Direito de subscrição: como funciona e quais as vantagens?

Para investir no mercado financeiro, sobretudo na bolsa de valores brasileira (B3), você deve conhecer os diferentes meios de obter ganhos. Assim, sua carteira de investimentos poderá ser composta por ativos diversificados, potencializando as perspectivas de rendimento.

Além da possibilidade de valorização de papéis e cotas de fundos, o investidor tem a chance de se favorecer com a distribuição de proventos. Um deles é o direito de subscrição, que tende a ser uma forma de remuneração vantajosa para acionistas e cotistas de fundos imobiliários (FIIs).

Neste artigo, você aprenderá mais sobre o conceito e o funcionamento do direito de subscrição. Continue a leitura e entenda como esse provento pode beneficiar seu portfólio!

O que é direito de subscrição?

A obtenção de recursos financeiros é fundamental para as empresas, principalmente se elas desejam financiar novos projetos ou expandir sua participação no mercado. Uma estratégia utilizada por companhias listadas na B3 é a emissão de novas ações, visando o aumento do seu capital social.

Nesse cenário, os atuais acionistas da empresa são contemplados com o direito de subscrição. Previsto na Lei das Sociedades por Ações, esse provento oferece aos investidores de uma companhia ou cotistas de um FII a prioridade de compra sobre os novos papéis e cotas emitidas.

Desse modo, os investidores têm a possibilidade de adquirir os ativos para manter o seu percentual de envolvimento. Afinal, se eles não tivessem a preferência de compra sobre as novas cotas ou ações emitidas, a proporção das suas participações poderia ser diluída, certo?

Para entender melhor, considere o exemplo hipotético de um investidor que possui 20 ações de uma mesma empresa. Eles seriam equivalentes a 2% do capital dessa organização — ou seja, existem 1.000 papéis disponibilizados.

Se essa companhia emitir 100 novas ações para negociar na bolsa de valores, mas o investidor não adquirir uma parte proporcional desses papéis, sua participação diminuirá. Logo, o direito de subscrição concede a ele a preferência de comprar mais 2 ações — mantendo os seus 2% de participação.

Como esse direito funciona?

Agora que você aprendeu o que é o direito de subscrição, é o momento de entender como o processo de subscrição funciona. Dessa forma, você saberá agir quando estiver em um cenário no qual poderá ser beneficiado por esse provento na sua carteira de investimentos.

Como você viu, o acionista é contemplado com o direito de subscrição quando uma empresa de capital aberto decide fazer um follow on primário — uma nova emissão de ações. Outra possibilidade é quando o FII emite mais cotas no mercado.

Nessa situação, a companhia ou fundo deve disponibilizar aos seus acionistas informações referentes à emissão dos ativos. Na comunicação, é preciso detalhar dados, como:

  • a quantidade de novas ações ou cotas emitidas; 
  • o preço de cada uma delas no direito de subscrição;
  • o prazo que os investidores terão para informar o desejo de exercer o direito.

Em seguida, cada acionista ou cotista precisa decidir se comprará os novos ativos usando o direito de subscrição, informando o interesse à corretora de valores. O método de notificação pode variar entre as instituições financeiras, portanto, vale a pena você se informar sobre o processo.

Caso seja mais condizente com sua estratégia, os investidores podem priorizar a compra de apenas uma parte dessas ações e cotas preferenciais. Além disso, os acionistas e cotistas têm a possibilidade de vender os seus direitos de subscrição no mercado.

Como vender os direitos de subscrição?

Você descobriu que negociar os direitos de subscrição é uma das possibilidades disponíveis para os investidores contemplados com esse provento. A venda dos direitos de subscrição pode ser vantajosa para os acionistas e cotistas interessados em buscar novas fontes de ganhos. 

Mas, para utilizar esse recurso em benefício da sua carteira de investimentos, você deve entender as etapas e detalhes envolvidos no procedimento. Para começar, o processo de negociação dos direitos de subscrição acontece nos pregões da bolsa de valores.

Para realizá-lo, o investidor pode solicitar a venda para a corretora de valores — via assessoria de investimentos, por exemplo —, ou negociá-lo por conta própria utilizando o home broker da instituição escolhida. No entanto, ele precisa estar atento aos prazos de validade dos seus direitos de subscrição, que costumam ser de 30 dias corridos. 

Dessa maneira, o cotista ou acionista saberá qual é o tempo disponível para venda dos ativos no mercado financeiro. Tenha em mente, portanto, que não é possível negociar direitos vencidos, ok?

Por fim, é necessário destacar que você não é obrigado a tomar nenhuma atitude caso não queira exercer o seu direito. Nesse cenário, os direitos de subscrição expirarão e se transformarão em sobras de subscrição — quando os ativos remanescentes serão oferecidos novamente pela empresa ou FII.

Quais são as vantagens desse tipo de provento?

Após compreender as características, o funcionamento e o processo de vendas do direito de subscrição, é essencial você conhecer as vantagens trazidas por esse tipo de provento. Desse modo, há mais embasamento para decidir se você deve exercer esse direito.

A seguir, confira os principais benefícios relacionados a esse provento!

Comprar ativos por melhores preços

A empresa ou FII responsável pela emissão de novos ativos costuma estimular os seus cotistas e acionistas a realizarem a subscrição. Por esse motivo, é comum as ações e cotas serem oferecidas com descontos em relação ao seu valor de mercado.

A partir desse benefício, os investidores que exercerem os direitos de subscrição têm a chance de se beneficiar de um ganho de capital imediato. Ademais, essa estratégia tende a possibilitar o aumento da rentabilidade líquida em uma futura venda desses ativos.

Evitar a diminuição da sua participação acionária

Como você viu, o direito de subscrição possibilita a manutenção do percentual acionário ou de cotas do fundo. Portanto, se você considera os fundamentos da empresa ou FII sólidos e não deseja que a sua participação seja diluída na emissão de novos ativos, exercer o benefício pode ser uma escolha acertada.

Aumentar chance de valorização do portfólio

Além de conter a diminuição das participações acionárias, por exemplo, os novos papéis adquiridos podem aumentar o seu potencial de lucro futuro. Afinal, se você comprar esses novos ativos e eles valorizarem com o tempo, sua rentabilidade também poderá ser maior.

Além disso, caso você opte pela venda do direito, é possível rentabilizar o seu portfólio de investimentos. Assim, você tem a oportunidade de potencializar seus resultados no curto prazo.

Neste artigo, você assimilou o conceito e o funcionamento do direito de subscrição, e conheceu as vantagens de exercê-lo. Agora, você estará pronto para tomar decisões informadas quando um dos FIIs ou empresas investidas optar por emitir novos ativos para negociação.

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