Investir no agronegócio é uma maneira de destinar parte do seu portfólio a um dos principais setores da economia brasileira. Mas como fazer isso? Existem diferentes possibilidades no mercado financeiro, tanto na renda fixa quanto na renda variável.
Porém, antes de realizar aportes em uma dessas alternativas, é essencial ampliar os seus conhecimentos sobre elas. Nesse processo, o apoio de uma assessoria de investimentos pode ser um diferencial, esclarecendo dúvidas sobre os ativos.
Quer saber quais são as principais formas de investir no agronegócio? Continue a leitura deste artigo!
O que é o agronegócio?
O agronegócio é uma área da economia que abrange todas as atividades relacionadas à produção, processamento e distribuição de produtos agrícolas e pecuários. Ele engloba uma ampla cadeia de operações e serviços, incluindo:
- criação de animais;
- cultivo de matérias-primas, como cana-de-açúcar, café, milho e soja;
- transformação de produtos em alimentos e outros bens;
- comercialização desses produtos.
Além de ser um setor que garante a produção de alimentos essenciais para a população, o agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira. Ele contribui significativamente para o PIB (Produto Interno Bruto) do país, para a geração de empregos e para a balança comercial.
Ainda, vale ressaltar que o agro é uma opção para você tornar a sua carteira mais diversificada. Ele oferece a possibilidade de aumentar os seus ganhos no mercado financeiro e até de se proteger da inflação.
Afinal, como investir no agronegócio?
Agora que você já conhece melhor a atuação e a importância do mercado agrícola, conheça as principais opções de investimentos para alocar parte do seu portfólio a esse setor!
LCA
Uma aplicação de renda fixa disponível no mercado financeiro para investir no agronegócio é a LCA (letra de crédito do agronegócio). Trata-se de um título emitido por instituições financeiras cujo funcionamento é semelhante ao de um empréstimo.
Ao fazer aportes nesse investimento, você está disponibilizando o seu dinheiro para uma instituição financeira que usará o capital para financiar atividades ligadas ao setor agro. Em troca, ela pagará determinada taxa de juros sobre o montante que você investiu.
Vale ressaltar que a LCA é considerada uma aplicação segura, por contar com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), e tem isenção de IR para pessoa física. Além disso, ela pode ser encontrada no mercado com diferentes tipos de rentabilidade: pós-fixada, prefixada ou híbrida.
Na rentabilidade pós-fixada, a LCA costuma remunerar conforme a variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Já na prefixada, você já sabe exatamente o rendimento da aplicação, pois ele é apresentado em um percentual anual.
Por sua vez, a rentabilidade híbrida tem uma taxa pós-fixada e outra prefixada. Nesse caso, a aplicação costuma render a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), mais uma taxa fixa. Por exemplo, IPCA + 3,8% ao ano, IPCA + 4,5% a.a. etc.
Apesar dessas características, é válido observar que a liquidez das LCAs também não costuma ser muito alta. Também é preciso considerar a carência da alternativa — esse é o tempo em que não é possível fazer o resgate antecipado. O período é de, pelo menos, 9 meses.
CRA
O CRA (certificado de recebíveis do agronegócio) é mais um título de renda fixa atrelado ao agronegócio. Ele é semelhante às LCAs quanto às formas de remuneração, podendo ser emitido por securitizadoras e representando direitos de crédito de empresas que atuam nesse setor.
Entre as suas principais características, estão o maior potencial de rentabilidade e a isenção de IR (Imposto de Renda) sobre os lucros para pessoas físicas. Entretanto, a sua liquidez costuma ser mais baixa e não há a proteção do FGC ao investir nessa alternativa.
Justamente por não ter essa proteção, o rendimento dos CRAs costuma ser mais elevado — por ter um risco maior. Por isso, se você for realizar aportes nesse título, é fundamental verificar se ele está alinhado ao seu perfil de investidor e objetivos.
Ações de empresas do setor
Como explicado, além de alternativas de investimentos em renda fixa, há oportunidades na renda variável para investir no agronegócio. É o caso, por exemplo, das ações de empresas que atuam nesse setor.
Na B3, a bolsa de valores brasileira, existem diversas companhias ligadas a essa área, como:
- BrasilAgro (AGRO3);
- Camil (CAML3);
- JBS (JBSS3);
- M. Dias Branco (MDIA3);
- Marfrig (MRFG3);
- Minerva Foods (BEEF3);
- São Martinho (SMTO3);
- SLC Agrícola (SLCE3).
Tenha em mente que essas empresas não são recomendações de investimento, mas apenas exemplos a serem considerados. É importante que você estude cada possibilidade e considere as suas características de investidor para decidir se faz sentido incluí-las na sua carteira.
Os principais pontos de investir em ações de empresas atreladas ao agronegócio é o potencial de retornos que esses ativos costumam oferecer. Ademais, há a possibilidade de pagamento de proventos.
Outra questão é que os papéis de empresas do agronegócio costumam ter alta liquidez — definida principalmente pela lei da oferta e demanda. Apesar dessas características, vale ressaltar que esses investimentos são mais arriscados e voláteis.
Fiagros
A renda variável oferece mais uma alternativa para você investir e expor parte do seu portfólio ao agronegócio: os Fiagros (fundos de investimento em cadeias agroindustriais). Eles são um tipo de fundo que foi criado para fomentar o desenvolvimento do setor no país.
Os Fiagros são semelhantes aos FIIs (fundos imobiliários), mas eles podem investir em aplicações, propriedades, maquinários e ativos relacionados ao agronegócio. Esse investimento também conta com um gestor profissional, e é negociado na bolsa de valores brasileira.
Mais um ponto é que os Fiagros geralmente pagam dividendos aos seus cotistas e possuem estratégias específicas — alguns fundos são mais conservadores, outros, mais arriscados. Por isso, é fundamental analisar cada alternativa antes de fazer aportes.
Como você viu, investir no agronegócio é possível por meio de diferentes investimentos no mercado financeiro. Cada alternativa tem diferentes características, vantagens e riscos. Portanto, cabe a você analisar esses aspectos, considerando o seu perfil e as suas metas, para tomar decisões.
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