emissão deles é feita por instituições financeiras. Então eles são considerados títulos privados.

O objetivo dos CDBs é captar recursos para a operação dessas instituições. O capital pode, por exemplo, ser usado para a oferta de linhas de crédito no mercado, como empréstimos e financiamentos bancários.

Também existem três tipos de rentabilidade possíveis para os CDBs. No caso da pós-fixada, geralmente os retornos acontecem de acordo com o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) — que é próximo à Selic.

Cada instituição financeira tem a liberdade de estabelecer as regras de funcionamento do seu título. Então aspectos como liquidez e rentabilidade podem variar de acordo com cada CDB disponível no mercado.

Em relação à segurança, os CDBs têm proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A cobertura é de até R$ 250 mil, por CPF ou CNPJ e instituição, em caso de falência do emissor. O teto global é de R$ 1 milhão e se renova a cada 4 anos.

Ademais, o investimento conta com a incidência do IR sobre os lucros. As alíquotas também são regressivas de acordo com prazo da aplicação.

3.      LCI e LCA

As letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs) também são títulos privados de renda fixa. A emissão delas é feita por bancos e demais instituições financeiras do mercado.

Esses títulos se caracterizam por terem lastro no mercado imobiliário e no agronegócio brasileiro, respectivamente. Ou seja, o capital que a organização levanta com LCIs e LCAs deve ser usado nesses dois setores.

De maneira similar aos CDBs, cada instituição emissora tem liberdade para definir as regras de funcionamento dos títulos. Contudo, geralmente LCI e LCA são alternativas com menos liquidez — comumente permitindo o resgate apenas no vencimento.

A cobertura do FGC também está presente como aspecto de proteção. Além disso, o maior destaque para LCI e LCA é a isenção de Imposto de Renda sobre os lucros. Esse aspecto pode ajudar a ampliar a rentabilidade líquida dos investidores.

4.      CRI e CRA

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs) são outros títulos de renda fixa com lastro nesses dois setores. Entretanto, a emissão deles é uma responsabilidade das securitizadoras. Por isso, eles são classificados como títulos de crédito privado.

O funcionamento do CRI e CRA acontece a partir de uma promessa de pagamento futuro. Para entender melhor, imagine uma empresa do ramo imobiliário que vendeu diversos apartamentos parcelados.

Como ela precisa dos recursos para iniciar seus próximos projetos, essa organização pode antecipar os recebíveis. Posteriormente, a securitizadora empacotará esses direitos creditórios em CRIs e os disponibilizará no mercado.

A principal oportunidade dos títulos CRI e CRA está na isenção do Imposto de Renda sobre os lucros. No entanto, não há proteção do FGC, o que pode contribuir para o aumento dos riscos no investimento.

Nesse sentido, por serem mais arriscados, CRIs e CRAs são alternativas que podem ter rentabilidade potencial mais alta que outros produtos de renda fixa. Ademais, eles costumam demandar um aporte inicial mais elevado.

5.      Debêntures

As debêntures são tipos de investimentos financeiros da categoria de crédito privado. Elas são emitidas por empresas com intuito de levantar recursos para seus projetos. Assim, as características de rentabilidade e liquidez dependem das regras que a própria companhia determinar.

Existem diversos tipos de debêntures disponíveis no mercado. As principais são:

  • comuns;
  • conversíveis;

As debêntures comuns são aquelas em que a rentabilidade acontecerá no vencimento de acordo com as regras do título. No caso das conversíveis, é possível que elas se tornem ações da empresa no futuro. Isto é, o investidor sai da renda fixa e entra na renda variável.

Por sua vez, as debêntures incentivadas são títulos que levantam recursos para projetos de infraestrutura da empresa — como construção de rodovias. Por esse motivo, os rendimentos desse tipo de aplicação são isentos de IR.

Quanto à segurança, as debêntures não têm proteção do FGC. Portanto, elas podem ser investimentos mais arriscados, mas tendem a ter um maior potencial de retorno.

6.      Ações

Na renda variável, as ações são um dos principais tipos de investimentos financeiros. Elas permitem que o investidor se torne um sócio de empresas de capital aberto listadas na bolsa de valores.

A partir do investimento, você será um acionista da companhia. Ou seja, estará se expondo aos resultados dela — sejam eles positivos ou negativos.

Geralmente, os ganhos desse investimento podem acontecer de duas maneiras principais: valorização ou renda passiva. No primeiro cenário, o objetivo é vender os papéis quando eles aumentam de preço — o que gerará lucros para sua carteira.

Já com a renda passiva, seu intuito é receber proventos da organização. Os tipos mais comuns são os dividendos, que representam uma parcela do lucro líquido da empresa, e os juros sobre capital próprio (JCP).

Antes de avançar com o investimento em ações para o longo prazo, é interessante fazer análises fundamentalistas da empresa. A prática permite que você conheça os principais indicadores financeiros da organização. Ademais, vale fazer projeções sobre o setor em que ela atua para auxiliar na decisão.

7.      ETFs

Os exchange traded funds (ETFs) são outro tipo de investimento negociado na bolsa de valores. Eles consistem em fundos de investimento de gestão passiva e que replicam a performance de um indicador do mercado financeiro.

Para entender melhor, considere o exemplo do Ibovespa (IBOV), principal índice da bolsa brasileira, a B3. Esse benchmark conta com as ações mais negociadas no Brasil em sua carteira teórica e funciona como um termômetro para todo o mercado.

Nesse sentido, um ETF que segue o IBOV pode investir nos mesmos papéis para estruturar seu portfólio. Assim, seus cotistas terão um resultado igual ou similar às variações do indicador. Por esse motivo, os ETFs também são chamados de fundos de índice.

Existem muitos ETFs em negociação na bolsa brasileira com exposição a diversos tipos de benchmark — inclusive de outros países. Dessa maneira, os fundos de índice podem ser uma alternativa para acessar o mercado internacional de maneira mais prática.

8.      BDRs

Os brazilian depositary receipts (BDRs) são um tipo de investimento com lastro em um ativo estrangeira. A negociação acontece na B3 e eles também são conhecidos como certificados de depósito de valores mobiliários.

Para que exista a negociação deles na bolsa, uma instituição depositária brasileira compra as alternativas no mercado internacional. Elas podem ser ações de empresas, cotas de ETFs e até títulos de renda fixa (bonds).

A instituição então mantém os investimentos sob custódia e emite os certificados lastreados. Com isso, os investidores brasileiros podem contar com uma oportunidade mais fácil para se expor ao mercado internacional e dolarizar seu patrimônio.

9.      Fundos imobiliários

O mercado de imóveis no Brasil desperta interesse em muitos investidores. Nesse sentido, uma alternativa mais acessível para se expor a ele, via bolsa de valores, pode ser os fundos de investimento imobiliário (FIIs).

Eles são um tipo de veículo coletivo com exposição ao setor nacional de imóveis. Esses fundos podem ser de tijolo, papel ou de fundos (FOFs). A primeira opção investe em empreendimentos físicos, como shopping centers e hotéis.

Já os fundos de papel montam o portfólio com títulos do setor, como CRIs e LCIs. Por sua vez, os FOFs são fundos que compram as cotas de outros FIIs.

Além de serem uma forma mais prática de investir no mercado de imóveis, os fundos imobiliários também se destacam pelo repasse de dividendos. Isso acontece porque os FIIs devem distribuir, pelo menos, 95% dos seus lucros semestralmente entre os cotistas.

Como você acompanhou, o mercado oferece diversos tipos de investimentos financeiros. Depois de saber quais são 9 das principais alternativas, vale analisar o funcionamento de cada uma para encontrar aquelas mais adequadas para sua estratégia.

Quer conhecer mais oportunidades do mercado financeiro? Saiba o que são investimentos alternativos e quando vale a pena tê-los na carteira!

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