Os índices de mercado são ferramentas importantes para os investidores. Afinal, eles permitem acompanhar um setor ou todo o ambiente de investimentos, apresentando informações de forma simples. Nesse sentido, o Ibovespa é um dos indicadores mais conhecidos.
Portanto, como esse é um dos principais índices da renda variável, acompanhá-lo é essencial para quem investe na bolsa. Porém, antes de utilizá-lo, convém entender como ele funciona e o que de fato ele representa.
Neste artigo você conhecerá a composição do Ibovespa e como são feitas as alterações ao longo do tempo. Confira!
O que é o Ibovespa?
Também chamado de Índice Bovespa ou IBOV, o Ibovespa é um dos principais indicadores da B3, a bolsa de valores brasileira. Ele é formado por uma carteira teórica de ações periodicamente atualizada e representativa do mercado acionário brasileiro.
Para que serve esse índice?
Em termos de utilidade, o Ibovespa é o mais importante índice do mercado acionário brasileiro. Ele serve, principalmente, como um termômetro de mercado e seu desempenho é comumente usado como sinônimo de performance de toda a bolsa.
Então, dizer que a bolsa brasileira caiu ou subiu, normalmente, significa dizer que o Ibovespa se movimentou para baixo ou para cima. Isso acontece porque a carteira teórica dele é formada pelas ações mais relevantes do mercado.
Além disso, o Ibovespa serve como benchmark para diversos fundos de investimentos e carteiras individuais. Assim, pode ser uma forma de investidores saberem se sua carteira de ações tem performance melhor ou pior que o IBOV, por exemplo.
Ele também é utilizado como referência de fundos de índice. Logo, é possível encontrar diferentes ETFs que visam a reproduzir a carteira teórica e a alcançar um desempenho equivalente ao índice.
Como funciona o Ibovespa?
Como a maioria dos índices de mercado, o Ibovespa é composto por uma carteira teórica, montada a partir de critérios definidos. Desse modo, para uma ação fazer parte do IBOV, ela deve apresentar as seguintes características:
- estar, em ordem decrescente, entre os ativos que representem 85% do Índice de Negociabilidade (IN);
- marcar presença em, pelo menos, 95% dos pregões das últimas 3 carteiras;
- ter participação de volume financeiro igual ou maior a 0,1% no mercado à vista;
- não ser classificada como penny stock — ou seja, deve estar cotada acima de R$ 1,00.
No caso das empresas que abriram capital por meio de uma oferta pública inicial (IPO), a estreia na bolsa deve ter acontecido antes do rebalanceamento anterior. Além disso, a ação deve ter 95% de presença nos pregões desde a estreia e atender às outras condições apresentadas.
Vale destacar que também existem critérios de exclusão para considerar. Ficam excluídos do índice os certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs) e também ativos de empresas que estejam em:
- recuperação judicial ou extrajudicial;
- regime especial de administração temporária;
- regime de intervenção;
- situação especial de listagem, qualquer que seja.
Em relação ao peso de cada ativo, ele é calculado com base na porcentagem de ações em circulação (free float) e no volume de negociação, que origina a liquidez. Com isso, existem ativos com maior participação na composição do Ibovespa que outros.
No entanto, nenhuma ação pode ter mais que 20% de participação. Ainda, é interessante saber que os pontos do Ibovespa representam o custo para adquirir lotes padrões de todas as empresas que compõem o índice.
Portanto, se o índice está em 100 mil pontos, significa que é necessário R$ 100 mil para comprar todos os papéis na proporção da carteira teórica.
Quais ações costumam fazer parte do índice?
Como você viu, a composição da carteira do Ibovespa depende do desempenho das ações e do atendimento aos critérios definidos. Contudo, existem papéis que se destacam pela participação no índice e por se manterem ao longo de sucessivos rebalanceamentos.
Em outubro de 2021, por exemplo, essas eram algumas das mais representativas ações desse índice da bolsa de valores:
- Vale (VALE3)
- Petrobras (PETR4);
- Itaú Unibanco (ITUB4);
- Petrobras (PETR3);
- Bradesco (BBDC4);
- B3 (B3SA3);
- Ambev (ABEV3);
- WEG (WEGE3);
- Itaúsa (ITSA4);
- JBS (JBSS3).
Vale notar que não existe um número mínimo ou máximo de ações no Ibovespa. Por exemplo, após o rebalanceamento de setembro de 2021, 96 ativos faziam parte da carteira teórica. Porém, na composição anterior, o IBOV contava com 82 ações.
Então é necessário acompanhar a carteira para conferir os papéis que se destacam e a composição atualizada.
Quando ocorrem mudanças na composição do Ibovespa?
De acordo com a metodologia da B3, o rebalanceamento do Ibovespa acontece a cada quatro meses. Os ajustes acontecem na primeira segunda-feira de janeiro, de maio e de setembro.
Esse balanço serve para garantir que o índice reflita as condições gerais do mercado e os ativos mais importantes da B3. Logo, conforme as empresas ganham ou perdem valor de mercado, ocorrem mudanças na participação dos ativos.
Também pode haver a entrada e a saída de ações, dependendo dos resultados que apresentem no período entre os rebalanceamentos.
Para acompanhar as atualizações, conhecer o histórico e conferir a composição do Ibovespa hoje, é interessante visitar a página do índice no site da B3. Nela, é possível se aprofundar na metodologia e verificar todas as características da carteira.
Por que é importante acompanhar o Índice Bovespa?
Para os investidores, conhecer a composição do Ibovespa e conferir sua evolução pode ajudar na tomada de decisão. Essa é uma forma de avaliar o estado geral do mercado acionário, o que pode auxiliar a definir quando e como investir em ações.
Como foi possível aprender, ele também pode ser usado como benchmark. Então, você pode usar o indicador como uma referência do desempenho geral do próprio portfólio. Se for o caso, há chances de utilizar o índice para fazer ajustes na carteira visando otimizar a performance.
Se desejar recorrer aos fundos de investimento, você pode buscar ETFs (fundos de índice) que repliquem a carteira de ações do Ibovespa. Ao acompanhar o índice, saberá quais serão as mudanças feitas no portfólio do fundo.
Você aprendeu que a composição do Ibovespa envolve as ações mais negociadas e representativas do mercado brasileiro. Por sua importância, vale a pena acompanhar o índice e até mesmo utilizá-lo para embasar certas decisões de investimento na renda variável.
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