Quanto rende 500 mil na poupança? Descubra!

A poupança é o investimento mais adotado no Brasil, pois oferece segurança e praticidade, além de uma rentabilidade garantida. Quando se tem uma quantia disponível, essa parece ser uma alternativa para preservar seu valor. Porém, pode não ser a opção mais rentável.

Você já calculou quanto rende R$ 500 mil na poupança, por exemplo? Esse é um montante significativo e pode evidenciar os limites da caderneta. Dessa forma, é importante saber quais são as vantagens e desvantagens da aplicação — conhecendo opções que podem ser mais interessantes.

Neste artigo, você compreenderá como funciona a caderneta de poupança. Ainda, verá outros investimentos que podem atender melhor às necessidades de quem tem R$ 500 mil ou mais para investir.

Vamos lá?

Como funciona a caderneta de poupança?

Primeiramente, é preciso saber que existem duas classes de investimentos: a renda fixa e a renda variável. A poupança faz parte da renda fixa, que tem como característica oferecer maior previsibilidade em relação ao desempenho.

Logo, essa classe permite que você saiba as regras da rentabilidade ao fazer o aporte. Desse modo, ela oferece garantias importantes, tendo destaque no quesito segurança. A poupança é muito popular no Brasil também pela facilidade, já que funciona semelhante a uma conta bancária.

Entenda quais são as características desse investimento!

Segurança

Como você viu, a caderneta de poupança é considerada um investimento seguro. Além de a rentabilidade ser previsível, ela também tem a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que, caso o banco declare falência, o investidor pode receber seu dinheiro de volta.

O titular da conta tem a garantia de ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição financeira. Além disso, há um limite maior a ser usado em diferentes instituições — até R$ 1 milhão (renováveis a cada 4 anos).

Liquidez

A liquidez é um conceito central nos investimentos, pois indica o tempo necessário para fazer a conversão em dinheiro. Para alguns objetivos, pensar nesse aspecto é essencial. Afinal, quando a quantia for necessária, será preciso que chegue até você com facilidade.

Na poupança, a liquidez é diária. Isso significa que é possível resgatar o dinheiro na data da solicitação, sem a necessidade de esperar dias úteis. Geralmente, o saque é feito no caixa do banco ou em caixas 24h.

Ademais, a poupança pode ser atrelada à conta corrente, ter internet banking e cartão de débito. Essas características reforçam a sua praticidade.

Tributação

Os valores alocados na conta poupança são isentos do Imposto de Renda (IR), que incide sobre parte dos outros investimentos. Esse é mais um ponto que atrai a atenção de muitos brasileiros.

Como é calculada a rentabilidade da poupança?

O dinheiro que fica na poupança apresenta uma rentabilidade proporcional ao montante e ao tempo em que o dinheiro fica aplicado. A remuneração é acrescida mensalmente, tendo como referência a data em que o depósito foi realizado.

Dessa forma, se você injetar dinheiro em dias diferentes, os juros também surgirão em datas distintas. E, caso o resgate seja feito com menos de um mês, não haverá nenhum rendimento. Essa é uma desvantagem em relação a outros investimentos, que podem ter rentabilidade diária.

Outra particularidade da poupança é ter a mesma rentabilidade, independentemente da instituição escolhida. Ela segue a taxa básica de juros (Selic) mais a taxa referencial (TR).

Mas, afinal, quanto renda a poupança? A regra dos juros mudou em 2012, então é preciso considerar dois cenários para realizar os cálculos:

  • taxa Selic acima de 8,5% ao ano — rendimento é de 0,5% ao mês mais a taxa referencial (TR);
  • taxa Selic igual ou menor que 8,5% ao ano — rendimento de 70% da Selic mais a TR.

Assim, vale ressaltar que, desde 2017, a taxa Selic se mantém abaixo de 8,5% e a TR se mantém zerada. Nesse sentido, os juros da poupança têm se apresentado mais baixos — em muitos casos, sendo menor que a inflação.

A rentabilidade é uma das principais desvantagens da poupança. Afinal, o rendimento pode até mesmo ser inferior à inflação, sendo insuficiente para manter o valor de compra. Com isso, ela se torna uma das aplicações menos rentáveis do país.

Quanto rende R$ 500 mil na poupança?

Agora que você conhece as regras da poupança, vale entender quanto rende R$ 500 mil na caderneta. Para isso, é preciso avaliar a taxa básica de juros. Assim, é possível fazer uma simulação do valor — porém, ciente de que ele varia ao longo do tempo.

Veja como seria a rentabilidade em diferentes cenários!

Rendimento de R$ 500 mil na poupança com a Selic baixa

Em setembro de 2021, a Selic estava 5,25% ano (0,4375% ao mês). Nesse caso, a regra válida é de 70% da Selic mais TR — que está zerada. O resultado ficaria assim:

  • ao ano — 5,25 x 70% + TR = 3,675%. Isso significa que, em um ano, R$ 500 mil renderiam R$18.375;
  • ao mês — 0,4375 x 70% + TR = 0,306%. Assim, o montante aplicado renderia mensalmente R$ 1.531,25.

Ao final dos 12 meses, você teria acumulado um valor de R$ 518.375,00 mais os juros compostos — ou seja, o valor que os próprios juros teriam de rendimento.

Rendimento de R$ 500 mil na poupança com a Selic alta

Considerando um cenário em que a taxa Selic opera a mais de 8,5% ao ano, a poupança renderia 0,5% ao mês mais a TR. Uma simulação com a taxa referencial zerada ficaria da seguinte maneira:

  • ao ano — 0,5% x 12 (meses) + TR = 6%. Desse modo, em 12 meses o seu saldo seria de R$ 30.000;
  • ao mês — 0,5% + TR = 0,5%. Mensalmente, os R$ 500 mil renderiam R$ 2.500.

Assim, após 12 meses você teria uma soma de R$ 530 mil em sua conta, mais a ação dos juros compostos.

Existem alternativas de investimento além da poupança?

Depois de saber mais sobre as características da poupança e ver quando rende R$ 500 mil nela, você pode entender suas vantagens e desvantagens. Nesse sentido, também é válido saber quais são as alternativas que podem oferecer benefícios maiores — especialmente quanto à rentabilidade.

A classe da renda fixa, à qual a caderneta de poupança pertence, conta com muitos outros tipos de investimentos. Eles podem ser tão seguros quanto a poupança e mais rentáveis que ela. Ademais, existe a classe da renda variável — que oferece mais riscos e maior potencial de rentabilidade.

Conheça algumas alternativas de investimentos!

Títulos do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a plataforma do Tesouro Nacional em que são negociados os títulos federais. Dessa forma, você injeta dinheiro no Governo, financiando projetos, obras e dívidas do Estado. Em contrapartida, recebe a quantia de volta com juros.

Esses investimentos não têm a cobertura do FGC, mas são mais seguros que os emitidos por bancos. Isso porque o Governo é considerado uma instituição confiável. Assim, a garantia do Tesouro Nacional faz dos títulos públicos os mais seguros do mercado.

A plataforma apresenta alternativas com condições e prazos distintos. As principais opções são:

  • Tesouro Selic — a rentabilidade segue 100% a taxa Selic;
  • Tesouro Prefixado — a taxa de rendimento é fixada no momento do aporte;
  • Tesouro IPCA+ — é um título híbrido, pois a rentabilidade segue o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, que mede a inflação) acrescida de uma taxa prefixada.

Os títulos têm liquidez diária, porém é importante observar o prazo de vencimento. Em alguns casos, o resgate antes da data pode prejudicar a rentabilidade. Além disso, há incidência de IR sobre esses investimentos.

Ainda assim, eles têm o potencial de oferecer ganhos mais elevados em comparação com a poupança. Como semelhanças, oferecem alta liquidez e baixo risco. Assim, os títulos são uma alternativa muito buscada por quem deseja segurança com maior rentabilidade que a poupança.

CDB

Os certificados de depósito bancário (CDBs) também fazem parte da renda fixa. Como a poupança, eles são emitidos por bancos. Similarmente aos títulos do Tesouro Direto e a outras aplicações da mesma classe, funcionam como um empréstimo.

Esses títulos também podem ter a rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida. A liquidez e o prazo do investimento variam de acordo com o emissor e o prazo. Os CDBs têm a cobrança de IR, mas apresentam baixo risco pela cobertura do FGC.

LCI e LCA

Seguindo com as aplicações da renda fixa, você também pode encontrar letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA). Suas características são semelhantes às dos CDBs, porém os valores são destinados a esses setores especificamente.

Por conta disso, o aporte tende a ser mais alto e a liquidez é menor, beneficiando estratégias de médio e longo prazo. Os títulos também contam com a cobertura do FGC e oferecem a vantagem de isenção do IR. Dessa forma, a rentabilidade líquida pode ser mais elevada.

Fundos de renda fixa

Os fundos de investimentos são veículos coletivos para realizar aportes. Funcionam assim: um gestor profissional seleciona as melhores alternativas para compor o portfólio, conforme o objetivo daquele fundo. E o investidor participa dos resultados ao adquirir cotas.

Existem diversos fundos — e, entre eles, os que focam em títulos de renda fixa. Um exemplo são os fundos referenciados DI, que acompanham a taxa Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), apresentando liquidez diária.

Debêntures

As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas para fomentar seus projetos. Existem diversos tipos de debêntures, com condições diferentes. No tipo simples, incide a cobrança de IR. Já as debêntures incentivadas apresentam isenção.

Isso porque elas são destinadas aos projetos de infraestrutura de interesse público. Nesse caso, há um incentivo do Governo. As debêntures em geral não contam com cobertura do FGC. Portanto, há riscos considerados maiores do que os demais títulos.

Investimentos de renda variável

Além da renda fixa, se você tem R$ 500 mil ou mais e busca alternativas para ter a chance de receber melhores rendimentos que a poupança, é possível explorar as possibilidades da renda variável. Ela apresenta maiores riscos e maior potencial de ganhos.

Essa classe conta com diversos ativos que podem fazer parte da sua estratégia. Assim, pode ser interessante conhecer as alternativas para avaliar se elas combinam com seu perfil e investidor e objetivos.

Alguns exemplos de investimentos da renda variável são:

  • ações;
  • exchange traded funds (ETFs);
  • fundos de investimentos imobiliários (FIIs);
  • fundos de ações;
  • fundos cambiais;
  • fundos de ouro;
  • fundos multimercado.

Cada um deles tem regras e rentabilidades diferentes. Em geral, a renda variável beneficia estratégias de longo prazo — para reduzir riscos. Porém, também podem existir opções para investir em médio prazo, a depender das suas necessidades e objetivos.

Como escolher a melhor alternativa para investir?

Como você viu, existem muitas alternativas de investimentos além da poupança. Dentre tantas possibilidades, é preciso adotar critérios para selecionar as melhores para o seu planejamento pessoal.

Veja dicas para escolher com inteligência!

Conheça seu perfil de investidor

Um dos primeiros passos para começar a investir é conhecer o seu perfil de investidor. Essa é uma classificação que ajuda a identificar, principalmente, quanto risco uma pessoa está disposta a assumir no mercado financeiro.

Existem três perfis:

  • conservador — prefere a segurança e a previsibilidade quanto aos ganhos e geralmente aloca a maior parte dos investimentos na renda fixa;
  • moderado — é um investidor que tolera um pouco mais de riscos, se tiver a possibilidade de maior rentabilidade. Seus investimentos costumam estar equilibrados entre a renda fixa e a renda variável;
  • arrojado ou agressivo — esse investidor prioriza a rentabilidade, ainda que precise lidar com riscos maiores. Logo, normalmente tem a maior parte dos investimentos em renda variável.

Ciente do seu perfil, você poderá selecionar as melhores opções para a sua carteira de investimentos. Por isso, conhecê-lo é uma exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) — um dos órgãos fiscalizadores do mercado financeiro — para fazer os aportes.

Avalie seus objetivos financeiros

Os investimentos oferecem muitas opções de prazos e liquidez, que devem ser escolhidas conforme seus objetivos. Assim, ao selecionar os aportes é fundamental considerar suas metas de curto, médio e longo prazos.

Com isso, você saberá como alocar o seu dinheiro nas alternativas mais adequadas. Para fazer as escolhas com consciência, um bom caminho é investir em educação financeira e definir bem a suas metas.

Considere a diversificação da carteira

A diversificação dos investimentos é uma estratégia para mitigar os riscos dos aportes e aproveitar as boas oportunidades que o mercado oferece. Então, considere o valor que você tem e o divida em alternativas variadas.

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Saber quanto rende R$ 500 mil na poupança ajuda a avaliar se vale a pena aplicar o seu dinheiro nessa alternativa. Agora que você conhece mais opções de investimentos, também pode incluir algumas delas em sua estratégia e aproveitar as vantagens que oferecem!

Conheça também a diferença entre metas e objetivos para criar uma estratégia robusta de crescimento financeiro!

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