Bolsa de valores: como começar a investir?

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Os brasileiros se interessam cada vez mais pelo mercado de capitais. Pensando nisso, você sabe como investir na bolsa de valores? Entender esse processo é fundamental para quem deseja obter resultados com a renda variável, principalmente investidores iniciantes.

Isso porque essa classe de investimentos envolve riscos que devem ser considerados antes de escolher um ativo para compor a sua carteira. Além disso, saber como investir nesse ambiente amplia a sua visão e pode ajudar a encontrar melhores oportunidades para a sua estratégia.

Quer aprender como investir na bolsa de valores? Continue a leitura e confira as principais informações sobre o assunto!

O que é a bolsa de valores?

A bolsa de valores consiste em um mercado organizado em que investidores podem negociar uma série de ativos e derivativos financeiros. Nela, é possível comprar e vender, por exemplo, ações, cotas de fundos, opções e outras alternativas.

Para funcionar, a bolsa de valores prevê diversas normas que as empresas, os profissionais e os bancos de investimentos precisam atender. Assim, o regulamento busca criar um ambiente seguro para que o investidor possa realizar suas movimentações.

Vale saber que a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão) é a única bolsa de valores em atuação no Brasil. Ela surgiu a partir da fusão entre BM&FBovespa e Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). Em 2022, ela era considerada a maior bolsa da América Latina e uma das maiores do planeta.

Como ela funciona?

Após saber o que é uma bolsa de valores, é importante entender como ela funciona. Nesse sentido, é preciso saber que ela possui diferentes mercados: à vista, a termo, futuro e de opções.

A seguir, saiba mais sobre cada um deles!

Mercado à vista

O mercado à vista é o principal e mais conhecido entre todos. Nele, os processos de compra e venda acontecem com o preço praticado no momento. Dessa forma, o comprador emite uma ordem de compra e o vendedor recebe a quantia acordada com liquidação em poucos dias úteis.

Mercado a termo

No mercado a termo, os investidores negociam o preço à vista e o prazo futuro para finalizar a operação. Por esse motivo, são acrescidos os juros ao valor final da compra. Além disso, o comprador precisa ter uma parcela do valor da transação disponível em sua conta para cobrir a chamada margem de garantia.

Mercado futuro

Por sua vez, no mercado futuro são negociados os derivativos que permitem o posicionamento em relação ao preço futuro de um ativo. Assim, os operadores podem se posicionar de forma comprada ou vendida para acompanhar os movimentos, obtendo lucros ou prejuízos conforme as oscilações de preços.

Mercado de opções

Por fim, no mercado de opções, são negociados derivativos que garantem o direito de comprar ou vender ativos por um preço pré-determinado. Dessa forma, quando o prazo se encerra, o tomador pode decidir se deseja ou não exercer o direito.

Por outro lado, o lançador da opção será obrigado a fazer a compra ou a venda do ativo, caso o tomador exerça a opção.

O que é negociado na bolsa de valores?

Como você viu, na bolsa de valores são negociados diversos investimentos e instrumentos financeiros. Como eles apresentam funcionamento distintos, é imprescindível conhecê-los para entender quais podem se encaixar na sua estratégia.

Veja!

Ações

Na bolsa de valores, os ativos mais conhecidos são as ações, que representam a menor fração do capital social das organizações. Assim, quando uma empresa passa por uma oferta pública inicial (IPO), seus papéis ficam à disposição para compra e venda na bolsa de valores.

Vale saber que, ao comprar uma ação, o investidor se torna um acionista — e terá direito aos eventuais repasses de lucro via dividendos.

ETFs

Os exchange traded funds (ETFs), também chamados fundos de índice, são veículos financeiros formados pelo capital de diversos investidores. Assim, ele funciona como um condomínio de investimentos, gerido por um gestor que realiza os aportes conforme a política do fundo.

Nesse sentido, a principal característica de um ETF é acompanhar o desempenho de um índice de mercado. Para isso, o gestor aloca os recursos nas mesmas alternativas e em proporções semelhantes à carteira teórica do indexador.

BDRs

Os brazilian depositary receipts (BDRs) consistem em certificados emitidos no Brasil, mas lastreados em ativos internacionais, como ações e ETFs. Nesse caso, uma instituição depositária faz a compra dos investimentos no exterior e emite os BDRs para serem negociados na B3.

Dessa maneira, essa alternativa pode ser interessante para quem deseja se expor ao mercado internacional sem precisar abrir contas em outros países.

FIIs

Assim como os ETFs, os fundos imobiliários (FIIs) são um tipo de fundo de investimento, mas investem no mercado de imóveis. Nesse contexto, eles podem ser subdivididos conforme o seu foco de alocação, sendo:

  • fundos de papel: títulos do mercado imobiliário;
  • fundos de tijolo: imóveis físicos — como condomínios e prédios comerciais;
  • fundos de fundos (FOFs): cotas de outros FIIs.

Vale saber que, no Brasil, os fundos imobiliários são obrigados a repassar semestralmente, pelo menos, 95% de seus eventuais lucros.

Derivativos

Como você viu, os derivativos financeiros são contratos que derivam de um ativo. Esse tipo de negociação é geralmente buscado por pessoas que querem proteger sua carteira ou fazer especulação de mercado, com foco em obter lucros no curto prazo.

Como começar a investir na bolsa de valores?

Agora que você conhece as principais formas de negociar na bolsa de valores, é o momento de descobrir como começar a investir nesse ambiente. Nesse sentido, é sempre importante destacar que, antes de fazer qualquer tipo de investimento, você deve entender o seu perfil de investidor.

Essa questão se refere aos riscos que você está disposto a enfrentar ao investir. No caso da bolsa de valores, como as alternativas são de renda variável, não há garantias de retornos positivos. Assim, esses investimentos costumam atrair investidores moderados e arrojados.

Ademais, é necessário definir os seus objetivos e prazos. Isso significa entender os resultados que você pretende atingir com os investimentos para ter mais clareza ao avaliar as alternativas disponíveis.

Outro ponto a considerar é a diversificação da carteira. Essa é uma estratégia que pode trazer mais segurança para o portfólio. Afinal, ao adicionar ativos expostos a diferentes condições de mercado, é possível equilibrar os riscos e otimizar o potencial de rendimentos.

Por fim, para se sentir mais seguro para assumir os riscos da bolsa, é fundamental ter uma reserva financeira. Trata-se de um montante que deve ficar em segurança, evitando que você precise resgatar os investimentos da bolsa em caso de imprevisto financeiro.

Neste artigo, você conheceu quais ativos e derivativos são negociados na bolsa de valores e aprendeu como começar a investir nesse ambiente. Assim, foi possível obter informações que podem ajudá-lo a entender se os ativos, fundos e derivativos são escolhas alinhadas ao seu perfil e objetivos.

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