Receber proventos por meio de investimentos pode ser um objetivo para muitas pessoas que operam no mercado financeiro. Nesse sentido, ao investir em cotas de ETF (exchange traded fund, ou fundo de índice), é frequente o investidor desejar saber se ele paga dividendos.
Esse tipo de pagamento pode contribuir para estratégias focadas em obter renda passiva ou ampliar o patrimônio. Portanto, se você tem essa meta, vale a pena conhecer alternativas adequadas para quem busca ganhos regulares.
Neste artigo, você saberá se é possível receber dividendos investindo em ETF, além de obter outras informações sobre os fundos de índice. Acompanhe!
O que são e como funcionam os ETFs?
Antes de saber se os ETFs pagam dividendos, é preciso entender mais sobre a alternativa. Eles são fundos de investimentos, uma modalidade coletiva em que há um portfólio compartilhado, movimentado por um gestor profissional.
O ETF tem como finalidade replicar um índice do mercado. Assim, a gestão seleciona as alternativas da carteira teórica do indicador, buscando se aproximar ao máximo do seu desempenho. Os veículos do tipo podem acompanhar índices nacionais e internacionais.
Desse modo, o investidor tem uma exposição indireta às alternativas da carteira do índice, comprando cotas do fundo negociadas nas bolsas de valores. Também vale destacar que os ETFs contam com uma taxa de administração, que remunera a operação.
Os fundos de índice são tributados pelo Imposto de Renda (IR), mas as regras variam conforme seu país de origem. ETFs nacionais seguem regras específicas, conforme o tipo de indicador seguido — que pode ser de renda fixa ou variável.
Já em ETFs internacionais, o investidor deve considerar a tributação de investimentos no exterior. Ainda, podem existir regras distintas em relação ao imposto sobre o ganho de capital e na distribuição de dividendos.
ETF paga dividendos?
Agora que você sabe o que são e como funcionam os ETFs, é o momento de descobrir se há como receber dividendos ao investir nessas alternativas. Você aprendeu que nos fundos de índice a exposição aos ativos do portfólio é indireta.
Então eventuais proventos nem sempre são pagos diretamente ao investidor. O repasse é comum em alguns países, como os Estados Unidos. Já no Brasil, até 2023, o veículo não distribuía dividendos aos seus cotistas.
Quando ocorria o pagamento do provento por parte dos ativos da carteira, o dinheiro era reinvestido no fundo, aumentando o seu patrimônio. Mas, ao fim daquele ano, começaram a surgir no Brasil os ETFs que pagam dividendos, após liberação em ofício emitido pela bolsa de valores brasileira (B3).
Desde então, esse tipo de pagamento se tornou mais frequente no mercado financeiro. A característica tende a atrair o interesse de quem tem a estratégia focada em ter ganhos periódicos, por exemplo.
Portanto, os ETFs podem pagar dividendos, apesar de a prática ser mais recente no mercado brasileiro em relação ao americano. Logo, você deve verificar as regras do fundo antes de fazer o aporte para saber se o veículo pesquisado faz o repasse dos proventos.
Como funciona o pagamento de dividendos em ETFs?
Agora que você sabe que há ETFs que pagam dividendos, vale a pena entender como a distribuição funciona. As empresas presentes no portfólio do fundo de índice podem realizar o pagamento dos proventos aos seus acionistas.
Quando isso acontece, os ETFs que preveem o repasse de dividendos distribuem a quantia entre os seus cotistas de forma proporcional à sua participação no fundo. No entanto, cabe observar que as datas de pagamento não costumam ser as mesmas nas quais as empresas fazem a distribuição.
O motivo é que o pagamento simultâneo ficaria fragmentado. Então é mais comum que o ETF determine a frequência na qual o dinheiro é pago aos seus cotistas.
Vale a pena investir em ETFs que pagam dividendos?
Após conhecer mais sobre a possibilidade de investir em um ETF que paga dividendos, você pode desejar saber se vale a pena adicionar a alternativa à sua carteira. Chegar à resposta demanda analisar alguns fatores.
Confira!
Perfil de investidor
O primeiro aspecto a verificar antes de realizar o investimento é a adequação ao seu perfil de investidor. Os ETFs tendem a ficar expostos aos riscos de mercado, podendo proporcionar ganhos mais expressivos — mas também gerar prejuízos à carteira.
Desse modo, eles devem estar alinhados à sua tolerância aos riscos para proporcionar uma alocação consciente. Se você é um investidor conservador, talvez prefira alternativas com menos exposição à volatilidade.
Já investidores com perfil moderado ou arrojado costumam se sentir mais confortáveis com a possibilidade de oscilações dos ETFs, em troca de retornos mais elevados.
Adequação à estratégia
Para saber se vale a pena investir em ETFs, também é necessário entender se eles se adequam à sua estratégia de investimento e aos seus objetivos financeiros. A razão é que eles tendem a priorizar a distribuição de lucros, em vez de reinvestir no crescimento.
Logo, essas alternativas são válidas para quem está buscando uma fonte de renda passiva, desde que se verifique a ocorrência da distribuição de proventos dos fundos. Inclusive, a partir de ETFs que pagam dividendos, você tem a oportunidade de se expor a alternativas atreladas ao dólar.
O mercado americano tem uma variedade maior de ETFs que distribuem proventos em comparação com a B3. Portanto, existe a possibilidade de investir diretamente em fundos de índice dos EUA por meio de uma conta internacional, como a da XP Investimentos.
Composição da carteira
Por fim, verifique a composição geral da carteira para ver como os ETFs que pagam dividendos conseguem se enquadrar. Muitos investidores buscam ter um portfólio diversificado para equilibrar os resultados, então vale a pena checar como os fundos de índice se adequam à abordagem.
Para ter uma carteira eficiente, você pode contar com auxílio profissional. A assessoria de investimentos consegue ajudar a definir uma estratégia alinhada com os seus objetivos no mercado financeiro, respeitando as suas necessidades.
Como visto, tanto no mercado financeiro brasileiro quanto no internacional você encontra ETF que paga dividendos. Apesar de ser uma possibilidade mais recente no Brasil, a tendência é que haja uma expansão na oferta, aumentando as alternativas para o investidor obter renda passiva.
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