Títulos públicos: o que são, como funcionam e como investir?

Na hora de investir em renda fixa, é essencial saber o que são os títulos públicos. Afinal, eles estão entre as principais aplicações do mercado financeiro e podem fazer parte de portfólios com diferentes características.

Mas, para decidir se vale a pena investir nos títulos federais, é indispensável conhecer como eles funcionam e quais são os tipos existentes. Além disso, é importante compreender como aplicar os recursos nesse tipo de investimento.

Neste artigo, você saberá o que são os títulos públicos e como é possível incluí-los em sua estratégia de alocação. Confira!

O que são títulos públicos e como funcionam?

Os títulos públicos federais são aplicações de renda fixa que visam emprestar recursos para o Governo Federal. Eles são emitidos pelo Tesouro Nacional e são negociados em uma plataforma conhecida como Tesouro Direto.

Em relação ao funcionamento, esses títulos são semelhantes a outras opções de renda fixa. Logo, o investidor que os adquire se torna uma espécie de credor do emissor. Em troca, ele recebe uma rentabilidade com condições conhecidas previamente.

Sobre a segurança, os títulos públicos têm o chamado risco soberano. Eles são inteiramente garantidos pelo Tesouro — e o Governo é a instituição mais estável de um país. Desse modo, os títulos emitidos por ele são os investimentos de menor risco do mercado.

Já em relação à cobrança de imposto, todos os títulos federais são tributados pelo Imposto de Renda (IR). A alíquota depende do período de aplicação, de acordo com a tabela regressiva de IR.

Veja:

  • até 180 dias: 22,5%;
  • de 181 a 360 dias: 20%;
  • de 361 a 720 dias: 17,5%;
  • acima de 720 dias: 15%.

Quais são os principais tipos de títulos públicos?

Agora que você entende as características gerais dos títulos públicos, vale a pena saber quais são os tipos existentes, segundo as regras de rentabilidade. Assim, há como escolher o que é mais adequado para as suas necessidades.

Na sequência, descubra quais são os principais títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto!

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado tem um rendimento definido por uma taxa fixa conhecida antes da realização da aplicação. Ao selecionar essa alternativa, você sabe exatamente o quanto poderá resgatar, caso leve até o título até o vencimento.

Além do tipo principal, que paga os rendimentos no momento do vencimento, existe o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. Nesse cenário, é possível receber a rentabilidade de maneira periódica, sem precisar se desfazer do título.

Ademais, vale saber que nem sempre você precisa deixar o dinheiro investido até o prazo final. Isso porque todos os títulos federais têm liquidez diária. Ou seja, o Governo recompra o título, caso você queira resgatar antecipadamente.

Porém, os títulos prefixados sofrem o efeito da marcação a mercado. Esse é um mecanismo de precificação diária das aplicações, fazendo com que o preço varie antes da data de vencimento. Portanto, se você decidir resgatar o Tesouro Prefixado antecipadamente, pode ter perdas.

Tesouro Selic

Já o Tesouro Selic tem retorno do tipo pós-fixado. No caso, a rentabilidade é dada pela variação da Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Então, em momentos de alta da Selic, o retorno do título se torna maior.

Ainda, vale saber que o Tesouro Selic é considerado o investimento mais conservador do mercado. Como ele não sofre impacto da marcação a mercado, pode ser resgatado a qualquer momento sem perdas.

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA é um título público do tipo híbrido. Ele tem uma rentabilidade composta por uma porção prefixada mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa característica faz com que o Tesouro IPCA seja um título atrelado à inflação.

Logo, ao levar a aplicação até o vencimento, você pode proteger os recursos alocados da perda de poder de compra causada pela inflação. Mas no resgate antecipado existe o efeito da marcação a mercado. Então só é possível garantir o retorno acordado se ele for levado até o prazo final.

Como no Tesouro Prefixado, também existem títulos de Tesouro IPCA com Juros Semestrais. Considerando que geralmente essas aplicações são de longo prazo, eles podem ser uma alternativa para quem deseja obter parte do retorno antes da data de vencimento.

Para quem os títulos públicos são indicados?

Como você viu até aqui, os títulos públicos são investimentos de renda fixa que apresentam condições versáteis de prazo e retorno. Por isso, eles podem ser adequados a investidores com diferentes necessidades e estratégias.

Os títulos públicos servem, por exemplo, para quem é mais conservador. Por serem de renda fixa e terem risco soberano, eles oferecem mais proteção do que outras opções do mercado. Além disso, podem ser adequados para determinados objetivos de investidores moderados e arrojados.

O Tesouro Selic pode ser útil na hora de compor a reserva de emergência, por exemplo. Por unir segurança e liquidez diária, ele permite que você mantenha seu dinheiro rendendo, mas disponível para o uso conforme suas necessidades.

Já o Tesouro IPCA pode servir para quem deseja proteger a carteira de investimentos contra a inflação, especialmente em objetivos de médio e longo prazo. Por exemplo, ele é muito buscado por quem pretende se preparar para a aposentadoria.

Como investir em títulos públicos?

Caso você tenha interesse em investir em títulos públicos, vale a pena começar pensando no seu perfil de investidor. Embora haja alternativas para todos os níveis de tolerância ao risco, o primeiro passo é pensar na segurança que você procura para identificar qual pode ser a melhor aplicação.

Outro ponto a considerar é a definição dos objetivos financeiros. Como você viu, cada título serve a propósitos diferentes. Então é interessante saber quais são as expectativas sobre o seu portfólio para escolher as aplicações que se alinham a elas.

Para investir na prática, você deve abrir conta em um banco de investimentos. Então é possível acessar a plataforma do Tesouro Direto e escolher o título do seu interesse, determinando o quanto deseja aplicar.

Agora que você sabe o que são os títulos públicos, há como definir quais aplicações podem compor sua carteira. Com a ajuda de uma instituição financeira adequada, será possível realizar os aportes sem dificuldades.

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